.

.

25 de julho de 2011

Novena a São Bento


        Oração da medalha de São Bento.

A Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão meu guia.
Retira-te, satanás!
Nunca me aconselhes coisas vãs.
É mau o que tu me ofereces, bebe tu mesmo o teu veneno!
Oração para obter qualquer graça.

Oh! glorioso patriarca São Bento, que vos mostrastes sempre compassivo com os necessitados, fazei que também nós, recorrendo à vossa poderosa intercessão, obtenhamos auxilio em todas as nossas aflições.
Que nas famílias reine a paz e a tranqüilidade; se afastem todas as desgraças, tanto corporais como espirituais, especialmente o pecado.
Alcançai do Senhor a graça que vos suplicamos; obtendo-nos finalmente que, ao terminar nossa vida neste vale de lágrimas, possamos ir louvar a Deus convosco no Paraíso.
Rogai por nós, glorioso patriarca São Bento, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração Conclusiva.

Oh! Deus, que fizestes o abade São Bento preclavo mestre na escola do Vosso serviço, concedei que, nada preferindo ao Vosso Amor, corramos de coração dilatado no caminho dos Vossos Mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do espírito Santo. Amém.

Primeiro Dia

1.Oração da medalha de São Bento.
2. Oração para obter qualquer graça.
3. Palavra de Deus
Seguir a Jesus é comprometer-se.
"Ao passar pela beira do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e seu irmão André; estavam jogando a rede ao mar, pois eram pescadores.
Jesus disse para eles: "Sigam-Me, e Eu farei vocês se tornarem pescadores de homens."
Eles imediatamente deixaram as redes e seguiram a Jesus"(Mc.1,16-18).
4. Reflexão
O chamado dos primeiros discípulos é um convite aberto a todos os que ouvem as palavra de Jesus.
Simão e André deixam a profissão.
Seguir a Jesus implica deixar as seguranças que possam impedir o compromisso com uma ação transformadora.
5. Ladainha de São Bento
6. Conhecendo a Regra de São Bento.
O primeiro grau da humildade é a pronta obediência.
É peculiar àqueles que nada amam acima de Cristo.(...)
Esta mesma obediência somente será digna da aceitação de Deus e suave para os homens, se a ordem for executada sem delongas, sem hesitações, sem morosidade, sem murmuração ou qualquer palavra de resistência.(...)
Se o discípulo obedecer de má vontade e se murmurar, ainda que não o faça com a boca, mas só no coração, ainda que cumpra a ordem recebida, sua obra não será agradável a Deus, que vê o intimo dos corações; e, longe de obter alguma graça por tal ação, incorrerá na pena dos murmuradores, se não fizer reparação e não se corrigir(cap.5, Obediência).

7. Oração Conclusiva.

Segundo Dia

1. Oração da medalha de São Bento.
2. Oração para obter qualquer graça.
3. Palavra de Deus
Jesus rejeita a popularidade fácil.
"De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto.
Simão e seus companheiros foram atrás de Jesus e, quando O encontraram, disseram:
'Todos estão Te procurando.' Jesus respondeu:
"Vamos para outros lugares, às aldeias da redondeza.
Devo pregar também alí, pois foi para isso que Eu vim."
E Jesus andava por toda a Galiléia, pregando nas Sinagogas e expulsando os demônios"(Mc.1,35-39).

4. Reflexão

O deserto é o ponto de partida para a missão.
Aí Jesus encontra o Pai, que envia para salvar os homens.
Mas encontra também a tentação:
Pedro sugere que Jesus aproveite a popularidade conseguida num dia.
É o primeiro diálogo com os discípulos, e já se nota tensão.
5. Ladainha de São Bento
6. Conhecendo a Regra de São Bento.
Quando temos alguma coisa a solicitar aos homens poderosos, nós nos aproximamos com humildade e respeito.
Com quanto maior razão devemos apresentar nossas súplicas com toda humildade e pureza de devoção ao Senhor Deus do Universo!
E saibamos que não é pela multiplicidade de palavras que seremos atendidos, e sim pela pureza do coração e a compunção das lágrimas.
A prece deve ser, portanto, curta e pura, salvo se, porventura, venha a prolongar-se por afeto inspirado pela graça Divina.
Mas, em comunidade, que a oração seja curta, e, dado o sinal pelo superior, levantem-se todos ao mesmo tempo (cap.20, da reverência na oração).

