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24 de julho de 2012

O QUE QUERIA LUTERO?

Chegados ao limiar do quinto século de existência da Reforma Protestante, cabe-nos a pergunta, se o estado das divisões e redivisões das comunidades evangélicas corresponde aos desejos iniciais do magno reformador Lutero.

Podemos afirmar, com garantia, que o seu desejo era reformar a Igreja Católica, e não dividi-la. O estado atual permanente de formar novas comunidades deve ser considerado um fracasso repetitivo.

Essa situação proveio da inabilidade dos católicos e da afoiteza dos reformadores. A túnica de Cristo é inconsútil, feita de uma costura única. Os soldados disseram: “Não vamos repartir a túnica” (Jo 19, 24). Não podemos dividir a Igreja de Cristo. Sua herança (a Igreja), deve ser objeto de esforços por parte de todos, para reformá-la, segundo o evangelho. Essa foi a idéia inicial, e que precisa ser retomada. (Ver Pannenberg “Reformation und Einheit der Kirche”).

O que está acontecendo no Brasil é totalmente inaceitável. Os membros da Igreja Católica são considerados os “doadores universais” de todas as religiões, das comunidades evangélicas, e das seitas. Por sua falta de formação doutrinária, é fácil fazer a cabeça dos católicos. É o tentador proselitismo, totalmente contra o espírito do evangelho.

Muitos “pregadores” aliciam suas vítimas, e até as seduzem com falsos milagres. Como podemos classificar essa migração dos fiéis, esse abandono puro e simples da fé, na qual foram batizados? Antes de tudo devemos considerar que, em si, isso pode ser considerado uma apostasia da fé. Portanto, pecado grave, cuja absolvição deve ser buscada na Confissão. “Nós somos o seu povo e seu rebanho” (Sl 100, 3).

Essa leviandade de abandonar a fé, pode provir de um desentendimento ocasional com o Padre (as outras religiões também tem líderes nervosos); pode ter origem num falso milagre (pura sugestão); ou de um sentimento de culpa provindo de falsas acusações.
Mas eu tenho para mim, que a maioria dos que abandonam a graça do seu Batismo, são possuídos de boa fé.
Portanto induzidos ao erro, sem culpa. Não é o mesmo o que penso sobre os proselitistas, os que iludem, acusam e prometem o que não podem. São Paulo os esconjura: “Cuidai com os que provocam divisões contra a doutrina que aprendestes” (Rom 16, 17).

Fonte: Exmo. e Revmo. Sr. Dom Aloísio Roque Oppermann, SCJ

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