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3 de dezembro de 2014

Nossa Senhora do Bom Sucesso alertou á respeito da corrupção sacerdotal, impureza do mundo, castigo mundial e restauração por meio Dela


A Santíssima Virgem apareceu pela primeira vez à então Priora das Concepcionistas na capital equatoriana em 2 de fevereiro de 1594.

Nascida na Espanha, na Província de Viscaya, no ano do Senhor de 1563, Madre Mariana de Jesus Torres bem cedo sentiu a vocação religiosa.
Aos 13 anos de idade, com permisão do Rei Filipe II, abandonou seu país, juntamente com sua tia, Madre Maria de Jesus Talvada, e partiu para Quito, cidade situada em terras de colonização espanhola na América do Sul, a fim de ali estabelecer o primeiro mosteiro nas Américas em honra da Imaculada Conceição

As profecias de Maria Santíssima à Irmã Mariana de Jesus impressionam pela precisão

Aparições de Nosso Senhor, de Sua Santa Mãe Santíssima, de Santos e de demônios, eram-lhe freqüentes. A essa filha de Santa Beatriz Silva foi desvendado o futuro como a poucos, sobretudo com referências espantosas aos nossos dias. Tais profecias impressionam pela precisão, riqueza de detalhes e semelhança com as de Fátima.

Em certa ocasião, Madre Mariana encontrava-se com a fronte em terra, com lágrimas e suspiros, suplicando ao Altíssimo algum remédio para os muitos males que afligiam aquela colônia e seu convento.

Foi então que ouviu uma voz celestial que a chamava pelo nome. À sua frente viu Nossa Senhora resplandecendo em meio a imensa claridade. Trazia o Menino Jesus no braço esquerdo, e um báculo de ouro na mão direita.

 Ao tomar o Menino Jesus nos braços, sentiu o inconcebível desejo místico de partilhar da Paixão do Senhor

 
Visão de Madre Mariana de Jesus


Como sempre faz ao referir-Se à Sua pessoa, a Santíssima Virgem logo Se apresentou à filha escolhida, evitando deixar qualquer sombra de dúvida quanto à Sua identidade e, também, sob qual invocação desejaria ser venerada:

— "Sou Maria do Bom Sucesso, Rainha dos Céus e da Terra. Tuas orações, lágrimas e penitências são muito agradáveis a nosso Pai celestial. Quero que fortaleças teu coração e que o sofrimento não te abata. Tua vida será longa para glória de Deus e de sua Mãe, que te fala. Meu Filho Santíssimo te presenteia com a dor em todas as suas formas. E, para infundir-te o valor que necessitas, toma-O de meus braços nos teus".

Ao tomar o Menino Jesus nos braços, sentiu o inconcebíbel desejo místico de partilhar da paixão do Senhor e, assim, mais sofrer como vítima voluntária para aplacar a Justiça Divina.

Naquele instante, Madre Mariana assumia sua condição de alma vítima, unindo seus sofrimentos aos sofrimentos de Seu amado Esposo para a redenção da humanidade.

"Colocareis em minha mão direita o báculo e as chaves da clausura, em sinal de minha propriedade e autoridade"


Na noite de 16 de janeiro de 1599, Nossa Senhora deu-lhe conhecimento de vários fatos futuros, declarando ainda um dos principais objetivos de Sua vinda:

“É vontade de meu Filho Santíssimo que tu mesma mandes executar uma estátua minha, tal como me vês e a coloques sobre a cátedra da Priora. Colocareis em minha mão direita o báculo e as chaves da clausura, em sinal de minha propriedade e autoridade. Colocarás em minha mão esquerda o meu Divino Filho. Eu mesma governarei este meu Convento”.

Com essa afirmação, a Mãe de Jesus revela o zêlo e o respaldo celestial que Seu Divino Filho conserva para com todos aqueles que, por amor a Ele e ao Reino dos Céus a tudo renunciam, através de uma vida radicalmente dedicada à Sua Igreja e à humanidade.