7. Oração Conclusiva.

Terceiro Dia

1. Oração da medalha de São Bento.
2. Oração para obter qualquer graça.
3. Palavra de Deus
Jesus e os marginalizados
"Um leproso chegou perto de Jesus e pediu de joelhos:
'Se queres, Tu tens o poder de me purificar.'
Jesus ficou cheio de ira, estendeu a mão, tocou nele e disse:
"Eu quero, fique purificado."
No mesmo instante a lepra desapareceu e o homem ficou purificado.
Então Jesus o mandou logo embora, ameaçando-o severamente:
"Não conte nada para ninguém!
Vá pedir ao Sacerdote para examinar você, e depois ofereça pela sua purificação o sacrifício que Moises ordenou, para que seja um testemunho para eles."
Mas o homem foi embora e começou a pregar muito e a espalhar a notícia.
Por isso, Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ele ficava fora, em lugares desertos.
E de toda parte as pessoas iam procura-LO" (Mc.1,40-45).

4. Reflexão

O leproso era marginalizado, devendo viver fora da cidade, longe do convívio social, por motivos higiênicos e religiosos(Lv.13,45-46).
Jesus fica irado contra uma sociedade que produz a marginalização.
Por isso, o homem curado deve apresentar-se para dar testemunho contra um sistema que não cura, mas só declara quem pode ou não participa da vida social. O marginalizado agora se torna testemunho vivo que anuncia Jesus, Aquele que purifica.
E Jesus está fora da cidade, lugar que se torna o centro de nova relação social: o lugar dos marginalizados é o lugar onde se pode encontrar Jesus.
5. Ladainha de São Bento.
6. Conhecendo a Regra de São Bento.
Durma cada um em uma cama.
Tenham seus leitos de acordo com a profissão do monge, segundo as ordens do abade.
Se for possível, durmam todos no mesmo lugar; se, porém, o grande número não o permitir, durmam dez ou vinte juntamente, tendo com eles monges mais velhos para vigiá-los.
Uma lâmpada iluminará o dormitório, sem interrupção, até o amnhecer.
Os monges dormirão vestidos, cingidos com os cintos ou cordões, mas não terão faca a seu lado, para que não se firam enquanto dormem e sempre estejam prontos, e assim, dado o sinal, levantem-se sem demora, apressem-se mutuamente e antecipem-se no oficio Divino, mas com toda a gravidade e modéstia.
Que os irmãos mais jovens não tenham leitos juntos, mas intercalados com os dos mais velhos.
Levantando-se para o oficio Divino, despertem-se uns aos outros com moderação, a fim de que não tenham desculpa os sonolentos(cap.22, o sono dos monges).

