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30 de março de 2014

Papa Francisco vai a Cassano, cidade símbolo da violência na Itália


O Papa Francisco vai visitar a cidade de Cassano, na região da Calábria, sul da Itália. O anúncio foi feito sábado, na Catedral da cidade, pelo bispo da diocese e novo Secretário-geral da Conferência Episcopal Italiana, Dom Nunzio Galantino. A data da visita ainda não foi definida.
“A iniciativa do Papa tem um significado simbólico muito forte e será ‘um evento para a Igreja em todo o mundo’”, adiantou. Em poucos meses, Cassano allo Jonio, um dos maiores municípios daquela região, foi palco de dois crimes brutais que comoveram todo o país: um menino de 3 anos foi assassinado e queimado pela 'ndrangheta (a máfia local), e Padre Lazzaro, pároco local, que foi morto a bordoadas ao flagrar um furto na canônica.
“Gostaria de dirigir um pensamento a Cocò Campolongo, menino de três anos que foi queimado vivo num carro em Cassano allo Jonio. Esta fúria em relação a uma criança tão pequena parece não ter precedentes na história da criminalidade. Rezemos com Cocò, que certamente está com Jesus no céu, pelas pessoas que cometeram este crime, para que se arrependam e se convertam ao Senhor”, disse o Papa depois de rezar o Angelus em 26 de janeiro passado, uma semana depois do atroz delito.
Dom Nunzio Galantino ressaltou que “a visita de Francisco não pode e não deve acarretar gastos injustificados para a Igreja diocesana e para o Município”. O bispo pediu que não se efetuem ‘maquilagens’ na cidade para torná-la mais bonita aos olhos do Papa, mas eventualmente, intervenções estruturais duradouras pelo bem da cidade.
“Toda a cidadania pode contribuir, como quiser e puder, com as despesas que a visita do Papa vai comportar, desde que o faça de modo regular e transparente. Os doadores devem estar conscientes de que sua contribuição não lhes dará o direito de receber tratamentos de preferência ou ‘primeiras filas’: os únicos privilegiados serão os doentes”.
O Papa irá a Cassano “para pedir desculpas” aos pobres, ateus, jovens e ao território. “Se o Papa pede desculpas, devemos fazê-lo também”, lembra Dom Galantino. E convida associações, grupos e movimentos a promoverem o slogan “Nós também nos desculpamos”, a fim de que a visita de Francisco “não se reduza a um evento midiático, mas que sacuda as consciências dos cidadãos das regiões locais e o território encontre finalmente o caminho da verdadeira beleza”.





Papa aos bispos da Bolívia: "Luz e inspiração do Evangelho"


O Papa Francisco recebeu com alegria a saudação enviada pelos bispos da Bolívia reunidos em Assembleia, e lhes retribuiu com uma mensagem de incentivo. “No Evangelho, colherão sempre a luz e a inspiração para enfrentar as vicissitudes cotidianas com fé e caridade, para edificar uma sociedade cada vez mais fraterna e justa, mais confiante e solidária”, diz o texto, assinado pela Secretaria de Estado do Vaticano.
Dirigida a Dom Oscar Aparicio Céspedes, Presidente da Conferência Episcopal Boliviana, a mensagem agradece a saudação dos bispos, considerada um ‘eloquente gesto de comunhão eclesial’. O Pontífice afirma que vai rezar a Deus, invocando a intercessão de Maria Santíssima, para ajudar os pastores e fieis bolivianos.
Francisco pede, por sua vez, que rezem por ele e pelos frutos de seu serviço à Igreja universal e concede de coração sua benção, extensiva aos queridos filhos e filhas da Bolívia.


O drama da "cegueira interior" de quem recusa ser iluminado por Jesus: Papa ao Angelus, comentando o episódio do cego de nascença


O drama da “cegueira interior” de quem não reconhece Jesus como Luz do mundo foi sublinhado pelo Papa neste domingo ao meio-dia, na Praça de São Pedro, comentando antes da oração do Angelus, o Evangelho da cura do cego de nascença proposto pela liturgia. Trata-se do longo capítulo 9 do Evangelho segundo São João, que inicia com um cego que passa a ver e se conclui com gente que presume ver mas que se obstinam em permanecer cegos na alma. O milagre da cura do cego é contado em dois versículos apenas – fez notar o Papa. O evangelista quer centrar as atenções não tanto na cura em si, mas nas discussões que esta suscita.
“No final, o cego curado chega à fé, e esta é a maior graça que lhe é feita por Jesus: não só ver, mas conhecê-Lo a Ele, que é a luz do mundo”. “Ao mesmo tempo que o cego se aproxima gradualmente da luz, os fariseus, pelo contrário, vão-se afundando cada vez mais na cegueira interior.”
“Fechados na sua presunção, crêem ter já a luz; e por isso não se abrem à verdade de Jesus. Fazem tudo para negar a evidência” – fez notar o Papa, que observou ainda que o caminho do cego é um percurso com etapas. É só no final que Jesus volta a dar a vista ao que tinha sido cego e que entretanto tinha sido expulso do Templo. “Jesus encontra-o de novo e abre-lhe os olhos pela segunda vez, revelando-lhe a própria identidade. E então aquele que tinha sido cego exclama ‘Creio, Senhor!’ e prostra-se diante de Jesus”.
“O drama da cegueira interior de tanta gente, também de nós!... A nossa vida por vezes é semelhante à do cego que se abriu à luz, a Deus e à sua graça. Por vezes, infelizmente, é um pouco como a dos fariseus: do alto do nosso orgulho julgamos os outros, até mesmo o Senhor. Hoje somo s convidados a abrir-nos à luz de Cristo, para dar fruto na nossa vida, para eliminar os comportamentos que não são cristãos”.
De entre os muitos grupos de peregrinos presentes hoje na praça de São Pedro saudados pelo Papa, não faltou hoje um grupo de “emigrados portugueses de Londres”… Mencionados também, com apreço, militares italianos que realizaram uma longa peregrinação a pé do santuário de Loreto a Roma, rezando pela resolução justa e pacífica dos contenciosos. “Felizes os construtores da paz!” – foi a bem-aventurança evocada a este propósito pelo Papa, que se despediu sugerindo aos presentes que, ao voltar a casa, tomassem o Evangelho para ler e meditar integralmente o episódio evangélico hoje proposto pela liturgia: o capítulo 9 de São João.


28 de março de 2014

Evangelho do dia: Refletindo Evangelho de São Marcos 12,28b-34


Amarás o Senhor teu Deus.Amarás o teu próximo.

Naquele tempo:
Um mestre da Lei, aproximou-se de Jesus e perguntou: 'Qual é o primeiro de todos os mandamentos?'
Jesus respondeu: 'O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes'. O mestre da Lei disse a Jesus: 'Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste:
Ele é o único Deus e não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios'. Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: 'Tu não estás longe do Reino de Deus'. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus. Palavra da Salvação.

Reflexão

Muitas pessoas acham que para serem salvas, é suficiente cumprir todas as suas obrigações de ordem religiosa como a participação nas celebrações e atos devocionais. O escriba do Evangelho de hoje afirma que amar a Deus e ao próximo é melhor do que as práticas religiosas, no caso os holocaustos e os sacrifícios, e Jesus confirma isso ao afirmar que ele não está longe do reino de Deus. A nossa vida religiosa só tem sentido enquanto é um reflexo do amor vivido concretamente, ou seja, enquanto é manifestação da nossa solidariedade. Caso contrário, a religião se reduz a práticas mágicas, bruxarias, rituais vazios, que nada acrescentam a ninguém e não nos aproxima de Deus.

Papa Francisco: Deus ama, não sabe fazer outra coisa


Deus ama, “não sabe fazer outra coisa”. Foi o que sublinhou o Papa Francisco na Missa da manhã desta sexta-feira na Casa Santa Marta. O Papa reiterou que o Senhor sempre nos espera e nos perdoa, é “o Deus da misericórdia” que nos faz festa quando retornamos a Ele.

Deus tem saudades de nós quando nos afastamos d’Ele. O Papa Francisco fez a sua homilia partindo do Livro do Profeta Oséias, na primeira leitura. Deus, observou Francisco, nos fala com ternura. Também quando “nos convida à conversão”, e esta palavra nos “soa um pouco forte” evidenciou, dentro há “essa saudade amorosa de Deus”. Há a exortação do Pai que diz ao filho: “Volte, é hora de voltar para casa”. Portanto, somente “com essas palavras podemos passar tantas horas em oração”:

“É o coração do nosso Pai, Deus é assim: não se cansa, não se cansa! E durante tantos séculos fez isso, apesar de tanta apostasia, de tanta apostasia do povo. E Ele sempre volta, porque o nosso Deus é um Deus que espera. Naquela tarde no Paraíso terrestre, Adão saiu do Paraíso com uma punição e também com uma promessa. E Ele é fiel, o Senhor é fiel à sua promessa, porque não pode negar a si mesmo. É fiel. E assim ele esperou por todos nós, ao longo da história. É o Deus que nos espera sempre”.

Francisco dirigiu em seguida o seu pensamento à Parábola do Filho Pródigo. O Evangelho de Lucas, recordou, nos diz que o pai vê seu filho de longe, porque esperava por ele. O pai, acrescentou, “caminhava no terraço todos os dias para ver se o filho voltava. Esperava. E quando o vê, vai rapidamente” e “se lança no seu pescoço”. O filho tinha preparado algumas palavras para dizer, mas o pai não o deixa falar: “Com o abraço lhe tapa a boca”.