Escultura sobrenatural


Durante os anos seguintes, Madre Mariana suportou grandes sofrimentos e somente a 5 de fevereiro de 1610 que o escultor Francisco del Castilho, espanhol de nobre linhagem, foi chamado para elaborar a escultura solicitada por Maria Santíssima.

Castilho era um homem íntegro e religioso. Vivia santamente em Quito com a esposa e três filhos. Recebeu a encomenda como uma graça do Céu e a 9 de janeiro seguinte declarou que a imagem estava praticamente pronta. Mas ainda faltava a última demão de pintura. Ele iria procurar as melhores tintas existentes na Colônia, e voltaria no dia 16 para concluir o trabalho.

Nessa época, era costume oferecer sempre o que havia de melhor para Deus e a Igreja.

Mas naquela madrugada, quando as religiosas se dirigiram ao coro para rezar o Ofício, encontraram-no todo iluminado por luz sobrenatural, e ouviram vozes angélicas que cantavam o "Salve Sancta Parens".

Sobrenaturalmente, todas as irmãs presenciaram que da imagem inacabada saíam raios vivíssimos. A pintura-base aplicada por Del Castilho caía ao solo junto com aparas de madeira, enquanto os traços da imagem aos poucos, como que por mãos invisíveis, tornavam-se mais suaves e a fisionomia da Virgem mais celeste.

Somente Madre Mariana, em êxtase, via que, conforme pedira ao céu, quem esculpia e finalizava o acabamento artístico eram São Francisco e os três Arcanjos Miguel, Grabriel e Rafael.

Ao ver o resultado surpreendente, Francisco del Castilho disse que a imagem não era obra sua, mas de anjos. Lavrou um documento no qual repetia tal afirmação sob juramento, declarando ainda que encontrara a escultura terminada de maneira diferente da que deixara. Entregou o documento às religiosas para perpetuar a prova do milagre.

Por vontade de Maria Santíssima, as profecias em Quito seriam reveladas apenas "quando a corrupção de costumes estivesse quase geral e a luz preciosa da Fé quase extinta"


"As profecias da Virgem, bem como sua vida como irmã contemplativa, só seriam revelados no século XX, por causa da "muita decadência da fé"

Madre Mariana contou pessoalmente os detalhes do ocorrido ao Bispo de Quito.

É interessante que a escolhida de Maria Santíssima acrescentou ao Bispo algo que diz respeito diretamente aos nossos dias atuais: as profecias da Virgem, bem como sua vida como irmã contemplativa, só seriam reveladas no século XX, por causa da "muita decadência da fé" (II, 41) e do papel que deveria ter então essa invocação de Nossa Senhora do Bom Sucesso nesses difíceis tempos.

O desfecho dessas profecias que se cumpririam (e ainda continuam a se cumprir) são a prova incontestável dessa intervenção sobrenatural do Céu ocorrida no Equador, através da Santíssima Virgem.

Assim dissera-lhe Nossa Senhora em outra ocasião:

"É vontade de Deus reservar esta invocação e tua vida para aquele século, quando a corrupção de costumes será quase geral e a luz preciosa da Fé estará quase extinta" (II, 193)

O papel dos santuários marianos como verdadeiras resistências de Fé nos tempos da indiferença para com Deus

A 8 de dezembro de 1634, a Rainha do Céu e da Terra assim profetizou a Madre Mariana:

"O meu culto sob a consoladora invocação do Bom Sucesso (...) será a sustentação e salvaguarda da Fé na quase total corrupção do século XX" (II, 190).

E com essa afirmação a Senhora deixa claro o papel que todos os santuários marianos exercem em seus países como verdadeiras resistências de Fé nos tormentosos tempos que atravessamos de indiferença para com Deus.

A Igreja avalia a credibilidade de previsões feitas por uma pessoa, abarcando épocas diferentes, considerando se algumas já se cumpriram e de que modo. É historicamente comprovado que no caso de Madre Mariana de Jesus Torres, a maior parte das revelações que Nossa Senhora lhe fez já se cumpriram. E com tanta exatidão, que não seria prudente pôr em dúvida o que ainda está por se realizar.