7. Oração Conclusiva.

Quarto Dia

1. Oração da medalha de São Bento.
2. Oração para obter qualquer graça.
3. Palavra de Deus.
Jesus rejeita a hipocrisia social "Jesus saiu de novo para a beira do mar. Toda a multidão ia ao Seu encontro.
E Jesus os ensinava.
Enquanto ia caminhando, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos, e disse para ele:
"Siga-Me." Levi se levantou e O seguiu. Mais tarde, Jesus estava comendo na casa de Levi.
Havia vários cobradores de impostos e pecadores na mesa com Jesus e Seus discípulos; com efeito, eram muitos os que O seguiam.
Alguns doutores da lei, que eram fariseus, viram que Jesus estava comendo com pecadores e cobradores de impostos.
Então eles perguntaram aos discípulos: 'Por que Jesus come e bebe junto com os cobradores de impostos e pecadores?'
Jesus ouviu e respondeu: "As pessoas que têm saúde não precisam de medico, mas só as que estão doentes.
Eu não vim para chamar os justos, e sim os pecadores" (Mc.2,13-17).
4. Reflexão
Os cobradores de impostos eram desprezados e marginalizados porque colaboravam com a dominação romana, cobrando imposto e, em geral, aproveitando para roubar.
Jesus rompe os esquemas sociais que dividem os homens em bons e maus, puros e impuros.
Chamando um cobrador de impostos para ser Seu discípulo, e comendo com os pecadores, Jesus mostra que Sua missão é reunir e salvar aqueles que a sociedade hipócrita rejeita como maus.
5. Ladainha de São Bento.
6. Conhecendo a Regra de São Bento
Zele-se, com grande cuidado, para que este vício da propriedade seja arrancado pela raiz, no mosteiro.
Ninguém ouse dar ou receber coisa alguma sem a autorização do abade, nem possuir algo próprio, absolutamente nada, nem livro, nem tabuinha(de escrever), nem estilete.
Em uma palavra: coisa nenhuma, já que não lhes é lícito ter a seu arbítrio sequer o próprio corpo nem a própria vontade.
Mas devem esperar do pai do mosteiro tudo o de que necessitam.
E não seja lícito a ninguém possuir o que não lhe seja dado pelo abade ou por ele permitido ter.
Seja tudo comum a todos, como está escrito, e que ninguém tenha a ousadia de tornar seu qualquer objeto, nem mesmo por palavras.
Se alguém se deixar levar por tão detestável vício, será advertido a primeira e segunda vez.
Se não se emendar, será submetido à correção(cap.33, se os monges devem ter alguma coisa de próprio).
7. Oração Conclusiva.

Quinto Dia

1. Oração da medalha de São Bento.
2. Oração para obter qualquer graça.
3. Palavra de Deus.
"Num dia de Sábado, Jesus estava passando por uns campos de trigo. Os discípulos iam abrindo caminho, e arrancando as espigas.
Então os fariseus perguntaram a Jesus: 'Vê: por que os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido em dia de Sábado?'
Jesus perguntou aos fariseus: "Vocês nunca leram o que Davi e seus companheiros fizeram quando estavam passando necessidade e sentindo fome? Davi entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era Sumo Sacerdote, comeu dos pães oferecidos a Deus e os deu também para os seus companheiros.
No entanto só os Sacerdotes podem comer desses Paes."
E jesus acrescentou: "O Sábado foi feito para servir ao homem, e não o homem para servir ao Sábado.
Portanto, o Filho do Homem é Senhor até mesmo no Sábado" (Mc.2,23-28).

4. Reflexão

O centro da obra de Deus é o homem, e cultuar a Deus é fazer o bem ao homem. Não se trata de estreitar ou alargar a lei do Sábado, mas de dar sentido totalmente novo a todas as estruturas e leis que regem as relações entre os homens. Porque só é bom aquilo que faz o homem crescer e ter mais vida.
Toda lei que oprime o homem é lei contra a própria vontade de Deus e deve ser abolida.
5. Ladainha de São Bento.
6. Conhecendo a Regra de São Bento.
Antes de tudo a acima de tudo, deve-se cuidar dos enfermos, que deverão ser servidos como se fossem o Cristo em pessoa.(...)
De seu lado, os doentes considerem que são servidos em honra de Deus e não entristeçam, com exigências supérfluas, os irmãos que os servem.
Contudo, os doentes devem ser suportados com paciência, porque por meio deles adquire-se maior recompensa.
O abade vigie, portanto, com todo o cuidado, para que não sofram nenhuma negligencia.
Haja uma cela separada para os enfermos e, para serví-los, um irmão temente a Deus, diligente e solícito.
O uso dos banhos será conhecido aos doentes todas as vezes que for conveniente, mas aos que estão com saúde, principalmente aos jovens, seja raramente concedido.
A alimentação de carne seja concedida aos doentes e aos que se acham debilitados, mas tão logo se restabeleçam retomarão a abstinência habitual.
Tenha, pois, o abade o Maximo cuidado para que os celeireiros e os enfermeiros nada negligenciem no serviço aos doentes, pois ele é o responsável por todas as faltas em que possam incorrer seus discípulos(cap.36, dos irmãos enfermos).