“Este é o nosso Pai, o Deus que nos espera. Sempre. 'Mas, padre, eu tenho muitos pecados, eu não sei se Senhor vai ficar contente. 'Mas tente! Se você quer saber sobre a ternura deste Pai, vai até Ele e prove, depois você me diz’. O Deus que nos espera. Deus que espera e também Deus que perdoa. É o Deus da misericórdia: nunca se cansa de perdoar. Somos nós que nos cansamos de pedir perdão, mas Ele não se cansa. Setenta vezes sete: sempre; avante com o perdão. E do ponto de vista de uma empresa, o saldo é negativo. Ele sempre perde: perde no balanço das coisas, mas vence no amor”.

E isso, prosseguiu, porque Ele “é o primeiro que cumpre o mandamento do amor”. “Ele ama - disse o Papa - não sabe fazer outra coisa”. E também “os milagres que Jesus fazia, com muitos doentes - acrescentou - também eram um sinal do grande milagre que cada dia o Senhor faz conosco, quando temos a coragem de se levantar e ir até Ele”. E quando isso acontece, afirmou o Papa, Deus nos faz festa. “Não como o banquete daquele homem rico, que tinha na porta o pobre Lázaro”, advertiu, Deus “faz outro banquete, como o pai do filho pródigo”:

“'Porque você vai florescer como um lírio”, é a promessa: “Eu vou fazer festa para você'. 'Vão se espalhar os seus brotos e você terá a beleza da oliveira e a fragrância do Líbano’. A vida de cada pessoa, de cada homem, de cada mulher, que tem a coragem de se aproximar do Senhor, vai encontrar a alegria da festa de Deus. Então, que essa palavra nos ajude a pensar no nosso Pai, Pai que nos espera sempre, que nos perdoa sempre e que faz festa quando voltamos”. (SP)


"24 horas para o Senhor": a Festa do Perdão começa hoje

Com uma celebração penitencial presidida pelo Papa Francisco, na Basílica de São Pedro, começa na tarde desta sexta-feira, 28, a iniciativa “24 horas para o Senhor”. Na cerimônia, o Papa vai confessar pessoalmente alguns fiéis.

Três igrejas do centro de Roma ficarão abertas durante toda a noite para orações e confissões. “Será uma festa do perdão à qual vão aderir dioceses e paróquias do mundo todo”, disse Francisco, no último domingo.

Jovens pertencentes a várias realidades eclesiais serão “os novos evangelizadores” de seus coetâneos, convidando-os a entrar nas igrejas, onde padres estarão à disposição para quem quiser se confessar. Sábado, às 17:00 hs, na igreja de Santo Spirito in Sassia, Dom Rino Fisichella celebrará as vésperas do IV Domingo de Quaresma, encerrando a iniciativa. O Pontifício Conselho para a Nova Evangelização é o promotor das “24 horas para o Senhor”.

A Rádio Vaticano transmite ao vivo, da Basílica de São Pedro, a celebração penitencial de abertura da iniciativa, a partir das 16:50 hs (12:50 hs no horário de Brasília), com comentários em português.
Padre José Raimundo dos Santos, da Diocese de Amargosa, na Bahia, é estudante em Roma e colabora com o Programa Brasileiro. Ele nos esclarece sobre o significado desta celebração.




20 de março de 2014

Canção Nova, converta-se!

Por Renato Aquino – Muitos católicos ficaram escandalizados com as ações tomadas pela TV Canção Nova para a produção do  EUCRISTUS (Encontro de Cristãos na Busca de Unidade e Santidade).  A emissora convidou personalidades protestantes para falar e transmitir suas palavras AO VIVO, ou seja, sem preocupação alguma do tipo de conteúdo que seria dito aos fiéis, o resultado não poderia ser mais trágico.

O pastor José Carlos disse abertamente  que o Espírito Santo inspirou a eles (ele e sua esposa) pra formarem uma só Igreja através do ecumenismo. O que vai frontalmente contra a doutrina católica que ensina com todas as letras que a verdadeira unidade do cristianismo se dá na adesão ao catolicismo.  Fechando com chave de ouro, o pastor convidou aos presente «Venham nos fazer uma visita, venham conhecer nossa comunidade»
Outros esforços foram feitos para agradar os protestantes, entre eles a remoção da imagem do crucificado da cruz (imagem acima) e a remoção do ícone de Nossa Senhora do local.

Entre os absurdos que a Canção Nova permitiu, aconteceu um CULTO PROTESTANTE dentro de suas dependências, no Auditório São Paulo enquanto os católicos estavam assistindo a Santa Missa.

Se é preciso esconder a face católica para que se tenha ecumenismo, então não existe ecumenismo algum.


                     Antes: Auditório São Paulo na Canção Nova em sua versão Católica.


Depois: auditório “inculturado” ao bom-mocismo ecumênico – ícones e Cristo Crucificado (escândalo para os judeus, loucura para os gregos e motivo de vergonha para a Canção Nova) retirados para pregação de “Pastor”.


Créditos das imagens: Caiafarsa
Fonte: Fraters in Unum




Carta encíclica ‘Bonum Sane’ de Bento XV sobre São José.


(Motu Proprio)

No Cinqüentenário da Proclamação de São José

como Patrono da Igreja Universal


Foi uma coisa boa e salutar ao povo cristão que o nosso antecessor de imortal memória, Pio IX, tenha conferido ao castíssimo esposo da Virgem Maria e guarda do Verbo Encarnado, São José, o título de Patrono Universal da Igreja; e uma vez que este feliz acontecimento completará 50 anos em dezembro próximo, julgamos bastante útil e oportuno que ele seja dignamente celebrado em todo o mundo católico.


Se dermos uma olhada nestes últimos 50 anos, observamos um admirável reflorescimento de piedosas instituições, as quais atestam como o culto ao santíssimo Patriarca veio se desenvolvendo sempre mais entre os fiéis; depois, se considerarmos as hodiernas calamidades que afligem o gênero humano, parece ainda mais evidente a oportunidade de intensificar tal culto e de difundi-lo com maior força em meio ao povo cristão. De fato, após a terrível guerra, na nossa Encíclica “sobre a reconciliação da paz cristã”, indicamos o que faltava para restabelecer em todo lugar a tranqüilidade da ordem, considerando particularmente as relações que decorrem entre os povos e entre os indivíduos no campo civil. Agora se faz necessário considerar uma outra causa de perturbação, muito mais profunda, que se aninha justamente no mais íntimo da sociedade humana: dado que o flagelo da guerra se abateu sobre as pessoas quando elas já estavam profundamente infectadas pelo naturalismo, isto é, por aquelas grande peste do século que, onde se enraíza, diminui o desejo dos bens celestes, apaga a chama da caridade divina e retira do homem a graça salvadora e elevadora de Cristo até que, tolhida dele a luz da fé e deixadas a ele as solitárias e corrompidas forças da natureza, o abandona à mercê das mais insanas paixões. E assim aconteceu que muitíssimos se dedicaram somente à conquista dos bens terrenos, e como já estava aguçada a contenda entre proletários e patrões, este ódio de classes aumentou ainda mais com a duração e atrocidade da guerra, a qual, se de um lado causou às massas um mal-estar econômico insuportável, por outro fez afluir às mãos de pouquíssimos, fortunas fabulosas.

Acrescente-se que a santidade da fé conjugal e o respeito à autoridade paterna foram por muitos, não pouco vulneradas por causa da guerra; seja porque a distância de um dos cônjuges diminuiu no outro o vínculo do dever, seja porque a ausência de um olho vigilante deu oportunidade à leviandade, especialmente feminina, de viver a seu bel-prazer e demasiadamente livre. Por isto, devemos constatar com verdadeira dor que agora os costumes públicos são bem mais depravados e corrompidos que antes, e que portanto a assim chamada “questão social” foi-se agravando a tal ponto de suscitar a ameaça de irreparáveis ruínas. De fato amadureceu nos desejos e nas expectativas de todos os sediciosos a chegada de uma certa república universal, a qual seria fundada sobre a igualdade absoluta entre os homens e sobre a comunhão dos bens, e na qual não haveria mais distinção alguma de nacionalidade, nem teria mais que reconhecer-se a autoridade do pai sobre os filhos, nem dos poderes públicos sobre os cidadãos, nem de Deus sobre os homens reunidos em sociedade civil. Coisas todas que, se por desventura se realizassem, dariam lugar a tremendas convulsões sociais, como aquela que no momento está desolando não pequena parte da Europa. E é justamente para se criar também entre os outros povos uma condição similar de coisas, que nós vemos as plebes serem estimuladas pelo furor audacioso de alguns, e acontecerem aqui e acolá ininterruptas e graves revoltas.

Nós, portanto, mais que todos preocupados com este rumo dos acontecimentos, não deixamos, quando houve ocasião, de recordar aos filhos da Igreja os seus deveres. Agora, pelo mesmo motivo, ou seja, para recordar o dever aos nossos fiéis que estão em toda parte e ganham o pão com o trabalho, e para conservá-los imunes do contágio do socialismo, o inimigo mais implacável dos princípios cristãos, Nós, com grande solicitude, propomos a eles de modo particular São José, para que o sigam como guia e o honrem como celeste Patrono. Ele de fato levou uma vida similar a deles, tanto é verdade que Jesus bendito, enquanto era o Unigênito do Pai Eterno, quis ser chamado “o Filho do carpinteiro”. Mas aquela sua humilde e pobre condição, de quais e quantas virtudes excelsas Ele soube adornar! Ou seja, virtudes que deviam resplandecer no esposo de Maria Imaculada e no pai putativo de Jesus Cristo. Por isso, na escola de São José, aprendam todos a considerar as coisas presentes, que passam, à luz das futuras, que permanecem para sempre; e, consolando as inevitáveis dificuldades da condição humana com a esperança dos bens celestes, a estes aspirem com todas as forças, resignados à vontade divina, sobriamente vivendo segundo os ditames da piedade e da justiça. Ao que diz respeito especialmente aos operários, nos agrada relembrar aqui as palavras que proclamou em circunstância análoga o nosso predecessor de feliz memória Leão XIII, pois elas, ao nosso parecer, não poderiam ser mais oportunas: “Considerando estas coisas, os pobres, e quantos vivem com o fruto do trabalho, devem sentir-se animados por um sentimento superior de eqüidade, pois se a justiça permite-lhes elevar-se da indigência e de conseguir um melhor bem-estar, porém é proibido pela justiça e pela mesma razão de perturbar a ordem que foi constituída pela divina Providência. Aliás, é conselho insensato usar de violência e buscar melhorias através de revoltas e tumultos, os quais, na maioria das vezes, nada mais fazem que agravar ainda mais aquelas dificuldades que se desejam diminuir. Portanto, se os pobres querem agir sabiamente, não confiarão nas vãs promessas dos demagogos, mas sim no exemplo e no patrocínio de São José e na caridade materna da Igreja, a qual dia após dia tem por eles um zelo sempre maior” (Carta Encíclica “Quamquam pluries”).

