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11 de fevereiro de 2014

Cristãos não ajam como privilegiados - Papa Francisco

O verdadeiro cristão é como o Batista: segue o caminho da humildade sem se apropriar da profecia. A liturgia desta sexta-feira, 7, narra que Herodes mandou matar João para contentar a amante Herodíades e os caprichos de sua filha. “João, observou o Papa, é um homem que viveu pouco, teve pouco tempo para anunciar a Palavra de Deus e terminou mal sua vida, na corte de Herodes”:

“Quando existe corte, tudo é possível: corrupção, vícios, crimes. As cortes favorecem estas coisas. João Batista anunciou o Senhor com firmeza, exortando todos a se converter. Era um homem forte, e mesmo que tenha lhe sido dada a possibilidade de dizer “Eu sou o Messias”, ele nunca se apropriou da autoridade moral de Jesus, esta foi a primeira grande coisa que fez”.

“Quando os fariseus, os doutores, lhe perguntaram se ele era o Messias, ele disse que não. No momento da tentação e da vaidade, ele foi claro, não roubou o título: este ‘homem de verdade’ fez esta segunda grande coisa, não roubou a dignidade”. E a terceira coisa que João Batista fez foi ‘imitar Jesus Cristo’, principalmente se rebaixando: João se humilhou, se rebaixou até a morte. Morreu como um infrator, ladrão, criminoso na cruz. Francisco advertiu que os cristãos têm muito que refletir:

“João também teve seu ‘jardim das oliveiras’, sua angústia na prisão, quando pensava que havia errado e seu coração estava nas trevas. Aquela escuridão da alma, a mesma sentida pela Beata Teresa de Calcutá! A mulher que todos louvavam, a vencedora do Nobel!”.

“João é o ícone do discípulo – disse o Papa – onde está a fonte desta atitude de discípulo? Em um encontro – respondeu. O Evangelho nos fala do encontro de Maria e Isabel, quando João exultou de alegria no ventre de Isabel. Aquele encontro o transformou em discípulo”. Assim, o Papa concluiu a homilia colocando aos presentes as seguintes questões:

“Questionemo-nos sobre o nosso discipulado: nós anunciamos Jesus Cristo? Aproveitamos da nossa condição de cristãos como se fosse um privilégio? Caminhamos na estrada de Jesus Cristo? Na estrada da humildade, da humilhação, do rebaixamento, do serviço? E quando me encontrei com Jesus, o encontro me encheu de alegria? Devemos voltar ao encontro, à primeira Galileia do encontro; reencontrar o Senhor e prosseguir com Ele neste caminho”.




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