7. Oração Conclusiva.

Sexto Dia

1. Oração da medalha de São Bento.
2. Oração para obter qualquer graça.
3. Palavra de Deus.
A verdadeira família de Jesus.
"Nisso chegaram a mãe e os irmãos de Jesus; ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo.
Havia uma multidão sentada ao redor de Jesus.
Então lhe disseram: 'Olha, tua mãe e teus irmãos estão aí fora e te procuram.'
Jesus perguntou: "Quem é Minha mãe e Meus irmãos?"
Então Jesus olhou para as pessoas que estavam sentadas ao Seu redor e disse: "Aqui estão Minha mãe e Meus irmãos.
Quem faz a vontade de Deus, esse é Meu irmão, minha irmã e Minha mãe." (Mc.3,31-35).

4. Reflexão

Enquanto a família segundo a carne está "fora", a família segundo o compromisso da fé está "dentro", ao redor de Jesus.
Sua verdadeira família é formada por aqueles que realizam na própria vida a vontade de Deus, que consiste em continuar a missão de Jesus.
5. Ladainha de São Bento.
6. Conhecendo a Regra de São Bento.
Se bem que o homem, já por natureza, seja levado a Compaixão para com estas duas idades, a velhice e a infância, também a autoridade da Regra deve intervir no que lhes diz respeito.
Tenha-se, pois, sempre em vista sua fraqueza, e não se mantenha, em relação a eles, o rigor da Regra no que diz respeito à alimentação;
Mas use-se, em seu favor, condescendência misericordiosa, permitindo que antecipem as horas regulares das refeições (cap.37, dos anciãos e das crianças).

7. Oração Conclusiva.

Sétimo Dia

1. Oração da medalha de São Bento.
2. Oração para obter qualquer graça.
3. Palavra de Deus.
O mistério da missão de Jesus.
"Quando Jesus sozinho, os que estavam com Ele, junto com os doze, perguntaram o que significavam as Parábolas.
Jesus disse para eles: "Para vocês, foi dado o mistério do Reino de Deus; para os que estão fora tudo acontece em parábolas, para que olhem, mas não vejam, escutem, mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados" (Mc.4,10-12).

4. Reflexão

As parábolas são historias que ajudam a ler e compreender toda a missão de Jesus.
Mas é preciso "estar dentro", isto é, seguir a Jesus, para perceber que o Reino de Deus está se aproximando através de Sua ação.
Os que não seguem a Jesus ficam "por fora", e nada podem compreender.
5. Ladainha de São Bento.
6. Conhecendo a Regra de São Bento.
Se em que a vida de um monge deva ser em todo tempo observância da Quaresma, como todavia esta perfeição apenas se encontra em pequeno número, exortamos os irmãos a que conservem vida muito pura durante os dias da Quaresma, e a apagarem, nestes santos dias, todas as negligencias dos outros tempos, o que faremos dignamente, abstendo-nos à oração com lágrimas, à leitura, à compunção do coração e à abstinência.
Acrescentemos, pois, nestes dias, alguma coisa ao nosso encargo habitual: orações particulares, alguma privação no comer e no beber, de forma que cada um, por sua livre vontade, oferece a Deus, na alegria do Espírito Santo, alguma coisa mais do que lhe é ordenado, isto é, mortifique seu corpo no comer, no beber, no sono, na liberdade de falar e na jovialidade, e que espere a Santa Páscoa com a alegria de um desejo todo espiritual.
No entanto, cada um deverá dizer ao seu abade o que deseja oferecer, a fim de que tudo se faça com o seu consentimento e o socorro de suas orações, porque tudo o que se faz sem a permissão do pai espiritual será considerado como presunção e vanglória e não terá recompensa.
Que tudo se faça, pois, com a aprovação do abade (cap.49, da observância da Quaresma).