Monsenhor Giacomo Della Chiesa, futuro Bento XV, sendo sagrado bispo por São Pio X.
Monsenhor Giacomo Della Chiesa, futuro Bento XV, sendo sagrado bispo por São Pio X.
Com o florescimento da devoção dos fiéis a São José, aumentará ao mesmo tempo, como necessária conseqüência, o culto à Sagrada Família de Nazaré, da qual ele foi o augusto chefe, brotando estas duas devoções uma da outra espontaneamente, dado que por São José nós vamos diretamente a Maria, e por Maria à fonte de toda santidade, Jesus Cristo, o qual consagrou as virtudes domésticas com a sua obediência para com São José e Maria. Nestes maravilhosos exemplos de virtude, Nós, pois, desejamos que as famílias cristãs se inspirem e completamente se renovem. E assim, dado que a família é o sustentáculo e a base da sociedade humana, fortalecendo a sociedade doméstica com a proteção da santa pureza, da fidelidade e da concórdia, com isso realmente um novo vigor, e diremos ainda, quase um novo sangue, circulará pelas veias da sociedade humana, que assim virá a ser vivificada pelas virtudes restauradoras de Jesus Cristo, e delas seguirá um alegre reflorescimento, não só dos costumes particulares, mas também das instituições públicas e privadas.

Nós, portanto, cheios de confiança no patrocínio Daquele à cuja próvida vigilância Deus agradou-se em confiar a guarda de seu Unigênito encarnado e da Virgem Santíssima, vivamente exortamos todos os Bispos do mundo católico, a fim de que, em tempos tão borrascosos para a Igreja, solicitem aos fiéis que implorem com maior empenho o válido auxílio de São José. E posto que diversos são os modos aprovados por esta Sé Apostólica com os quais se podem venerar o santo Patriarca, especialmente em todas as quartas-feiras do ano e durante todo o mês a ele consagrado, Nós queremos que, a critério de cada bispo, todas estas devoções, porquanto possível, sejam praticadas em todas as dioceses; mas, de modo particular, dado que ele é merecidamente tido como o mais eficaz protetor dos moribundos, tendo expirado com a assistência de Jesus e Maria, deverão cuidar os sagrados Pastores de inculcar e favorecer com todo o prestígio de sua autoridade aquelas piedosas associações que foram instituídas para suplicar a São José pelos moribundos, como aquela “da Boa Morte” e do “Trânsito de São José pelos agonizantes de cada dia”.

Para comemorar, pois, o supracitado Decreto Pontifício, ordenamos e impomos que dentro de um ano, a contar a partir de 8 de dezembro próximo, em todo o mundo católico seja celebrada em honra de São José, Patrono da Igreja Universal, uma solene função, como e quando julgar oportuno cada bispo; e a todos aqueles que a praticarem, Nós concedemos desde agora, nas condições habituais, a Indulgência Plenária.

Dado em Roma, junto de São Pedro, em 25 de julho de 1920, festa de São Tiago Apóstolo, no sexto ano de nosso pontificado.

Bento XV



Fonte: Centro de Espiritualidade Josefino Marelliana


Bento XVI enviou carta com críticas e comentários à entrevista de Francisco a jesuítas.

O Papa Emérito Bento XVI escreveu quatro páginas de críticas e comentários sobre a entrevista em que o Papa Francisco repreende a obsessão da Igreja por “normas mesquinhas”. A revelação veio do monsenhor Georg Gaenswein, secretário pessoal de Bento XVI e prefeito da Casa Pontifícia, em entrevista à TV alemã ZDF.

Ele garantiu que Francisco solicitou o ponto de vista do antecessor à respeito da entrevista, publicada em 16 jornais jesuítas pelo mundo no último mês de setembro e que deu o tom da agenda do atual Pontificado. Não está claro, contudo, se as sugestões de Bento VXI foram dadas a partir da versão final ou do rascunho da entrevista.

A revelação é uma evidência de uma notável colaboração entre os dois papas, que mantêm contato por telefone, pessoalmente e por intermédio de recados através de Gaenswein.

Ao canal alemão, Gaenswein contou que Francisco entregou a ele uma cópia da entrevista e pediu: “Leve ao Papa Bento. Veja que a primeira página depois do conteúdo está em branco. O Papa Bento XVI deverá escrever aqui todas as críticas que tiver após lê-la e me devolver”.

Três dias depois, de acordo com o monsenhor, o Papa Emérito entregou uma carta com quatro páginas destinada a Francisco.

- Ele fez suas tarefas. Leu a entrevista e, pela solicitação de seu sucessor, ofereceu algumas ideias e declarações a determinados comentários ou questões que acreditava poder ser desenvolvidos em outras ocasiões. Claro que não vou dizer nada mais, mas foi interessante – relatou.



Fonte: Fraters in Unum.com

Evangelho do dia: Refletindo Evangelho de São Lucas 16,19-31


Tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro os males; agora ele encontra aqui consolo e tu és atormentado.

Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: 'Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.
Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas'. Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo
e tu és atormentado. E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós'. O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai,
porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles
para este lugar de tormento'. Mas Abraão respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!' O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles,
certamente vão se converter'. Mas Abraão lhe disse: `Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos'.' Palavra da Salvação.

Reflexão

O tempo santo da quaresma é tempo de conversão. Quando falamos de conversão, precisamos pensar antes de tudo nas suas motivações, pois delas depende a sua perseverança. O Evangelho de hoje nos mostra um dos principais elementos que devemos levar em consideração no que diz respeito à motivação para a conversão que é a questão dos valores. Para o homem rico, os valores fundamentais eram a quantidade de bens materiais e os prazeres do mundo. De nada lhe adiantaram Moisés e os Profetas porque, como não havia comunhão de valores, estes se tornaram discursos vazios e a religião foi reduzida a ritualismos. Nesta quaresma, precisamos assumir como próprios de todos nós os valores do Evangelho para que de fato nos convertamos.


Divulgado logotipo e lema da viagem do Papa à Terra Santa, em maio


Ut unum sint ("que todos sejam um") é o lema escolhido para a próxima viagem do Papa Francisco à Terra Santa – anunciou o site que também informa dos trabalhos da última assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa, que teve lugar a 11 e 12 do corrente mês de Março, em Tiberíade. Nesta reunião os responsáveis das comunidades católicas em Israel, Palestina, Jordânia e Chipre apresentaram o logotipo e o lema para a peregrinação do Papa, programada para 24 a 26 Maio.

O lema da peregrinação "refere-se àquilo que que o Papa considera ser o coração da sua viagem, ou seja, o encontro com o Patriarca Ecuménico Bartolomeu e os responsáveis das Igrejas em Jerusalém". Como se sabe, o Papa Francisco e Bartolomeu vão se encontrar na Basílica do Santo Sepulcro para comemorar e renovar o desejo e a nostalgia de unidade entre os cristãos expressa pelo Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, em Jerusalém, há cinquenta anos atrás.
Na mesma linha vai o logotipo da viagem, que propõe o abraço entre os dois Apóstolos irmãos, Pedro e André, os primeiros a serem chamados por Jesus na Galileia, e respectivamente padroeiros da Igreja de Roma e da de Constantinopla. Na Igreja mãe de Jerusalém (segundo a imagem proposta pelo logo) os dois abraçam-se, dentro do barco que representa a Igreja universal, e que tem como mastro a cruz do Senhor, enquanto que as velas da embarcação são enchidas pelo vento, o Espírito Santo, que dirige o barco na sua navegação pelas águas deste mundo, um modo, enfim, de dar forma ao desejo expresso pelo Senhor na Última Ceia - "que todos sejam um só" (Jo 17, 20-23).



Papa Francisco celebrará Missa pela canonização de Anchieta

Papa Francisco celebrará, em 24 de abril, uma Santa Missa na igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma, em ação de graças pela canonização do Beato José de Anchieta, religioso fortemente ligado à evangelização no Brasil e que será proclamado Santo no dia 2 de abril, por meio de um decreto papal.

Nascido em Tenerife, nas Ilhas Canárias (Espanha), o jovem jesuíta desembarcou em solo brasileiro em julho de 1553, onde fundou junto com o Padre Manoel da Nóbrega um colégio em Piratininga, que deu origem à cidade de São Paulo. Assim como Anchieta, Papa Francisco é membro da Companhia de Jesus, ordem fundada por Inácio de Loyola.

A beatificação de Anchieta foi feita por João Paulo II em 1980. O Papa Francisco também vai assinar decretos de canonização de dois beatos franceses que promoveram a evangelização no Canadá: François de Montmorency-Laval e Maria da Encarnação Guyart. (SP)



O desemprego é fruto da glorificação do dinheiro, afirma o Papa


O problema do desemprego foi o tema do discurso que o Papa Francisco dirigiu esta manhã a cerca de sete mil funcionários de siderúrgicas da região italiana da Úmbria – que atravessam uma grave crise que levou a demissões em massa.