 Necessidade de almas heróicas

Entre essas várias revelações, citamos, por exemplo, a mensagem da aparição de 16 de janeiro de 1599:

"A pátria em que vives deixará de ser Colônia e será República livre, conhecida pelo nome de Equador. Então necessitará de almas heróicas para sustentar-se através de tantas calamidades públicas e privadas" (I, 67)).

Em mais de uma profecia a Virgem proclama a vinda do heróico presidente equatoriano Garcia Moreno, prevendo com extraordinária exatidão seu martírio, exaltando-lhe sua firmeza espiritual e conduta verdadeiramente cristã. Na mesma aparição afirmou:

"No século XIX haverá um presidente verdadeiramente cristão, varão de caráter, a quem Deus Nosso Senhor dará a palma do martírio na praça onde está este meu convento. Ele consagrará a República ao Divino Coração de meu Filho Santíssimo e esta consagração sustentará a Religião Católica nos anos posteriores, os quais serão aziagos para a Igreja" (Id).

O assassinato do presidente Gabriel Garcia Moreno foi vaticinado e exaltado por Maria Santíssima como mártir ao defender os princípios cristãos em seu pais

É oportuno fazer uma retrospectiva histórica desta extraordinária profecia de Maria Santíssima quando se refere ao presidente Garcia Moreno, historicamente rotulado como conservador. E também deixar quais foram os "crimes" que cometeu para ser assassinado tão brutalmente como foi.

Quando ocorreu a invasão dos Estados Pontifícios em 1870, Garcia Moreno foi o único governante no mundo a elevar sua voz, enviando ao ministro das Relações Exteriores da Itália uma nota de protesto contra o esbulho sofrido pelo Soberano Pontífice, e denunciando a usurpação que realizava o governo italiano.

O Papa, agradecido, concedeu-lhe a condecoração de primeira classe da Ordem de Pio IX, com um Breve de recomendação datado de 27 de março de 1871.
 
“Como manifestação de solidariedade à Santa Sé, [Garcia Moreno] decretou, em 1873, que se enviasse ao Sumo Pontífice dez por cento dos dízimos que correspondiam ao Estado”. (“El Nacional”, n° 300, 10 de outubro de 1873, apud Ricardo Pattée, op. cit., p. 294.)

 Garcia Moreno consagra República do Equador ao Sagrado Coração de Jesus, ato previsto dois séculos antes por Maria Santíssima

“Reconheço a fé do povo equatoriano, e essa fé me impõe o sagrado dever de conservar intacto o seu depósito”, afirmou o presidente nessa ocasião. (José Félix Herédia, La Consagración de la República del Ecuador al Sagrado Corazón de Jesús, Quito, Editorial Ecuatoriana, 1935, p. 198; apud Ricardo Pattée, op. cit. p. 295.)

Já em 1861 um decreto da Convenção havia declarado a Virgem das Mercês Padroeira da nação equatoriana.

Seu firme gesto espiritual cristão foi a gota d´água que faltava. Até onde iria chegar esse governo em seu fervor religioso? Agindo sob o véu do segredo, nos mesmos princípios dos fariseus de outrora, as lojas maçônicas começaram a planejar seu extermínio.

Numa carta a Pio IX, como que antevendo seu fim, Garcia Moreno escreveu:

“Que riqueza para mim, Santíssimo Padre, ser odiado e caluniado por meu amor ao nosso Divino Redentor! Que felicidade, se vossa bênção obtiver para mim do Céu a graça de derramar meu sangue por Ele, que, sendo Deus, quis derramar Seu sangue por nós na cruz!” (The Catholic Encyclopedia, Online Edition.)

Enquanto agonizava, conseguiu molhar o dedo no próprio sangue e escrever no chão: “Dios no muere”

Vieram avisar-lhe que alguém precisava falar com ele com toda urgência. Quando subia as escadarias do palácio, um celerado chamado Rayo, aos gritos de “morte ao tirano”, atingiu-o na nuca com um facão, e quase decepou-lhe os braços com os quais procurava proteger-se, enquanto três cúmplices disparavam-lhe tiros no peito.