7. Oração Conclusiva.

Oitavo Dia

1. Oração da medalha de São Bento.
2. Oração para obter qualquer graça.
3. Palavra de Deus.
O escândalo da encarnação
"Jesus foi para Nazaré, sua terra, e Seus discípulos o acompanharam.
Quando chegou o Sábado, Jesus começou a ensinar na sinagoga.
Muitos que O escutavam ficavam admirados e diziam:
'De onde vem tudo isso? Onde foi que arranjou tanta sabedoria?
E esses milagres que são realizados pelas mãos d'Ele? Esse homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? E suas irmãs não moram aqui conosco?'
E ficaram escandalizados por causa de Jesus.
Então Jesus dizia para eles que um Profeta só não é estimado em sua própria pátria, entre seus parentes e em sua família.
E Jesus não pôde fazer milagres em Nazaré. Apenas curou alguns doentes, pondo as mãos sobre eles.
E Jesus ficou admirado com a falta de fé deles" (Mc.6,1-6).

4. Reflexão

Os conterrâneos de Jesus se escandalizam: não querem admitir que alguém como eles possa ter sabedoria superior à dos profissionais e realize ações que indiquem uma presença de Deus.
Para eles, o empecilho para a fé é a encarnação:
Deus feito homem, situado num contexto social.
5. Ladainha de São Bento.
6. Conhecendo a Regra de São Bento.
Ponha-se à porta do mosteiro um ancião prudente que saiba receber e transmitir recado, e cuja maturidade não lhe permita vaguear.
O porteiro deve ficar alojado perto da porta, a fim de que os que chegam encontrem-no sempre presente para os atender.
E, logo que alguém bater ou um pobre chamar, ele respoderá:
'Deo gratias' ou 'Benedicite.'
E, com toda a mansidão oriunda do temor a Deus, responda com presteza e fervorosa caridade.
Se o porteiro necessitar de auxiliar, seja-lhe encaminhado um irmão mais moço.
Se possível, o mosteiro deve ser construído de tal modo, que todas as coisas necessárias, isto é, água, moinho, horta, oficinas e os diversos ofícios, se exerçam dentro do mosteiro, a fim de que não haja necessidade de os monges saírem e andarem fora, o que de nenhum modo convém às suas almas.
Queremos que esta Regra seja freqüentemente lida na comunidade, para que nenhum irmãos se desculpe sob pretexto de ignorância(cap.66, do porteiro dos mosteiros).

7. Oração Conclusiva.

Nono Dia


1. Oração da medalha de São Bento.
2. Oração para obter qualquer graça.
3. Palavra de Deus
A missão dos discípulos "Jesus começou a percorrer as redondezas, ensinando nos povoados.
Chamou os doze discípulos, começou a enviá-los dois a dois e dava-lhes poder sobre os espíritos maus.
Jesus recomendou que não levassem nada pelo caminho, além de um bastão; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.
Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas.
E Jesus disse ainda: "Quando vocês entrarem numa casa, fiquem aí até partirem.
Se vocês forem mal recebidos num lugar e o povo não escutar vocês, quando saírem sacudam a poeira dos pés como protesto contra eles."
Então os discípulos partiram e pregaram para que as pessoas se convertessem.
Expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, ungindo-os com óleo"(Mc.6,6b-13).

4. Reflexão
.
Os discípulos são enviados para continuar a missão de Jesus:
Pedir mudança radical da orientação de vida (conversão), desalienar as pessoas (libertar dos demônios), restaurar a vida humana (curas).
Os discípulos devem estar livres, ter bom censo e estar conscientes de que a missão vai provocar choque com os que não querem transformações.
5. Ladainha de São Bento.
6. Conhecendo a Regra de São Bento.
Assim como há um zelo mau, de amargura, que separa de Deus e conduz ao inferno, também existe o zelo bom que afasta dos vícios e conduz a Deus e à vida eterna.
Exerçam, portanto, os monges este zelo com amor fraterno, isto é: antecipem-se uns aos outros em honra e atenções .
Tolerem com grande paciência as enfermidades de outrem, quer corporais, quer espirituais. Obedeçam uns aos outros à porfia.
Nenhum procure aquilo que lhe parece vantajoso para si, mas sim o que for útil para os outros.
Ponham em ação, castamente, a caridade fraterna.
Temam a Deus. Amem a seu abade com afeição humilde e sincera.
Nada, absolutamente nada, anteponham a Cristo, o qual se digne levar-nos, todos juntos, à vida eterna(cap.72, do bom zelo que os monges devem ter).

