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10 de junho de 2014

Papa Francisco: Cristianismo não deve ser pensado, mas colocado em prática


As Bem-aventuranças são o programa de vida do cristão. Foi o que afirmou o Papa Francisco na missa nesta manhã na Casa Santa Marta, comentando o Evangelho do dia.

“Se algum de nós – afirmou – faz a pergunta: ‘Como se faz para se tornar um bom cristão?’”, aqui encontramos a resposta de Jesus, que nos indica coisas “muito contracorrente” em relação ao que habitualmente “se faz no mundo”. Bem-aventurados os pobres em espírito. “As riquezas – advertiu – não garantem nada. Quando o coração é tão satisfeito de si mesmo, não tem lugar para a Palavra de Deus:

O mundo nos diz: a alegria, a felicidade, a diversão, este é o belo da vida. E ignora, olha para o outro lado quando existem problemas de doença, de dor na família. O mundo não quer chorar, prefere ignorar as situações dolorosas, encobri-las. Somente a pessoa que vê as coisas como são, e chora no seu coração, é feliz e será consolada. A consolação de Jesus, não a do mundo. Bem-aventurados os mansos neste mundo que, desde o início, é um mundo de guerras, um mundo onde há desavenças em todos os lugares, onde há ódio. E Jesus diz: nada de guerras, nada de ódio. Paz e mansidão.

Se sou manso na minha vida, disse o Papa, “pensarão que sou tolo”. Podem até pensar, prosseguiu Francisco, “mas se trata de ser manso, porque com esta mansidão receberá a Terra como herança. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, bem-aventurados os que “lutam pela justiça, para que haja justiça no mundo”. “É tão fácil – advertiu – entrar nas redes da corrupção, daquela politica cotidiana de que tudo é negócio”. E “quantas injustiças, quantas pessoas que sofrem por causa disso. E Jesus diz: “São bem-aventurados os que lutam contra essas injustiças”. Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia. Jesus, observou Francisco, não diz “bem-aventurados os que se vingam”:

Bem-aventurados os que perdoam, misericordiosos. Porque todos nós somos um exército de perdoados! Todos nós fomos perdoados. E por isso é bem-aventurado quem empreende esta estrada do perdão. Bem-aventurados os puros de coração, que têm um coração simples, puro, sem sujeira, um coração que sabe amar com aquela pureza tão bela. Bem-aventurados os que promovem a paz. Mas é tão comum aqui ser agentes de guerras ou pelo menos agentes de mal-entendidos! Quando eu ouço algo de alguém e conto a outra pessoa, também faço uma segunda edição um pouco mais longa e a refiro … O mundo das intrigas. Essas pessoas que comentam, não fazem paz, são inimigas da paz. Não são bem-aventuradas.

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça. Quantas pessoas, constatou o Pontífice, “são perseguidas, foram perseguidas simplesmente por terem lutado pela justiça”. As Bem-aventuranças são o programa de vida que Jesus nos propõe, tão simples, mas tão difícil. Se quisermos algo mais, Jesus nos dá também outras indicações”, como aquele “protocolo sobre o qual nós seremos julgados” no capítulo 25 do Evangelho de Mateus: “Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, estive doente e me visitastes, preso e viestes me ver”. Com essas duas coisas – Bem-aventuranças e Mateus 25 – “se pode viver a vida cristã no nível da santidade”:

Poucas palavras, palavras simples, mas práticas a todos, porque o cristianismo é uma religião prática: não é para pensar, é para ser praticada. Hoje, se tiverem tempo, em casa peguem o Evangelho de Mateus, capítulo quinto no início estão as bem-aventuranças. E lhes fará bem ler uma vez, duas, três vezes. Ler este que é o programa de santidade. Que o Senhor nos dê a graça de entender esta mensagem.



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