Provenientes em especial da Diocese de Terni, o Pontífice recordou que as dificuldades atuais são causadas por um sistema econômico incapaz de criar emprego porque coloca no centro um ídolo, o dinheiro.

Perante a atual evolução da economia, o Papa fez questão de “reafirmar que o trabalho é uma realidade essencial para a sociedade, para as famílias e para os indivíduos”.

O trabalho não tem apenas uma finalidade econômica e de lucro, mas sobretudo uma finalidade que diz respeito ao homem e à sua dignidade. Se faltar o trabalho, fere-se esta dignidade.

Interrogando-se sobre o que se deve dizer perante o “gravíssimo problema do desemprego que afeta diversos países europeus”, Francisco observou:

(O desemprego) é a consequência de um sistema econômico que se tornou incapaz de criar trabalho porque colocou no centro um ídolo, o dinheiro!”

É preciso adotar uma posição diferente, baseada na justiça e na solidariedade.

O trabalho é um bem de todos, que deve estar disponível para todos. A fase de grave dificuldade e desemprego tem que ser enfrentada com os instrumentos da criatividade e da solidariedade... – a solidariedade entre todas as componentes da sociedade, que renunciam a alguma coisa e adotam um estilo de vida mais sóbrio, para ajudar a todos os que se encontram em situação de dificuldade.

Na parte final do seu discurso a esta numerosa peregrinação de Terni, o Santo Padre dirigiu-se especialmente aos fiéis da Diocese, sublinhando “o empenho primário” de reavivar as raízes da fé e da adesão a Jesus Cristo. Uma fé que seja “viva e vivificante”.

É aqui que está o princípio inspirador das opções de um cristão: a sua fé. A fé move montanhas! … Uma fé acolhida com alegria, vivida a fundo e com generosidade pode conferir à sociedade uma força humanizante.

E o Papa concluiu exortando a continuar sempre a “esperar num futuro melhor”, sem cair no “vórtice do pessimismo”. Se cada um fizer a parte que lhe toca, consolidando uma atitude de solidariedade e partilha fraterna, há-de se conseguir “sair do pântano de uma fase econômica e laboral árdua e difícil”.


Papa: "Quem confia em si mesmo, e não em Deus, está fadado à infelicidade"


O homem que confia em si mesmo, nas próprias riquezas ou nas ideologias, está fadado à infelicidade: palavras do Papa na manhã desta quinta-feira, durante a Missa na Casa Santa Marta.

Em sua homilia, o Papa comentou a primeira leitura do dia, extraída do Livro de Jeremias, que declara “bendito o homem que se fia no Senhor”: “é como uma árvore plantada junto da água”, que não para de produzir frutos no ano da seca.

A nossa confiança está somente no Senhor, disse Francisco. Não precisamos de outras coisas, de outras ideologias. Do contrário, o homem se fecha em si mesmo, “sem horizontes, sem portas abertas e sem salvação”. É o que acontece ao rico do Evangelho, eu não percebeu que ao lado de sua casa havia um pobre. O pobre sabemos que se chamava Lázaro, mas o rico “não tem nome”:

E esta é a maldição mais forte de quem confia em si mesmo ou em suas forças, nas possibilidades dos homens e não em Deus: perder o nome. Qual seu nome? Conta número tal, no banco tal. Qual seu nome? Muitas propriedades, muitas casas... Qual seu nome? As coisas que temos, os ídolos. É amaldiçoado o homem que confia nisso.

“Todos nós temos esta fraqueza – afirmou o Papa –, esta fragilidade de depositar as nossas esperanças em nós mesmos ou nos amigos, ou somente nas possibilidades humanas e nos esquecemos do Senhor. E isso nos leva ao caminho da infelicidade”:

Hoje, neste dia de Quaresma, nos fará bem questionar: onde está a minha confiança? No Senhor, ou sou um pagão que confio nas coisas, nos ídolos que fiz? Ainda tenho um nome ou comecei a perder o nome e me chamo ‘Eu? Eu, mim, comigo, para mim, somente eu? Para mim, para mim… sempre aquele egoísmo: ‘Eu’. Isso não nos dá a salvação.

Todavia, observou Francisco, “no final há uma porta de esperança” para os que confiam em si mesmos e “perderam o nome”:

No final, no final sempre existe uma possibilidade. E este homem, quando percebeu que tinha perdido o nome, tinha perdido tudo, tudo, levanta os olhos e diz um só palavra: ‘Pai’. E a resposta de Deus é uma só palavra: ‘Filho!’. Se alguns de nós na vida, de tanto confiar no homem e em nós mesmos, acabamos por perder o nome, por perder esta dignidade, ainda existe a possibilidade de dizer esta palavra que é mais do que mágica, é mais forte: ‘Pai’. Ele sempre nos espera para abrir uma porta que nós não vemos, e nos dirá: ‘Filho’. Peçamos ao Senhor a graça que a todos nós dê a sabedoria de confiar somente Nele, não nas coisas, nas forças humanas, somente Nele”.

Luta ao tráfico humano ganha aliado de peso com a Rede Global de Liberdade


A luta ao tráfico de seres humanos ganhou esta semana um aliado de peso: a Rede Global de Liberdade (Global Freedom Network).

Trata-se de um acordo entre Santa Sé e representantes das grandes religiões do mundo para desarraigar as formas modernas de escravidão e o tráfico de pessoas até 2020, através de inúmeras iniciativas, inclusive da oração e do jejum.

Reuniram-se na Sala de Imprensa da Santa Sé o chanceler das Pontifícias Academias das Ciências e das Ciências Sociais, Dom Marcelo Sánchez Sorondo; Mahmoud Azab, representando o grande Imã da Universidade de Al-Azhar, no Cairo, Egito; o anglicano David John Moxon, representando o Arcebispo de Cantuária Justin Welby. Também estava presente o Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson.

Dom Sorondo citou os inúmeros apelos pronunciados pelo Papa Francisco contra esta chaga.


Já Mahmoud Azab recordou que o Islã proíbe totalmente o tráfico de seres humanos e a escravidão.

Na declaração conjunta, os signatários desta Rede sublinham que "a exploração física, econômica e sexual de homens, mulheres e crianças leva hoje 30 milhões de pessoas à degradação". Tolerar essa situação significa que violamos a nossa humanidade comum e ofendemos a consciência de todos os povos.

Não obstante os esforços, "a escravidão moderna e o tráfico de pessoas continuam aumentando", foi o que destacou o representante anglicano David John Moxon. "A escravidão moderna e o tráfico de pessoas são um dos maiores escândalos e uma das maiores tragédias do nosso tempo", disse ele

Tendo como ponto de partida a afirmação inegociável de que as pessoas não são coisas, o Vigário Episcopal para o Povo da Rua da Arquidiocese de São Paulo, Padre Júlio Lancellotti, apresenta o valor da pessoa diante da problemática do tráfico humano no âmbito da Campanha da Fraternidade.

A entrevista com o Pe. Júlio Lancellotti integra o Dossiê “Tráfico de Pessoas” – produzido pela Pastoral Marista. Ouça acima.




Papa encontra membros de outras religiões


Um encontro realizado em um clima de grande simplicidade e espírito de família: assim foi definido o encontro vivido na manhã desta quarta-feira, no Vaticano por um grupo de 20 representantes de oito religiões com o Papa Francisco, representando 250 pessoas, entre cristãos, muçulmanos, hindus, hebreus, sikhs, budistas e de outras religiões, participantes do encontro “Chiara e as religiões. Juntos rumo à unidade da família humana”, em andamento desta a última terça-feira em Castel Gandolfo. O Papa Francisco expressou seu apreço pela iniciativa em recordação de Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, seis anos após a sua morte e concluiu: “Importante é caminhar e nunca parar”. A todos então o pedido “rezem por mim”.

Sobre a importância deste original evento que se conclui nesta noite de quinta-feira com uma palestra pública na Pontifícia Universidade Urbaniana, a Rádio Vaticano ouviu Roberto Catalano, Diretor do Centro para o Diálogo Inter-religioso do Movimento dos Focolares:

R. - Uma das definições mais típicas da personalidade de Chiara Lubich foi a de “mulher de diálogo”. Diálogo que ela fez dentro da Igreja Católica, com os fiéis de outras comunidades eclesiais e de outras Igrejas, com as pessoas de outras religiões e com pessoas que não têm uma referência religiosa, especialmente com pessoas de outras religiões. Ela pessoalmente se encontrou com budistas, hindus, hebreus, muçulmanos, sichks e desses encontros -, além das experiências do Movimento no mundo - nasceu uma experiência de diálogo que nós chamamos de “diálogo da vida”, mas que, em seguida, se desenvolveu no diálogo de “cooperação”, no diálogo da “comunhão de experiências” e também no âmbito “acadêmico”. Sempre foram diálogos bilaterais: budista-cristãos, hindu-cristãos, hebreu-cristãos, muçulmano-cristãos. Desta vez, porém, se pensou em fazer um encontro inter-religioso: pela primeira vez, os representantes desses diálogos bilaterais se reuniram para fazer esta experiência comum de diálogo. (SP)


19 de março de 2014

"Nova Ordem Mundial" o perigo que ameaça o Cristianismo

Evangelho do dia: Refletindo Evangelho de São Mateus 1,16.18-21.24a


José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado.

Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. A origem de Jesus Cristo foi assim:
Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José,
e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la,
resolveu abandonar Maria, em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho,
e lhe disse: "José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus,
pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados". Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado. Palavra da Salvação.

