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17 de dezembro de 2013

Não batizar filhos de mães solteiras é "mentalidade doentia", alerta o Papa


O Papa Francisco recordou em uma recente entrevista com o jornal La Stampa que ano passado, quando era Arcebispo de Buenos Aires, denunciou a atitude de alguns sacerdotes que se opunham a batizar filhos das mães solteiras. "É uma mentalidade doentia", precisou.

O Santo Padre fez este comentário ao falar sobre a prudência nos sacramentos em sua exortação Apostólica Evangelii Gaudium. Ele disse a respeito que "devemos buscar facilitar a fé das pessoas mais que controlá-la. O ano passado na Argentina denunciei a atitude de alguns sacerdotes que não batizavam filhos de mães solteiras. Isto é uma mentalidade doentia".

O Papa indica ainda que "quando falo de prudência não penso em uma atitude paralisadora, mas em uma virtude de quem governa. A prudência é uma virtude de governo. Também a audácia. É preciso governar com audácia e com prudência. Falei do batismo e da comunhão como alimento espiritual para seguir adiante, e que deve ser considerado como um remédio e não como um prêmio. Alguns pensaram imediatamente nos sacramentos para os divorciados que se tornaram a casar, mas eu nunca falo de casos particulares: eu só queria indicar um princípio".

Ao ser perguntado sobre os divorciados voltados a casar, o Pontífice indicou que "a exclusão da comunhão para divorciados que vivem uma segunda união não é uma sanção. É preciso recordá-lo. Mas não falei disto na Exortação". Eles serão um importante tema no Sínodo da Família de outubro de 2014.

Sobre o trabalho dos oito cardeais conselheiros para a reforma da Cúria do Vaticano, o Papa Francisco indicou que "o trabalho é longo. Quem queria apresentar propostas ou enviar ideias já ofez. O Cardeal Bertello recolheu as opiniões de todos os dicastérios vaticanos. Recebemos sugestões dos bispos de todo o mundo. Na última reunião os oito cardeais disseram que chegamos ao momento de apresentar propostas concretas e no próximo encontro, em fevereiro, entregar-me-ão suas primeiras sugestões".

"Eu sempre estou presente nos encontros, exceto na quarta-feira na manhã pela audiência (geral). Mas não falo, só escuto, e isto me faz bem. Um cardeal idoso me disse faz alguns meses: ‘Sua Santidade já começou a reforma da Cúria com a missa cotidiana na Casa Santa Marta’. Isto me fez pensar: a reforma começa sempre com iniciativas espirituais e pastorais, antes que mudanças estruturais".



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