Garcia Moreno, moribundo, foi jogado na praça, onde Rayo deu-lhe várias facadas na cabeça. Enquanto agonizava, conseguiu molhar o dedo no próprio sangue e escrever no chão: “Dios no muere”.

Levado às pressas para a catedral ainda com vida, recebeu a extrema-unção antes de expirar.

Vítima pelo zelo em desejar manter a Religião e a piedade em toda a sua nação

Em audíência pública em Roma, o Papa Pio IX lamentou a morte de Garcia Moreno, demostrando francamente sua indignação contra os "conselhos das trevas organizados pelas seitas".

Ao saber da dolorosa notícia, o Sumo Pontífice declarou que o Equador “distinguiu-se milagrosamente pelo espírito de justiça e pela fé inabalável de seu Presidente, que mostrou-se sempre o filho submisso da Igreja, cheio de devoção para com a Santa Sé, e de zelo para manter a Religião e a piedade em toda a sua nação [...].
Então, nos conselhos das trevas organizados pelas seitas, esses vilões decretaram o assassinato do ilustre Presidente. Ele caiu sob o aço de um assassino como uma vítima de sua fé e de sua caridade cristã”. (Palavras do Papa Pio IX numa audiência pública em Roma, em 20 de setembro de 1875; apud Gary Potter, Garcia Moreno, Stateman and Martyr, http.www.catholicism.org/bookstore/private/Housetops.htm).

A Virgem vem lembrar no Equador as palavras de Jesus: “tudo o que ligares na Terra será ligado no céu”

Mas voltemos ainda às mensagens proféticas da Virgem no Equador.

Deixando absolutamente claro a promessa feita por Jesus aos apóstolos quando afirmou que “tudo o que ligares na Terra será ligado no céu” (Mt 18, 15-20), na aparição de 2 de fevereiro de 1634, Nossa Senhora do Bom Sucesso entregou o Menino Jesus a Madre Mariana.

Em seus braços, o Menino revelou-lhe o que a Igreja realizaria duzentos anos depois:

"O dogma de fé da Imaculada Conceição de Minha Mãe será proclamado quando mais combatida estiver a Igreja e encontrar-se cativo meu Vigário. Do mesmo modo [será proclamado] o Dogma de fé do Trânsito e Assunção em corpo e alma aos Céus de minha Mãe Santíssima" (II, 87).

Realmente, nessa época, com a invasão do Vaticano pelas tropas revolucionárias, Pio IX teve que se refugiar em Gaeta, de 1848 a 1850.

O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado em 8 de Dezembro de 1854, em Roma.

"A Bondade Divina prepara agraciar aqueles séculos com um modelo exemplar de sacerdócio abnegado"

Entretanto, essa volta do sucessor de Pedro para Roma não significou que o ódio e as maquinações contra o Papa tivessem cessado. Muito pelo contrário (vide Historia de la Iglesia Católica, Bernardino Llorca S.J., Ricardo Garcia Villoslada S.J., vol. IV, Biblioteca de Autores Cristianos, Madrid, 1951).

Por ocasião da última aparição à Sua fiel serva, em 8 de dezembro de 1634, ao falar da decadência do Clero no século XX, Nossa Senhora anunciou também a presença de um grande sacerdote de Cristo que posteriormente seria conhecido como Cura D’Ars, nos seguintes termos:

"Os sacerdotes, a partir do século XIX, deverão amar com toda a alma João Maria Vianney, um servo meu que a Bondade Divina prepara para com ele agraciar aqueles séculos como modelo exemplar do sacerdote abnegado" (II, 191).

Com grande precisão para uma profecia de quase cinco séculos atrás, Maria Santíssima ainda indicou o agente desencadeador da crise tão catastrófica que descreve em Suas profecias referindo-Se aos séculos XIX e XX. Nossa Senhora do Bom Sucesso aponta como sendo a causa principal as heresias em geral e as seitas, ou simplesmente “a seita”.