Reflexão

São José deve servir de modelo para todos nós. O Evangelho de hoje nos mostra muitos pontos da sua pessoa que devem inspirar-nos na vivência da fé e do compromisso com Deus e com a obra da Igreja. José pertence à descendência de Davi, faz parte dos planos de Deus para a salvação do mundo, como nós também fazemos parte dos planos de Deus para a nossa salvação e das demais pessoas. José é definido como justo, que na tradição bíblica corresponde à santidade, e nós devemos aspirar à santidade. 
Na dúvida, José não fica preso nos seus planos, mas descobre e realiza a vontade de Deus. Da mesma forma, nós devemos muitas vezes fazer um ato de humildade e procurar realizar a vontade de Deus, e não a nossa.


Audiência Geral: São José é o modelo de todo educador


Milhares de fiéis e peregrinos lotaram a Praça S. Pedro para a Audiência Geral com o Papa Francisco.

O Pontífice dedicou sua catequese a São José, no dia em que a Igreja celebra seu Padroeiro. Para Francisco, a principal característica do Esposo de Maria é ser custódio, e por isso merece todo o nosso reconhecimento e a nossa devoção.

De modo especial, o Papa analisou esta característica de S. José a partir de sua perspectiva educativa, pois guardou e acompanhou Jesus no seu crescimento “em sabedoria, estatura e graça” – e foram essas três palavras que guiaram a reflexão do Pontífice.

O crescimento em “estatura” se refere ao crescimento físico e psicológico, onde José, com Maria, teve uma atuação mais direta procurando que nada faltasse na criação de Jesus e libertando-O das dificuldades, como a ameaça de morte vinda de Herodes que os levou à fuga para o Egito.

Quanto à educação na “sabedoria”, José foi para Jesus exemplo e mestre, deixando-se sempre nutrir pela Palavra de Deus. A Palavra ensina que o princípio da sabedoria é o temor do Senhor. Temor não no sentido de medo, mas de respeito sagrado, de adoração, de obediência à sua vontade que busca sempre o nosso bem.

No que se refere à dimensão da “graça”, a influência de José consistia em favorecer a ação do Espírito Santo no coração e na vida de Jesus. De fato, José educou Jesus, em primeiro lugar, com o exemplo: o exemplo de um homem justo que sempre se deixava guiar pela fé. “Seria um grave erro pensar que um pai e uma mãe não podem fazer nada para educar os filhos a crescerem na graça de Deus. José o fez de modo realmente único, insuperável”, disse Francisco, que conclui ressaltando que José é modelo de todo educador, em especial de todo pai. “Confio à sua proteção todos os pais, os sacerdotes, e aqueles que têm uma tarefa educativa na Igreja e na sociedade.”

O Papa saudou de modo especial todos os pais presentes na Praça, já que hoje na Itália se comemora o Dia dos Pais. O Pontíficie pediu a todos eles que estejam próximos a seus filhos como o fez José, e os ajude a crescerem em "sabedoria, estatura e graça". E lhes agradeceu por tudo o que fazem por seus filhos, rezando com os fiéis na Praça um Pai-Nosso.

Antes da Audiência Geral, na Casa Santa Marta, o Papa acolheu uma delegação de 20 pessoas representando os participantes do Congresso sobre “Chiara e as religiões: juntos rumo à unidade da família humana”.

O Congresso está sendo realizado no Centro Mariapoli de Castelgandolfo, com a participação de 250 membros de várias tradições religiosas e provenientes de 20 nações.

Na audiência com o Santo Padre, o grupo foi acompanhado pelo Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Card. Jean-Louis Tauran.


19 de março - A IGREJA COMEMORA SÃO JOSÉ

“A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos o vosso patrocínio.
Por esse laço sagrado de caridade, que os uniu à Virgem Imaculada, Mãe de Deus, pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus conquistou com seu sangue,e nos socorrais em nossas necessidades com o vosso auxílio e poder.
Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo.
Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício.
Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; assim como outrora salvastes da morte a vida do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade.
Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo, e sustentados com vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Assim seja.


18 de março de 2014

Fundação Papa João XXIII doa dez volumes com diários e agendas de Roncalli


Um Papa com raízes bergamascas mas com o coração e a mente voltados ao mundo inteiro. Um homem de Igreja espiritualmente radicado na própria terra de origem, mas capaz de associar a dimensão eclesial local com a perspectiva universal do anúncio do Evangelho. Estas são algumas das características de Angelo Roncalli reveladas pelos 10 volumes que recolhem os Diários e as Agendas redigidos por ele entre 1895 e 1963, desde a juventude até os últimos meses de sua vida. Esta verdadeira coletânea permite acompanhar, passo por passo, a sua atividade pastoral, de sacerdote a capelão militar, de diplomata a Papa, com o nome de João XXIII.

Por ocasião da canonização do Papa Roncalli, desejada pelo Papa Francisco, a Fundação para as Ciências Religiosas de Bolonha, com o apoio da Fundação Papa João XXIII de Bérgamo, decidiu doar esta prestigiosa coleção às maiores bibliotecas nacionais e às nunciaturas apostólicas de todo o mundo.

“Trata-se de uma documentação única que permite desfazer a imagem um pouco redutiva do ‘Papa bom’ - modesto do ponto de vista cultural -, e de mostrar, ao invés disto, a consciência, a capacidade crítica e a densidade cultural pouco comum de Angelo Roncalli”, explicou o Diretor da Fundação Papa João XXIII, Padre Ézio Bolis.

“Como explicou em 1965 o Cardeal Lercaro, o Papa João não era um ‘saco vazio’, preenchido somente no momento de acesso ao pontificado, mas já era repleto de uma experiência diplomática, humana, espiritual e cultural, acumulada com ascese e lutas nos decênios precedentes. Estas agendas mostram quanto era profunda esta intuição e quanto o ‘mistério’ do Papa Roncalli, o seu programa de atualização da Igreja, possa ser entendido somente quando indagada toda a sua vida ‘precedente’”. (JE)



Dom Schevchuck: Papa Francisco fará tudo o que for possível para a paz na Ucrânia e segue com atenção a situação da Igreja Greco-católica


O Papa Francisco “acompanha com muita atenção o que está acontecendo à Igreja Greco-católica ucraniana e assegurou à Sua Beatitude que a Santa Sé fará tudo o que for possível em favor da paz na Europa Oriental, sobretudo para evitar uma escalada do conflito”. É o que refere um comunicado divulgado nesta terça-feira (18) pelo Departamento de Informação da Igreja Greco-católica da Ucrânia (UGCC), sobre a audiência realizada na manhã de ontem no Vaticano entre o Papa Francisco e Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, que sucessivamente encontrou o Secretário de Estado Pietro Parolin.

“Ontem, durante a audiência com o Santo Padre – lê-se no comunicado – Sua Beatitude relatou os acontecimentos na Ucrânia nos últimos três meses. Sua Beatitude sublinhou que a missão da Igreja Greco-católica ucraniana sempre foi a de estar com as pessoas e entre as pessoas, explicando porque os sacerdotes encontravam-se na Praça Maidan junto com o povo”.

O Arcebispo Mor também falou ao Santo Padre sobre o papel desempenhado pelo Conselho de Igrejas e pelas organizações religiosas de toda a Ucrânia na “construção da paz” no país, sublinhando que o Conselho esteve “unido durante o último período”, tornando-se assim “um organismo muito importante para a construção da paz na Ucrânia e para o diálogo inter-religioso e ecumênico”.

“O Santo Padre – continuou o comunicado da Igreja Greco-católica – expressou palavras de solidariedade ao povo ucraniano pelo sofrimento e pelos perigos que agora tem diante de si”.

No encontro, Sua Beatitude Shevchuk também recordou a Francisco que durante o comunismo, a Igreja Greco-católica ucraniana pode sobreviver graças à unidade com o sucessor de Pedro, o Santo Padre. “O Papa no passado da nossa Igreja – disse Sua Beatitude - sempre foi protetor da Igreja Greco-católica ucraniana e também agora a nossa Igreja tem necessidade da ajuda do Santo Padre e sobretudo de sua direção espiritual”.

O Papa Francisco assegurou a Shevchuk que “nunca faltará à Igreja Greco-católica ucraniana a proteção da Santa Sé” e ao final da audiência, concedeu sua bênção apostólica a todo o povo ucraniano. (JE)


Em oração pelo próximo Sínodo


Um Sínodo não se improvisa; requer uma preparação intensa amparada também pela oração. Este foi o significado da celebração dedicada à família que o Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri, presidiu no domingo, 16 de março, na Basílica da Sagrada Família em Barcelona, concelebrada com o Cardeal espanhol Lluís Martínez Sistach, Arcebispo da cidade.

“Os homens de hoje, perdidos e enganados, seduzidos e chantageados por falsas promessas e por projetos de vida vazios, são convidados a meditarem sobre o sentido da vida, que encontra a sua verdadeira dimensão na família” – disse o Cardeal Baldisseri na homilia.

Entrar na esplêndida basílica projetada por Antoni Gaudí, prosseguiu o purpurado, significa para cada pessoa “reencontrar a si mesma e sentir-se envolvida pela beleza do estar juntos”. Aqui, disse ele, “se redescobre o valor do amor pelo outro, o amor como doação, a grandeza do matrimônio como pacto de amor constitutivo da família e sacramento que configura simbolicamente a união de Cristo com a Igreja”.

O Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos identificou ainda os vários fenômenos desestabilizadores da família, como o crescente número de solteiros ou das uniões provisórias, o drama dos separados e dos divorciados que contraíram uma segunda união civil, os filhos dessas uniões – fenômenos que manifestam uma crise profunda da instituição familiar, uma desconfiança que a acompanha e que ameaça a estabilidade social e o bem-estar comum. “As consequências são graves”, afirmou. Entre elas, a fuga das responsabilidades.

O Secretário-Geral recordou que o “Papa Francisco recentemente endereçou às famílias uma carta, convidando o povo de Deus a rezar pela assembleia sinodal sobre a família”. Uma oração ao “Espirito Santo para que ilumine os padres sinodais e os guie em sua empenhativa tarefa”.

