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22 de outubro de 2014

A decepcionante resposta da comunidade internacional diante do ebola


Segundo Kofi Annan, os países ricos estão agindo com lentidão porque a doença começou na África

A ONU arrecadou apenas 10% do objetivo estabelecido para setembro com a criação de um fundo especial para frear o ebola, segundo reconheceu seu secretário-geral, Ban Ki-moon.

Os países membros contribuíram apenas com 100 milhões de dólares na conta aberta em setembro, que buscava arrecadar um bilhão – quantidade que teria permitido uma maior “flexibilidade na resposta a uma crise que apresenta novos desafios a cada dia”, segundo o médico britânico David Nabarro, que coordena a luta da ONU contra o ebola.

Neste sentido, o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, declarou-se decepcionado com a comunidade internacional.

Annan opinou que os países ricos agiram com lentidão porque a doença começou na África.

“Se a crise tivesse atingido outra região, provavelmente teriam lidado com ela de maneira diferente. De fato, se prestarmos atenção na evolução da crise, a comunidade internacional realmente acordou quando a doença chegou à América e à Europa”, acrescentou.

“Aponto e acuso com o dedo os governos com recursos. Penso que há culpa suficiente para distribuir”, disse Annan, que, no entanto, também criticou os países africanos da região por não pedirem ajuda mais rapidamente.

Além do fundo especial criado pela ONU, os doadores contribuíram com cerca de 400 milhões de dólares nas agências das Nações Unidas e em outras organizações humanitárias, o que supõe menos da metade do esperado.

Por sua vez, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirlead, difundiu uma “Carta ao Mundo” por meio da BBC, na qual destaca que todo mundo está interessado na luta contra o ebola, pois ele “não respeita fronteiras”.

“É dever de todos, como cidadãos do mundo, mandar uma mensagem de que não vamos abandonar milhões de africanos ocidentais. (...) Não é coincidência que o ebola tenha se espalhado em três estados frágeis que lutam por superar os efeitos de guerras interligadas”, disse a mandatária.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não basta investir recursos e atenção na Libéria, Serra Leoa e Guiné: também é preciso centrar-se na Costa do Marfim, Guiné Bissau, Mali e Senegal.

A última contagem da OMS registra 4.493 mortes pelo ebola, de um total de 8.997 contágios.

(Artigo publicado originalmente pela revista Mundo Negro)


fonte: aleteia.org


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