"A seita" estenderia suas garras desde o recinto sagrado do templo até o lar, influenciando perniciosamente todos os campos da atividade humana

Essas heresias ou seitas chegariam a tal ponto que se infiltrariam em todos os lugares, estendendo suas garras desde o recinto sagrado do templo até o lar, influenciando perniciosamente todos os campos da atividade humana.

"(...) Extravasarão as paixões e haverá total corrupção dos costumes por quase reinar satanás (...), o qual visará principalmente a infância a fim de manter com isto a corrupção geral. Ai dos meninos desse tempo! Dificilmente receberão o Sacramento do Batismo e o da Confirmação" (II, 5).

A “seita”, havendo-se apoderado de todas as classes sociais, "possuirá sutileza para introduzir-se nos ambientes domésticos, que perderão as crianças. Nesse tempo infausto mal se encontrará a inocência infantil. Desta forma perder-se-ão as vocações para o sacerdócio e será uma verdadeira calamidade" (II, 135).

"A atmosfera saturada do espírito de impureza que, à maneira de um mar imundo, correrá pelas ruas, praças e logradouros públicos... Quase não haverá almas virgens no mundo. A delicada flor da virgindade, tímida e ameaçada de completa destruição, luzirá de longe" (II, 135).

Atualmente, com raras exceções, nossa juventude agoniza moralmente no charco dos vícios, do edonismo e das paixões desenfreadas.

Dessa devassidão estariam abertas as portas para o divórcio, concubinato, filhos ilegítimos, aborto, educação laica

E como resultante dessa devassidão, estariam abertas as portas para o divórcio, concubinato, filhos ilegítimos, aborto, educação laica e mesmo antiteísta...

"Quanto ao Sacramento do Matrimônio, que simboliza a união de Cristo com a Igreja, será atacado e profanado em toda a extensão da palavra. .... Impor-se-ão leis iníquas com o objetivo de extinguir esse Sacramento, facilitando a todos viverem mal, propagando-se a geração de filhos mal-nascidos, sem a bênção da Igreja. Irá decaindo rapidamente o espírito cristão”.

Desprezo aos sacramentos da Igreja, que são instrumentos de misericórdia e salvação, instituídos pelo próprio Cristo

Voltando as costas para Deus, o homem passaria a conduzir-se por si mesmo, desprezando as leis divinas:

"Apagar-se-á a luz da Fé até se chegar a uma quase total e geral corrupção de costumes. Acrescidos ainda os efeitos da educação laica, isto será motivo para escassearem as vocações sacerdotais e religiosas" (II,6 e 7).

O respeito e a fé aos Sacramentos da Igreja, que são instrumentos de misericórdia e salvação, instituídos pelo próprio Cristo, seriam desprezados:

"Nesse tempo o Sacramento da Extrema Unção, posto que faltará nesta pobre Pátria o espírito cristão, será pouco considerado. Muitas pessoas morrerão sem recebê-lo por descuido das famílias...

"O mesmo sucederá com a Sagrada Comunhão. Mas, ai! quanto sinto ao te manifestar que haverá muitos e enormes sacrilégios públicos e também ocultos de profanação da Sagrada Eucaristia. .... Meu Filho Santíssimo ver-Se-á jogado ao chão e pisoteado por pés imundos".

Assim como repetiria duzentos anos depois, em La Sallete, a Virgem advertiu sobre a vida desregrada dos ministros de Deus de nossos tempos:

"Saiba ainda que a Justiça Divina costuma descarregar castigos terríveis sobre nações inteiras, não tanto pelos pecados do povo quanto pelos dos Sacerdotes e religiosos, porque estes últimos são chamados, pela perfeição de seu estado, a ser o sal da Terra, os mestres da verdade e os pára-raios da Ira Divina" (II, 186).

Um pequeno grupo restaria para guardar os tesouros da virtude e da verdadeira Fé

Após graves advertências sobre a conduta execrável de sacerdotes e religiosos do futuro, a Mãe do Senhor descreve detalhadamente a situação caótica espiritual da qual todos somos testemunhas, sem falar nos dias piores que ainda sobrevirão.

