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9 de setembro de 2013

Reflexão Evangelho de São Lucas 4, 38-44

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Este um dos milagres menores que Jesus fez, curar a sogra de Pedro. No evangelho mostra que Jesus expulsava demônios. Para nós esta palavra "demônio" é muito personificada, num anjo do mal, etc. Para os judeus, era uma cultura, muitas doenças inexplicáveis eram atribuídas aos demônios. A própria febre era vista como uma espécie de possessão. Quando se fala de demônio no evangelho não é do modo como nós entendemos agora. Os evangelistas relatam esses fatos para que todos soubessem a importância de Jesus. Colocando até os demônios como testemunha da Sua divindade.

Eu quero dizer para vocês o seguinte: Jesus saiu da Sinagoga, entrou na casa de Simão e encontrou a sogra dele tão doente que não podia fazer nada. Então Jesus a curou. Ela levantou e começou a serví-los. Depois Jesus foi atender outros doentes. Uma típica jornada de Jesus.
Notem as etapas: Primeiro Jesus estava na Sinagoga, lugar de oração, não podemos fazer nada sem antes pedir a força de Deus. Muito bonita essa observação do Evangelho de hoje "Jesus saiu da Sinagoga", foi à casa de Simão, curou a sua sogra e depois seguiu para atender os outros doentes.

A gente também para trabalhar, temos que começar na sinagoga. Esta mulher pelo jeito era dinâmica, mas por causa da febre estava travada na cama. Para trabalhar precisamos desta cura de Jesus, que é uma consequência da oração. Depois da cura vem a ação.
Começar nosso trabalho aqui na Milícia com a Santa Missa, ou com uma oração, uma meditação, depois saindo da sinagoga, estamos melhor preparados para a nossa ação.
A oração tira aquela inércia, aquele desânimo, aquela "febre que é um mal estar" e nos dá energia, nos "tira da cama" e nos joga a servir.

A Milícia é um serviço permanente. Não podemos imaginar as forças que nos são necessárias para agir e trabalhar com amor. As pessoas exigem de nós, temos que estar preparados. O mundo não pára e precisa de nós.
Temos que estar sempre bem preparados porque não sabemos quando acontecem as "turbulências". Se não rezamos, não temos a força. Não podemos simplesmente exercer as nossas tarefas, aqui é preciso colocar alma nas coisas que fazemos, por isso podemos até nos sentir sugados e não aguentamos, aí caímos com "febre".

Por exemplo quando se atende o telefone, não basta falar com a boca, mas é o nosso coração que deve falar, senão as pessoas percebem e nos cobram, com toda a razão, porque estão nos ouvindo e querem uma resposta, um testemunho de nós.
Da sinagoga ao trabalho e por isso que estamos aqui pedindo que Deus nos cure de tudo aquilo que nos impede para esse trabalho. Os outros, vendo que somos capazes, cada vez mais vão nos procurar. Então, meus irmãos, até para conseguirmos mais mílites depende muito das nossas ações, eles sentem que realmente podem confiar em nós.
Jesus curava e mostrava, dava testemunho, ia a muitos lugares, nós também trabalhamos aqui e em muitos lugares, temos um Brasil, um mundo que nos espera. Muito o que fazer. Esse evangelho serve muito para nós.
Às vezes não damos muita importância a nossa vida espiritual, mas ela é que nos sustenta e anima. Sem a oração o dia dia fica cansativo, vazio e dá impressão que não se fez nada, Os problemas então, são até maiores. Porque a febre, sem oração, não vai embora, ficamos doentes e fraquinhos.

Aqui toda vez que nós entramos no serviço temos que tomar cuidado, primeiro devemos ir até a sinagoga (a igreja), rezar nós fortalecer, para ficarmos em pé, concentrados para fazer os nossos trabalhos com mais amor, mais atenção.
As pessoas esperavam coisas boas de nós, palavras carregadas de amor e de entusiasmo. Mas se estamos vazios o que podemos dar? Vamos à partir desta  leitura sentir a necessidade e a força da oração na nossa vida, no nosso trabalho: "Da Sinagoga ao trabalho". Amém.


Frei Sebastião

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