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25 de fevereiro de 2016

Misericórdia não pode ser pretexto para dar comunhão a divorciados em nova união, explica Arcebispo



O Arcebispo de La Plata (Argentina), Dom Héctor Aguer, afirmou que “os sacerdotes não têm permissão de fazer o que quiserem e violar as disposições sobre a admissão da comunhão eucarística aos divorciados que vivem em segunda união, como pretexto para exercer a misericórdia”.

O Prelado fez esta advertência durante a instrução pastoral “A misericórdia de Deus e a nossa”, enviada à comunidade arquidiocesana da cidade de La Plata por ocasião do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.

Recordou que neste ano especial para a Igreja pedem aos sacerdotes “uma maior disponibilidade para o ministério da reconciliação, para a pregação e os ensinamentos a fim de esclarecer as condições necessárias para receber a absolvição sacramental”.

Em 1994, a Congregação da Doutrina para a Fé emitiu uma carta a todos os bispos, por meio da qual determinou como errônea a crença de que algumas pessoas divorciadas e recasadas poderiam receber a Eucaristia normalmente.



A doutrina é clara em relação aos divorciados em nova união. O numeral 2382 do Catecismo da Igreja Católica explica o caráter indissolúvel do matrimônio e o numeral 2384 precisa que contrair uma nova união aumenta a gravidade da ruptura pois se converte “em situação de adultério público e permanente”, algo que impossibilita o acesso à Eucaristia.

Em seguida, o Arcebispo de La Plata lamentou: “Atualmente expõem este tema como se tratasse da reconquista de um direito humano. Quem assim o faz, ignora o que é a Eucaristia, o ensinamento de Jesus exposto nos três Evangelhos sinóticos acerca do adultério e da constante disciplina da Igreja”.

Dom Héctor Aguer ainda mencionou a confusão gerada entre a nulidade matrimonial e o divórcio devido “à gritaria de alguns conhecidos jornalistas quando o Papa Francisco publicou as novas normas para os processos de nulidade” em setembro de 2015.

Esta reforma do processo de nulidade considera uma maior participação dos bispos, maior brevidade para a resolução dos casos e a declaração da gratuidade dos mesmos.

Nesse sentido, este também procura melhorar o sistema de declaração de nulidade, pela salvação das almas, enquanto reafirma o ensinamento católico acerca da indissolubilidade do matrimônio.

Finalmente, Dom Aguer citou como exemplo o Movimento ‘Camino a Nazaret’ (Caminho a Nazaré), pertencente a sua arquidiocese, “este reúne casais que não podem celebrar o sacramento do matrimônio, mas procuram crescer na fé e na caridade, se exercitam na oração e aguardam com esperança a hora da graça”.

“Sou próximo a cada um deles por meio do meu afeto e a minha oração”, concluiu o Arcebispo.

O Movimento ‘Camino a Nazaret’ é uma comunidade formada por divorciados em nova união, que apesar de sua situação procuram imitar a Sagrada Família. Contam com a assessoria de sacerdotes que os acompanham no processo de crescimento da fé.

Esta iniciativa começou em 1995, por um casal em nova união, Silvia e Jorge Castello, junto com o Pe. Juan Francisco Ronconi, pároco de San Carlos de Buenos Aires. Eles decidiram dar uma resposta a este desafio pastoral dentro da Igreja Católica.


Por Diego López Marina



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