Mas um pequeno grupo restaria para guardar os tesouros da virtude e da verdadeira Fé:

"O pequeno número de almas que guardará o tesouro da Fé e das virtudes sofrerá um cruel, indizível e prolongado martírio. Muitas delas descerão ao túmulo pela violência do sofrimento e serão contadas como mártires que se sacrificaram pela Igreja e pela Pátria".

A fé e a confiança dos justos seria provada com fogo, frente a terrível oposição funesta proveniente das doutrinas do mal

Exorta no sentido de que a fé e a confiança dos justos seria provada com fogo, frente a terrível oposição funesta proveniente das doutrinas do mal, levando a crer que tudo estará perdido:

"Para a libertação da escravidão dessas heresias, aqueles a quem o amor misericordioso de meu Filho Santíssimo destinará para esta restauração, necessitarão de grande força de vontade, constância, valor e muita confiança em Deus. Para pôr à prova esta Fé e confiança dos justos, haverá ocasiões em que tudo parecerá perdido e paralisado. Será, então, o feliz princípio da restauração completa" (II, 134).

"A Igreja, qual terna menina, ressurgirá alegre e triunfante"

Mesmo assim, logo após suas advertências sobre a prevaricação verificada nas fileiras do clero, a apostasia generalizada da humanidade, a Virgem Santíssima fala do triunfo da Igreja, e menciona um filho eleito, um Prelado querido, que surgirá quando o mal parecer triunfante e "a autoridade" prevaricar:

"Mas quando parecerem triunfantes e quando a autoridade abusar de seu poder cometendo injustiças e oprimindo os débeis, próxima está sua ruína, cairão por terra estatelados”.

 E como em Fátima, anuncia a derradeira vitória, também anunciada por Jesus e pelos antigos profetas:

"E a Igreja, qual terna menina, ressurgirá alegre e triunfante, e adormecerá brandamente, embalada em mãos de hábil coração maternal do meu filho eleito, muito querido, daqueles tempos. Fá-lo-emos grande na Terra e muito maior no Céu, onde lhe temos reservado um assento muito precioso. Porque, sem temor dos homens, combateu pela verdade e defendeu impertérrito os direitos de sua Igreja, pelo que bem o poderão chamar mártir".

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Entendo a Profecia:

"A lâmpada que arde diante do amor prisioneiro, que vistes apagar, tem muito significado. Em primeiro lugar: no fim do século XIX e por boa parte do século XX, estas terras serão então repúblicas e entregues a heresias. E reinando nela, se apagará a luz preciosa da Fé nas almas por uma quase total corrupção dos costumes. Neste tempo haverá grandes calamidades físicas e morais, públicas e privadas."

Aqui se fala fim do século XIX corretamente: nesse tempo começa a se articular as seitas para derrubar o império austro-húngaro, para derrubar a Igreja. O movimento infiltrado, chamado "modernismo", é condenado por São Pio X. A "boa parte do século XX" quer dizer no mínimo mais da metade dele. O pontificado de Pio XII (iniciado em 1939), e o avanço da corrupção dos costumes na época deste Papa. Assim, "boa parte" significaria desde mais ou menos 1939.

Alguns podem alegar contra o exposto, dizendo que tem ordem cronológica, mas não é necessariamente assim, e até em outros artigos mostramos que Nossa Senhora fala da "quase total corrupção do século XX". Ainda pode se objetar que não houve corrupção nos costumes no fim do século XIX: Neste caso particular, falava-se das repúblicas e heresias instaladas primeiros, das quais uma notável foi a revolução na Itália para unificá-la e o modernismo. Depois, com elas "reinando", se "apagará a fé...". Ou seja, há uma sucessão, mas não necessariamente uma sucessão de "x logo depois de y". O único requisito é o "reinar" para o próximo suceder.