Além disso, acrescentou, em 2015 se celebrará também a Jornada Mundial da Família em Filadélfia, nos Estados Unidos. O Cardeal Baldisseri deu assim voz à oração do Papa “para que através desses eventos a Igreja realize um caminho verdadeiro de discernimento e adote os meios pastorais adequados para ajudar as famílias a enfrentar os desafios pastorais com a luz e a força que vêm do Evangelho”.



Pobreza, família e juventude: três palavras-chave para ler o primeiro ano de pontificado do Papa Francisco

Realizou-se na tarde desta terça-feira, em Roma, o encontro sobre o tema "Homenagem e empenho no primeiro aniversário de Pontificado do Papa Francisco", promovido pela Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL).

O encontro foi aberto pelo Presidente da CAL, Cardeal Marc Ouellet. Segundo um artigo publicado no jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano, as três palavras-chave sugeridas pelo Cardeal Ouellet para ler o primeiro ano de pontificado do Papa Francisco são: pobreza, família e juventude.

"Na realidade, com sua visão de Igreja como um 'hospital de campanha', que cura os feridos espalhados pelo chão depois de uma batalha difícil', o Santo Padre é guiado pela convicção de que somente Cristo Salvador verdadeiramente responde aos desafios da pobreza e injustiça", frisa o presidente da CAL referindo-se à primeira palavra-chave.

Quanto à segunda prioridade, a família, o cardeal observou que a reflexão sobre esse tema iniciada em vista do Sínodo dos Bispos levanta controvérsias e cria expectativas. "Estou convencido de que, com sua capacidade de escuta, decisão e renovação, o Papa Francisco saberá discernir os meios adequados para relançar não somente a pastoral familiar, mas toda a pastoral da Igreja", destaca o Cardeal Ouellet.

Sobre a terceira palavra-chave, os jovens, o purpurado observou que eles "habitam um mundo novo, o continente digital, pois eles conhecem e utilizam espontaneamente as tecnologias de comunicação".

"Um continente em que as pessoas da minha geração se sentem como imigrantes ou refugiados. No entanto, o Papa Francisco se estabeleceu rapidamente neste novo mundo e sua rede de seguidores se tornou transmissora e multiplicadora da mensagem do Evangelho. O Papa tem a capacidade de adaptar a sua linguagem à cultura virtual dos jovens, testemunhando sem ambigüidade que Jesus não é uma ideia, um sonho ou um ídolo virtual, mas uma pessoa real com quem se pode viver uma amizade que muda a vida", ressalta o Cardeal Ouellet.

Referindo-se à Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, do Papa Francisco, o purpurado convidou a refletir sobre o fato de que o Santo Padre conjuga duas visões aparentemente opostas, mas na verdade complementares. "De um lado, a ideia conciliar de Povo de Deus que ele retoma em toda sua densidade histórica e mística: um povo a caminho na história guiado pelo Espírito, e de outro, a imagem de nossa Santa Mãe Igreja, hierárquica e mariana que diferencia e personaliza os membros deste povo de Deus, sem estabelecer entre elas uma diferença em dignidade. Esta eclesiologia se compromete a servir num espírito de humildade, misericórdia e compaixão", conclui o purpurado. (MJ)



Papa: que na Quaresma tenhamos a coragem de mudar de vida


A Quaresma é um tempo para “ajustar a vida”, “para aproximar-se do Senhor”. Foi o que destacou o Papa Francisco na Missa desta manhã, na Casa Santa Marta.

O Papa Francisco iniciou a sua homilia destacando a palavra-chave da Quaresma: conversão. Comentando a primeira Leitura, extraída do Livro de Isaías, observou que o Senhor chama à conversão duas “cidades pecadoras” como Sodoma e Gomorra. Isso significa que todos “precisamos mudar de vida”. Todavia, advertiu, o Senhor pede uma aproximação sincera e nos adverte quanto à hipocrisia:

Que fazem os hipócritas? Maquiam-se de pessoas boas: rezam olhando para o céu, mostrando-se, sentem-se mais justos do que os outros, desprezam os outros.

Ás vezes, essas pessoas se comportam assim só porque conhecem um bispo, um cardeal ou porque alguém na família é benfeitor. “Mas isso é hipocrisia” – reiterou o Papa. “Ninguém é justo por si mesmo, todos precisamos ser justificados. E o único que justifica é Jesus Cristo.”

Por isso, precisamos nos aproximar do Senhor, que, na primeira Leitura, nos pede: “Lavai-vos, purificai-vos! Tirai da minha vista as vossas más ações! Cessai de praticar o mal, aprendei a fazer o bem”. Este é o convite. Mas, pergunta Francisco, “qual é o sinal de que estamos no caminho certo?”:

Socorram o oprimido, façam justiça ao órfão, defendam a causa da viúva. Cuidar do próximo: do doente, do pobre, do necessitado, do ignorante. Esta é a medida de comparação. Os hipócritas não sabem fazer isso, não podem, porque estão tão preocupados com si mesmos que estão cegos para olhar para os outros. Quando alguém caminha um pouco e se aproxima do Senhor, a luz do Senhor o faz ver essas coisas e vai ajudar os irmãos. Este é o sinal, este é o sinal da conversão.

Eis que a Quaresma é o tempo propício para esta conversão, como nos relata também o capítulo 25 do Evangelho de Mateus:

A Quaresma é para ajustar a vida, arrumá-la, mudar de vida para aproximar-se do Senhor. O sinal de que estamos distantes do Senhor é a hipocrisia. O hipócrita não necessita do Senhor, pensa que se salva sozinho, e se fantasia de santo. O sinal de que nós nos aproximamos do Senhor com a penitência, pedindo perdão, é que nós cuidamos dos irmãos necessitados. Que o Senhor nos dê a todos luz e coragem: luz para conhecer o que acontece dentro de nós e coragem para nos converter, para nos aproximar do Senhor. É belo estar próximo do Senhor.



Evangelho do dia: Refletindo Evangelho de São Mateus 23,1-12


Eles falam mas não praticam.

Jesus falou às multidões e a seus discípulos:
'Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés.
Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações!
Pois eles falam e não praticam. Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo.
Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas.
Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas;
Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de Mestre.
Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus.Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é o vosso Guia, Cristo.
Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.' Palavra da Salvação.

Reflexão

Dois elementos são importantes para nós a partir da leitura do Evangelho de hoje. O primeiro é que nenhum ser humano pode ser para nós modelo absoluto para a vivência do Evangelho, uma vez que todas as pessoas são pecadoras. O segundo é que não podemos fazer da religião forma de relação de poder e de promoção pessoal. As distinções que existem na vida religiosa devem ser de cargos e funções, porque existem ministérios diferentes, mas todos na Igreja têm uma dignidade igual: a de filhos e filhas de Deus. Mesmo dentro da Igreja, a hierarquia só pode ser concebida à luz do Evangelho e a partir do conceito de serviço.


17 de março de 2014

Evangelho do dia: Refletindo Evangelho de São Lucas 6,36-38


Perdoai e sereis perdoados.

Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso.
Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados;
perdoai, e sereis perdoados. Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos.' Palavra da Salvação.

Reflexão

A justiça de Deus é muito diferente da justiça dos homens. A justiça dos homens parte de dois pressupostos: o primeiro diz que a cada um deve ser dado o que lhe pertence, e o segundo afirma que cada pessoa deve receber os méritos pelo bem que promovem e os castigos pelos males que causa. A justiça divina é aquela que distribui gratuitamente todos os bens e dá todas as condições para que o homem possa ser feliz e ter uma vida digna e é por isso que Deus criou todas as coisas e as deu gratuitamente para os homens que não viveram a gratuidade e se apossaram do mundo segundo seus interesses. A justiça divina é aquela que não nos trata segundo as nossas faltas, mas age com misericórdia e nos convida a fazer o mesmo.



Filosofia da modéstia. Vergonha da natureza.

Longe de ser um fenômeno social temporário e em vias de extinção (redutível à psicologia e sociologia), o pudor é um fenômeno que atinge a base metafísica do homem e deveria ser estudado tanto pela antropologia como teologia.

O pudor constitui uma espécie de vergonha: a vergonha que envolve principalmente matéria de ordem sexual. Vergonha é o sentimento que acompanha a percepção de um defeito, e como o defeito pode estar na natureza ou na pessoa, existe uma vergonha que é natural e outra que é moral.

A natureza tem vergonha de suas próprias deficiências porque toda a natureza quer viver de acordo com o padrão de perfeição original, e se por alguma falta inata ou adquirida ela foge do padrão ideal, imediatamente ela percebe o defeito e essa percepção é acompanhada de um profundo constrangimento.

E uma vez que a natureza só tem existência real no indivíduo, e com ela seus defeitos, ocorre que a vergonha natural pelo defeito se torna igualmente a vergonha do indivíduo defeituoso.

Alguns poderiam argumentar que o indivíduo não tem culpa e não pode se envergonhar dos defeitos de sua própria natureza. Mas tal objeção é superficial. Não importa que a pessoa não seja culpada pelos defeitos da natureza, pois é a própria natureza do indivíduo que o leva a se envergonhar do defeito que ele carrega. E os fatos mais comuns da vida o comprovam.

Ninguém em sã consciência se vangloria ou é indiferente ao fato de ser corcunda, manco ou cego. Ninguém considera esses defeitos como algo normal nos outros e muito menos em si mesmo, por mais que alguém tente lhe convencer do contrário. Dizer que a pessoa não tem culpa por tal defeito não atenua o fato de que o defeito continua lá, nem tampouco serve pra evitar o constrangimento que a natureza sofre por causa disso.

