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9 de abril de 2013

Desígnio benévolo de Deus

Mediante a razão natural, o homem pode conhecer a Deus com certeza a partir de suas obras. mas existe outra ordem de conhecimento que O homem de modo algum pode atingir por suas próprias forças, a da Revelação divina. Por uma decisão totalmente livre, Deus se revela e se doa ao homem. Fá-lo revelando seu mistério, seu projeto benevolente, que concebeu desde toda a eternidade em Cristo em prol de todos os homens. Revela plenamente seu projeto enviando seu Filho bem-amado, nosso Senhor Jesus Cristo, e o Espírito Santo.

"Aprouve a Deus, em sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo e tomar conhecido o mistério de sua vontade, pelo qual os homens, por intermédio de Cristo, Verbo feito carne, no Espírito Santo, têm acesso ao Pai e se tomam participantes da natureza divina".

"O lux beata Trinitas etprincipalis Unitas - à luz, Trindade bendita. O primordial Unidade"! Deus é beatitude eterna, vida imortal, luz sem ocaso. Deus é amor: Pai, Filho e Espírito Santo Livremente, Deus quer comunicar a glória de sua vida bem-aventurada. Este é o "desígnio" de benevolência (Ef 1,9) que ele concebeu desde antes da criação do mundo no seu Filho bem-amado predestinando-nos à adoção filial neste" Ef 1,5), isto é, "a reproduzir a imagem do seu Filho" (Rm 8,29) graças ao "Espírito de adoção filial" (Rm 8,5). Esta decisão prévia é uma "graça concedida antes de todos os séculos" (2Tm 1,9), proveniente diretamente do amor trinitário. Ele se desdobra na obra da criação, em toda história da salvação após a queda, nas missões do Filho e do Espírito, prolongadas pela missão da Igreja.

Na criação do mundo e dos homens, Deus colocou o primeiro e universal testemunho de seu amor Todo-Poderoso e de sua sabedoria, o primeiro anúncio de seu "desígnio benevolente", o qual encontra sua meta na nova criação em Cristo.

O termo "santificar" deve ser entendido aqui não primeiramente em seu sentido causativo (só Deus santifica, torna santo), mas sobretudo num sentido estimativo: reconhecer como santo, tratar de maneira santa. E assim que, na adoração, esta invocação é às vezes compreendida como um louvor e uma ação de graças. Mas este pedido, um nos é ensinado por Jesus como um optativo: um pedido, um desejo e uma espera em que Deus e o homem estão empenhados. Desde o primeiro pedido a nosso Pai, somos mergulhados no mistério íntimo de sua Divindade e no evento da salvação de nossa humanidade. Pedir-lhe que seu nome seja santificado nos envolve na "decisão prévia que lhe aprouve tomar" (Ef 1,9) para "ser santos e irrepreensíveis diante dele no amor" (Ef 1,4).

"Deu-nos a conhecer o mistério de sua vontade, conforme decisão prévia que lhe aprouve tomar: .. .a de em Cristo encabeçar todas as coisas... Nele, predestinados pelo propósito daquele que tudo opera segundo o conselho de sua Vontade, fomos feitos sua herança" (Ef 1,9-11). Pedimos que se realize plenamente este desígnio amoroso na terra, como já acontece no céu.

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