Outros podem ainda argumentar que não poderia ser esse tempo dos Papas porque ele passa o século XX para o seguinte. Ora, se ela não disse que chega, então não chega? Do mesmo modo posso pensar que se ela não disse que não chega, então chega. Acreditamos que virá no século XXI o Castigo que ela profetizou envolvendo um Papa, por isso não se disse nada.

"Estas terras" é o mundo em geral. As calamidades várias citadas são parte do Grande Castigo, que vem acontecendo em graus caminhando ao auge.

"O pequeno número de almas em que se conservará o culto da Fé e da virtude, sofrerá um cruel e indizível padecimento, ao par de um prolongado martírio. Muitas delas descerão ao sepulcro por violência e sofrimento e serão consideradas como mártires por terem se sacrificado pela Igreja e pela pátria."

"Para libertar da escravidão destas heresias, necessitam de grandes forças, constância, valor, muita confiança em Deus, aqueles a quem destinará para esta restauração o amor misericordioso de meu Filho Santíssimo. Para pôr à prova os justos nesta Fé e confiança, fará [que cheguem] momentos nos quais tudo parecerá perdido e paralisado, e então será o feliz princípio da restauração completa."

Poucos guardarão a fé, mas no mundo atual não se acha isso do ponto de vista progressista, dado que a maioria dos católicos são dessa linha. Assim, não pode estar correto esse ponto de vista, há de ser uma minoria os que guardam a fé, que atribuímos aos tradicionalistas. A profecia reconforta os fiés com a restauração quando tudo parecer estar perdido.

"Segundo motivo porque a lâmpada se apagou: que esta minha comunidade, estando em reduzido número de pessoas, será submergido em um mar sem fundo de indizíveis amarguras e parecerá afogar-se nessas águas de tribulações. Quantas vocações verdadeiras perecerão por falta de direção, tino, prudência das mestras de noviças que deveriam ser almas de oração e conhecedoras dos diversos caminhos do espírito."

"O terceiro motivo pelo qual se apagou a lamparina é porque nesses tempos estará a atmosfera saturada de impureza, que a maneira de uma mar imundo correrá pelas ruas, praças e logradouros públicos com uma liberdade assombrosa."

"Quase não haverá almas virgens no mundo. A delicada flor da virgindade, tímida e ameaçada de completa destruição, luzirá longe. Refugiando-se nos claustros, encontrará terreno adequado para crescer.(...)Sem a virgindade seria preciso, para purificar estas terras, que chovesse fogo do Céu" (...).

Profecias da impureza no mundo, tal como acontece atualmente como nunca antes.

"Quarto motivo porque a lâmpada se apagou, é que havendo as sociedades secretas infiltrado em todas as classes sociais, terá tanta sutileza para introduzir-se nos lares domésticos, que perdendo a infância se gloriará o demônio de alimentar-se com esse precioso alimento dos corações das crianças nesses aziagos tempos."

"Nesses tempos infaustos mal se encontrará a inocência infantil. Desta forma perder-se-ão as vocações para o sacerdócio, e será uma verdadeira calamidade."

"Restarão as Comunidades religiosas para sustentar a Igreja e trabalhar com valoroso, desinteressado empenho na salvação das almas. Porque nesse período a observância da Regra resplandecerá nas Comunidades, haverá santos ministros do Altar, almas ocultas e belas, nas quais meu Filho Santíssimo e Eu nos deleitaremos, considerando as excelentes flores e frutos da santidade heroica. Contra eles a impiedade fará dura guerra, cumulando-os de vitupérios, calúnias e vexações, para impedir-lhes o cumprimento do Ministério. Mas eles, como firmíssimas colunas, permanecerão inabaláveis e enfrentarão a tudo com esse espírito de humildade e sacrifício com que serão revestidos." (...)

"No clero secular haverá, nessa época, muito que desejar, porque os Sacerdotes se descuidarão do seu sagrado dever. Perdendo a bússola divina, desviar-se-ão do caminho traçado por Deus para o ministério sacerdotal e apegar-se-ão ao dinheiro, em cuja obtenção porão demasiado empenho."

Profecia clara da corrupção e desleixo dos sacerdotes.