Por esta razão, é notável a dor e o constrangimento que o homem experimenta por causa de sua própria condição mortal que é o defeito mais radical da natureza humana, pois o ser humano foi criado para a imortalidade, para a perfeição, à imagem e semelhança de Deus.

Vergonha é algo metafísico, pois é o desprezo pela destruição de um ser cuja estrutura original rejeita a morte, é a indignação por um defeito que não pertence ao indivíduo como tal, mas à sua natureza. O homem não se envergonha do fato de não possuir asas (não ter asas não é um defeito para ele), mas sofre por não ser imortal, já que a mortalidade é um defeito.

A profundidade do fenômeno da vergonha se manifesta até involuntariamente. O ser humano pode corar por vergonha de si próprio ou de outros. Mesmo a contragosto, seu rosto se ruboriza. Não é a pessoa que se envergonha, mas a natureza da pessoa . A testa enrugada e rosto impassível são sinais de tristeza em povos de todas as raças.

Mas muito mais profunda do que a vergonha da natureza é a vergonha de caráter pessoal, já que essa é causada por uma falha moral da própria pessoa. Essa é muito mais grave porque já não diz respeito a um mero sentimento ou inclinação, mas algo que a consciência detecta e detesta como um defeito voluntário do qual o próprio indivíduo é o único culpado.

O fenômeno da vergonha tem um significado ainda mais profundo quando ele é analisado teologicamente A libido é a mais devastadora forma de desobediência que opera na natureza humana desprovida de harmonia por causa da desobediência do pecado original. Apesar de não ser considerada como pecado em si, a concupiscência é o sintoma mais óbvio do estado decaído em que o homem pecador se encontra.



Romano Amerio, Iota Unum. Capítulo IX-98 – Tradução: Gercione Lima
Fratresinunum.com


In illo tempore…

Que diferença fazem 50 anos! Inegociável era o corajoso do Bispo Pietro Fiordelli, que em 1956 fez muito alarde ao proclamar em alto e bom som qual é a Doutrina da Igreja no tocante ao chamado “casamento civil”. E olha que era o casamento civil entre homem e mulher, porque a abominação chamada “casamento gay” não existia nem no pensamento do pior ateu!

Sobre casamentos civis entre católicos

O “casamento civil” é imoral e inválido perante os olhos de Deus, se pelo menos um dos cônjuges pertence à Igreja Católica. Infelizmente, em algumas cidades italianas os casamentos celebrados no rito civil superaram os casamentos religiosos . Em 1956, Mauro Bellandi e Loriana Nunziati, dois noivos da cidade de Prato, decidiram se casar no civil. O Bispo diocesano tomou medidas disciplinares apropriadas e publicamente declarou que esses noivos eram pecadores públicos. Obviamente, Dom Fiordelli sofreu um linchamento da mídia e foi levado ao tribunal onde foi condenado a pagar uma pesada multa em primeira instância, antes de ser absolvido com um recurso para o “ato de imunidade absoluta”. Aqui está a carta que Monsenhor Pietro Fiordelli escreveu ao pároco da cidade dos noivos e que foi publicada em 12 de agosto de 1956 no jornal da paróquia:

“Hoje, Domingo, 12 de agosto, dois de seus paroquianos celebram seu casamento civil na Prefeitura, rejeitando o matrimônio religioso. Esta autoridade eclesiástica fez todos os esforços para impedir esse gravíssimo pecado. Este gesto de aberta rejeição e de desprezo à religião é uma fonte de imensa dor para os sacerdotes e os fiéis. O chamado “casamento civil” entre duas pessoas batizadas, absolutamente não pode ser considerado como casamento, mas apenas o início de um escandaloso concubinato. Portanto, Sr. pároco, à luz da moral Cristã e das leis da Igreja, ambos serão classificados como públicos concubinos, e de acordo com os cânones 855 e 2537 do Código de Direito Canônico, serão considerados para todos os efeitos, Mauro Bellandi e a Senhorita Loriana Nunziati como pecadores públicos.

A eles serão negados todos os SS. Sacramentos, não será abençoada a sua casa, não poderão ser aceitos como padrinhos de batismos e confirmações e lhes serão negados um funeral religioso. Somente se deverá rezar por eles para que reparem o grave escândalo. Finalmente, porque chegou ao conhecimento desta autoridade eclesiástica, que seus pais falharam em seus deveres como pais cristãos, consentindo nesse passo imensamente pecaminoso e escandaloso, Vossa Senhoria, por ocasião da Páscoa negará a água benta à Família Bellandi e aos pais de Loriana Nunziati. Que a presente carta seja lida a todos os fiéis.”



Fonte: Cordialiter – Tradução: Gercione Lima E fratreinum.com



O perigo do “gênero” em educação. Plano Nacional de Educação deseja incluir a ideologia de gênero


A ideologia de “gênero” prega, em matéria sexual, a “liberdade” e a “igualdade”. A “liberdade”, porém, é entendida como o direito de praticar os atos mais abomináveis. E a “igualdade” é vista como a massificação do ser humano, de modo a nivelar todas as diferenças naturais que existem entre o homem e a mulher.

A origem da ideologia de gênero é marxista. Para Marx, o motor da história é a luta de classes. E a primeira luta ocorre no seio da família. Em seu livro A origem da família, da propriedade privada e do Estado (1884), Engels escreveu:

Em um velho manuscrito não publicado, escrito por Marx e por mim em 1846, encontro as palavras: ‘A primeira divisão de trabalho é aquela entre homem e mulher para a propagação dos filhos’. E hoje posso acrescentar: A primeira oposição de classe que aparece na história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre homem e mulher unidos em matrimônio monogâmico, e a primeira opressão de classe coincide com a do sexo feminino pelo sexo masculino[1].

Dentro da família, há uma segunda opressão – a dos filhos pelos pais – que Marx e Engels, no Manifesto Comunista (1848), pretendem abolir: “Censurai-nos por querer abolir a exploração das crianças por seus próprios pais? Confessamos esse crime”[2].

Fiel à sua raiz marxista, a ideologia de gênero pretende que, em educação, os pais não tenham nenhum controle sobre os filhos. Nas escolas, as crianças aprenderão que não há uma identidade masculina nem uma feminina, que homem e mulher não são complementares, que não há uma vocação própria para cada um dos sexos e, finalmente, que tudo é permitido em termos de prática sexual.

Note-se que a doutrina marxista não se contenta com melhorias para a classe proletária. Ela considera injusta a simples existência de classes. Após a revolução proletária não haverá mais o “proletário” nem o “burguês”. A felicidade virá em uma sociedade sem classes – o comunismo – onde tudo será de todos.

De modo análogo, a feminista radical Shulamith Firestone (1945-2012), em seu livro A dialética do sexo (1970), não se contenta em acabar com os privilégios dos homens em relação às mulheres, mas com a própria distinção entre os sexos. O fato de haver “homens” e “mulheres” é, por si só, inadmissível.

Como a meta da revolução socialista foi não somente a eliminação do privilégio da classe econômica, mas a eliminação da própria classe econômica, assim a meta da revolução feminista deve ser não apenas a eliminação do privilégiomasculino, mas a eliminação da própria distinção de sexo; as diferenças genitais entre seres humanos não importariam mais culturalmente[3].

Se os sexos estão destinados a desaparecer, deverão desaparecer também todas as proibições sexuais, como a do incesto e a da pedofilia. Diz Firestone:

O tabu do incesto é necessário agora apenas para preservar a família; então, se nós acabarmos com a família, na verdade acabaremos com as repressões que moldam a sexualidade em formas específicas[4].

Os tabus do sexo entre adulto/criança e do sexo homossexual desapareceriam, assim como as amizades não sexuais [...] Todos os relacionamentos estreitos incluiriam o físico[5].

Por motivos estratégicos, por enquanto os ideólogos de gênero não falam em defender o incesto e a pedofilia, que Firestone defende com tanta crueza. Concentram-se em exaltar o homossexualismo.

Ora, não é preciso uma inteligência extraordinária para perceber que os atos de homossexualismo são antinaturais. Nas diversas espécies, o sexo se caracteriza por três notas: a dualidade, acomplementaridade e a fecundidade.

Dualidade: há animais assexuados, como a ameba, que não têm sexo. Os animais sexuados, porém, têm necessariamente dois sexos. Não há uma espécie em que esteja presente apenas o sexo masculino ou apenas o feminino.
Complementaridade: os dois sexos são complementares entre si. E isso não se refere apenas aos órgãos de acasalamento e às células germinativas (gametas) de cada sexo. A fisiologia e a psicologia masculinas encontram na fisiologia e psicologia femininas seu complemento natural e vice-versa.
Fecundidade: a união de dois indivíduos de sexo oposto é apta a produzir um novo indivíduo da mesma espécie.
Percebe-se que nada disso está presente na conjunção carnal entre dois homens ou entre duas mulheres. Falta a dualidade, a complementaridade e a fecundidade próprias do verdadeiro ato sexual. Os atos de homossexualismo são uma grosseiríssima caricatura da união conjugal, tal como foi querida por Deus e inscrita na natureza.

A ideologia de gênero pretende, porém, obrigar as crianças a aceitar com naturalidade aquilo que é antinatural. Tal ideologia distingue o sexo, que é um dado biológico, do gênero, que é uma mera construção social. Gêneros, segundo essa doutrina, são papéis atribuídos pela sociedade a cada sexo. Se as meninas brincam de boneca, não é porque tenham vocação natural à maternidade, mas por simples convenção social. Embora só as mulheres possam ficar grávidas e amamentar as crianças e embora o choro do recém-nascido estimule a produção do leite materno, a ideologia de gênero insiste em dizer que a função de cuidar de bebês foi arbitrariamente atribuída às mulheres. E mais: se as mulheres só se casam com homens e os homens só se casam com mulheres, isso não se deve a uma lei da natureza, mas a uma imposição da sociedade (a “heteronormatividade”). O papel (gênero) de mãe e esposa que a sociedade impôs à mulher pode ser “desconstruído” quando ela decide, por exemplo, fazer um aborto ou “casar-se” com outra mulher.