"E, como então padecerá esta Igreja a noite escura pela falta de um prelado e pai, que zele com amor e com suavidade, fortaleza, tino e prudência, muitos deles perderão o seu espírito pondo em grande perigo as almas."

Aqui se fala da corrupção do prelado, ou seja, dos altos cargos eclesiásticos. E também do prelado e pai primeiro, o Papa. Em outras palavras, estes não serão zelosos.

"Ora com instância, clama sem cessar e chora com lágrimas amargas no segredo do teu coração ao nosso Pai Celestial, que por amor ao Coração Eucarístico de meu Filho Santíssimo, por este precioso Sangue vertido com tanta generosidade e por essas profundas amarguras das dores da Paixão e Morte, que se compadeça de seus ministros, e ponha quanto antes fim a tão aziagos tempos, enviando a esta Igreja o prelado que deverá restaurar o espírito de seus sacerdotes, a esse filho meu muito querido a quem amamos, meu Filho Santíssimo e Eu, com o amor predileto, porque lhe dotaremos de capacidade pura, de humildade de coração, de docilidade nas diversas inspirações, de fortaleza para defender os direitos da Igreja, de coração terno para que, como outro Cristo, atenda ao grande e ao pequeno, sem desprezar ao mais infeliz que lhe vai pedir luz e conselho em suas dúvidas e amarguras, e que com suavidade divina guie as almas consagradas ao serviço divino nos claustros, sem fazer pesado o jugo do Senhor que Ele mesmo disse:  meu jogo é suave e ligeiro."

E para dissipar essas negras nuvens, nuvens que impedem o claro dia da liberdade da Igreja, haverá então uma guerra formidável e espantosa, onde correrá sangue próprio e alheio, de sacerdotes e seculares, e regulares e também de religiosas. Esta noite será horrorosíssima, porque ao parecer humano será triunfante a maldade.

"Então é chegada a minha hora, na qual de uma maneira assombrosa Eu destronarei o soberbo satanás, pondo-o debaixo de meus pés e encadeando-o no abismo infernal e deixando por fim livre a Igreja e a Pátria de sua cruel tirania."

O Castigo e então a Restauração, o Reino de Maria. Satanás será encadeado no inferno, como no livro do Apocalipse, para não seduzir mais as nações por mil anos, que denota um grande espaço de tempo tão somente. "Esta noite" indica os três dias de trevas.

"O quinto motivo porque se apagou a lâmpada é porque o descuido das pessoas que possuindo grandes quantias de riquezas, verão com indiferença oprimida a Santa Igreja, perseguida a virtude, triunfante a maldade sem empregar santamente suas riquezas na destruição do mal e na restauração da Fé, e por essa indiferença do povo em deixar que pouco a pouco se apague o nome de Deus, adquirindo-se o espírito do mal, entregando-se com liberdade a todos os vícios e paixões."

"Ah! querida filha, se fosse permitido viver nesses aziagos tempos, tu morrerias de dor a ver realizado tudo que a ti é manifesto e tanto é o amor que meu Filho Santíssimo temos a estas terras que são herança nossa, que queremos desde agora, pedimos desde agora a aplicação de teus sacrifícios e orações para diminuir este tempo, a duração desse tempo de tão terrível catástrofe." [1].

Materialismo é a ideologia da sociedade. É notável como existem cinco motivos para a lamparina apagar, numerologicamente isto concorda com a quinta era, tempo destas tribulações, tempo que se encerra com a vinda deste grande prelado.


Sob o altar de uma capela interior do Monastério da Imaculada Conceição, em Quito, Equador, conservam-se quatro dos corpos incorruptos de suas madres fundadoras. Um desses corpos é o da Madre Maria de Jesús Torres, alma eleita pela misericórdia de Deus para deixar mais uma importante mensagem de Maria Santíssima dirigida à nossa pobre civilização angustiada, violenta e sem identidade.


Madre Maria de Jesús Torres, cujo corpo incorrupto se encontra no Monastério da Imaculada Conceição, em Quito, Equador



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