Em 2010, o Ministério da Saúde publicou a cartilhaDiversidades sexuais[6] com o objetivo único de inculcar nos adolescentes e jovens a ideologia de gênero. A eles é ensinado que o homossexualismo é não uma desorientação, mas uma “orientação sexual”. E mais: que tal “orientação” é natural e espontânea, e não depende da escolha da pessoa!

Hoje já se sabe que ser gay ou lésbica não é uma opção, porque não implica uma escolha. O (a) homossexual não opta por ser homossexual, assim como o (a) heterossexual não escolhe ser heterossexual, o mesmo acontecendo com os (as) bissexuais. É uma característica natural e espontânea[7].

Essa afirmação, apresentada como certeza (“hoje já se sabe…”) é duramente atacada pelo psicólogo holandês Gerard Aardweg, especialista em comportamento homossexual:

O infantilismo do complexo homossexual tem geralmente sua origem na adolescência, e em grau menor na primeira infância. [...]. Não é, porém, durante a primeira infância que o destino do homossexual é selado, como muitas vezes defendem os homossexuais emancipistas, entre outros. Essa teoria ajuda a justificar uma doutrinação das crianças na educação sexual tal como: ‘Alguns de vocês são assim e devem viver de acordo com sua natureza’[8].

Ora, não há uma “natureza homossexual”, pois o homossexualismo é, em sua essência, um vício contra a natureza. Isso, porém, os ideólogos de gênero proíbem que se diga. Para eles, somente os preconceituosos se opõem às práticas homossexuais. Tal “preconceito”, que eles desejam que se torne um crime a ser punido[9], recebe o nome pejorativo de “homofobia”.

O Projeto de Lei 8035/2010, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2011-2020, trazia termos próprios da ideologia de gênero: “igualdade de gênero e de orientação sexual”, “preconceito e discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero”. O Senado Federal, porém, em dezembro de 2013, aprovou um substitutivo (PLC 103/2012) que eliminou toda essa linguagem ideológica e ainda acrescentou como diretriz do Plano a “formação para o trabalho e a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade” (art. 2º, V). De volta à Câmara, o projeto agora enfrenta a fúria dos deputados do PT e seus aliados, que pretendem retirar os “valores éticos e morais” e reintroduzir o “gênero” no PNE, a fim de dar uma base legal à ideologia que o governo já vem ensinando nas escolas.

Nem todos compreendem a importância e a extensão do problema. A vitória da ideologia de gênero significaria a permissão de toda perversão sexual (incluindo o incesto e a pedofilia), a incriminação de qualquer oposição ao homossexualismo (crime de “homofobia”), a perda do controle dos pais sobre a educação dos filhos, a extinção da família e a transformação da sociedade em uma massa informe, apta a ser dominada por regimes totalitários.

É a própria família brasileira que está em jogo.

QUE PODEMOS FAZER?

1) LIGUE GRATUITAMENTE PARA O DISQUE CÂMARA 0800 619 619. Tecle “9″

Desejaria enviar uma mensagem para todos os deputados membros da Comissão Especial destinada a votar o Plano Nacional de Educação (Projeto de Lei 8035/2010):

Solicito a Vossa Excelência que mantenha longe do Plano Nacional de Educação as expressões “gênero”, “igualdade de gênero” e “orientação sexual”. Tal linguagem  não é inócua, mas é própria da ideologia de gênero, que tem por fim destruir a família e massificar o ser humano, nivelando as diferenças naturais entre o homem e a mulher. As crianças e os pais agradecem.


2) ASSINE A PETIÇÃO CONTRA A IDEOLOGIA DE GÊNERO
 http://www.citizengo.org/pt-pt/5312-ideologia-genero-na-educacao-nao-obrigado

3) PASSE ADIANTE…


Anápolis, 11 de março de 2014.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis

Assine! Ideologia de Gênero na educação? Não! Obrigado!


Não quero que a Ideologia de Gênero seja inserida no PNE!

Prezado (a) deputado (a),Peço que vote contra a inserção da Ideologia de Gênero no Plano Nacional de educação. Trata-se de uma ideologia idealizada por fundações internacionais e pelos partidos de esquerda e que tem como objetivo final a abolição da família. É apresentada sob a maquiagem da luta contra o preconceito, mas na verdade o seu objetivo é subverter completamente a sexualidade humana para que também a família possa ser destruída. Como se trata de uma ideologia controversa e sem nenhum fundamento científico, só resta aos seus defensores apresentá-la sob a bandeira da luta contra o preconceito. Se essa ideologia for introduzida em nosso sistema educacional, estará comprometido todo o edifício social e legal que tinha seu sustento sobre a instituição da família. Os princípios legais para a construção de uma nova sociedade, baseada na total permissividade sexual, terão sido lançados.

A instituição familiar passará a ser vista como uma categoria “opressora” diante dos gêneros novos e inventados, como a homossexualidade, bissexualidade, transexualidade e outros. Para que estes novos gêneros sejam protegidos contra a discriminação da instituição familiar, kits gays, bissexuais, transexuais e outros poderão tornar-se obrigatórios nas escolas. Já existe inclusive um projeto de lei que pretende inserir nas metas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional a expressão “igualdade de gênero”.

Diante do exposto peço que vote contra a inclusão da Ideologia de Gênero no PNE. Não custa lembrar que estamos em ano eleitoral e que os responsáveis pela inclusão dessa ideologia em nosso sistema educacional serão lembrados nas urnas.

http://www.citizengo.org/pt-pt/5312-ideologia-genero-na-educacao-nao-obrigado

Atenciosamente,



CNBB divulga mensagem sobre… A Copa do Mundo!

Jogando pela vida
Mensagem da CNBB sobre a Copa do Mundo

Por CNBB – Direito humano de especial valor, o esporte é necessário a uma vida saudável e não deve ser negligenciado por nenhum povo. De todos os esportes, o brasileiro nutre reconhecida paixão pelo futebol. Explicam-se, assim, a expectativa e a alegria com que a maioria dos brasileiros aguarda a Copa do Mundo que será realizada em nosso país, pela segunda vez.

Fiel à sua missão evangelizadora, a Igreja no Brasil acompanha, com presença amorosa, materna e solidária, esse grande evento que reunirá vários países e protagonizará a oportunidade de um congraçamento universal, “na alegria que o esporte pode trazer ao espírito humano, bem como os valores mais profundos que é capaz de nutrir”, como nos lembra o Papa Francisco.

Os brasileiros, identificados por sua hospitalidade e alegria, saberão acolher aqueles que, de todas as partes do mundo, virão ao nosso país por ocasião da Copa. Nossos visitantes terão a oportunidade de conhecer a riqueza cultural que marca nossa terra, sua gente, sua arte, sua religiosidade, seu patrimônio histórico e sua extraordinária diversidade ambiental.

A Copa se torna, portanto, ocasião para refletir com a sociedade sobre as relações pacíficas e culturais entre todos os povos, bem como sobre os aspectos sociais e econômicos que envolvem o esporte que é harmonia, desde que o dinheiro e o sucesso não prevaleçam como objeto final, conforme alerta o Papa Francisco.

Lamentamos que, na preparação para a Copa, esse último aspecto tenha prevalecido sobre os demais, motivando manifestações populares que acertadamente reivindicam a soberania do país, o respeito aos direitos dos mais vulneráveis e efetivas políticas públicas que eliminem a miséria, estanquem a violência e garantam vida com dignidade para todos. Solidarizamo-nos com os que, por causa das obras da Copa, foram feridos em sua dignidade e visitados pela dor da perda de entes queridos.

Não é possível aceitar que, por causa da Copa, famílias e comunidades inteiras tenham sido removidas para a construção de estádios e de outras obras estruturantes, numa clara violação do direito à moradia. Tampouco se pode admitir que a Copa aprofunde as desigualdades urbanas e a degradação ambiental e justifique a instauração progressiva de uma institucionalidade de exceção, mediante decretos, medidas provisórias, portarias e resoluções.

O sucesso da Copa do Mundo não se medirá pelos valores que injetará na economia local ou pelos lucros que proporcionará aos seus patrocinadores. Seu êxito estará na garantia de segurança para todos sem o uso da violência, no respeito ao direito às pacíficas manifestações de rua, na criação de mecanismos que impeçam o trabalho escravo, o tráfico humano e a exploração sexual, sobretudo, de pessoas socialmente vulneráveis e combatam eficazmente o racismo e a violência.

A sociedade brasileira é convidada a aderir ao projeto “Copa da Paz” e à Campanha “Jogando a favor da vida – denuncie o tráfico humano”. Seu objetivo é contribuir para que a Copa do Mundo em nosso país seja lembrada como tempo de fortalecimento da cidadania. Por meio destas iniciativas, a Igreja se faz presente na vida política e social do país, cumprindo sua missão evangelizadora. Ao mesmo tempo, conclamamos as Dioceses em cujo território estão localizadas as cidades-sede da Copa a oferecerem especial atenção religiosa aos seus diocesanos e aos visitantes.

O jogo vai começar e o Brasil se torna, nesse momento, um imenso campo, sem arquibancadas ou camarotes. Somos convocados para formar um único time, no qual todos seremos titulares para o jogo da vida que não admite espectadores. Avançando na mesma direção, marcaremos o gol da vitória sobre tudo que se opõe ao bem maior que Deus nos deu: a vida. Essa é a “coroa incorruptível” (1Cor 9,25) que buscamos e que queremos receber ao final da Copa. Então, seremos todos vencedores!

Que a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, nos agracie com sua bênção e proteção neste tempo de fraternidade e congraçamento entre os povos

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB



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