7. Oração Conclusiva.

São Bento de Núrsia – Biografia

O Patriarca dos Monges do Ocidente, nasceu por volta do ano 480 na província de Núrsia - Itália, era de uma família de alta nobreza e com uma sólida formação familiar cristã, mas renunciou os estudos superiores, escandalizado com a vida imoral que encontrou em Roma. Seu lema "ora et labora" ("reza e trabalha"), não perdeu ainda hoje a sua importância e eficácia como desafio e modelo de santidade perfeita. Durante a vida, construiu mosteiros, curou doentes, ressuscitou mortos, enfrentou tiranos e fundou a Ordem Beneditina. Iluminado por tantas graças, Bento tinha o Dom da profecia.
 Era sua capacidade de anunciar, com indiscutível precisão, acontecimentos futuros.
 A graça da compunção e o Dom das lágrimas fazia de bento um homem compassivo e profundamente orante. Como que associado ao Dom da profecia, as lágrimas lhe desciam os olhos diante das revelações que Deus o permitia receber. 
De sua morte, sabe-se que morreu consciente, pois sabia a hora de sua chamada e, inclusive seis dias antes, mandou preparar o seu túmulo. Doente e com o corpo abatido pelas severas penitências, dirigiu-se à Celebração Eucarística, comungou e, morreu de pé, sustentado por seus discípulos (isso por volta do ano 547). 
Mesmo depois de morto ainda realizou, por meio de seus filhos espirituais, uma obra civilizadora e evangelizadora colossal. 
O Papa Pio XII chamou-lhe, a justo título, Pai da Europa.
São Bento servia-se do sinal da cruz para fazer milagres e vencer as tentações. Daí, veio o costume muito antigo, de representá-lo com uma cruz na mão.

A Medalha de São Bento

Não é um "amuleto da sorte"; trata-se de um sacramental, isto é, um sinal visível de nossa fé.

No lado de trás da medalha São Bento é representado segurando na mão esquerda o livro da Regra que escreveu para os monges; e na outra mão, a cruz.
Ao redor do Santo lê-se a seguinte jaculatória ou prece: 
EIUS - IN - OBITU - NRO - PRAESENTIA - MUNIAMUR ("Sejamos confortados pela presença de São Bento na hora de nossa morte"); é representado também a imagem de um cálice do qual sai uma serpente e um corvo com um pedaço de pão no bico, lembrando as duas tentativas de envenenamento, das quais São Bento saiu, milagrosamente, ileso (ver mais abaixo).
Na frente da medalha, temos uma cruz e entre os seus braços estão gravadas as iniciais C S P B; em latim: Cruz Sancti Patris Benedicti ("Cruz do Santo Pai Bento").
Na haste vertical da cruz lêem-se as iniciais: C S S M L (Crux Sacra Sit Mihi Lux) em portugues: "A cruz sagrada seja minha luz".
Na haste horizontal lêem-se as iniciais: N D S M D (Non Draco Sit Mihi Dux) em portugues: "Não seja o dragão meu guia".

No alto da cruz está gravada a palavra PAX ("Paz"), que é lema da Ordem de São Bento. Às vezes, PAX é substituído pelo monograma de Cristo: I H S.

A partir da direita de PAX estão as iniciais: V R S N S M V (Vade Retro Sátana Nunquam Suade Mihi Vana) em português: "Retira-te, satanás, nunca me aconselhes coisas vãs!"

e S M Q L I V B (Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas) em português: "É mau o que ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!".

MILAGRES DE SÃO BENTO

Uma taça de cristal quebrada com o sinal da Cruz


Havia um mosterio cujo abade havia falecido, e a comunidade dirigiu-se ao venerável Bento, rogando-lhe todos os monges insistentemente que os dirigisse. 
Ele negou-se durante muito tempo, dizendo-lhes antemão que seu modo de proceder não se ajustaria ao daqueles irmãos; mas, vencido afinal por suas insistentes súplicas, acabou por consentir.


Impôs então àquele mosteiro a observância da vida regular, não permitindo a ninguém desviar-se ou viver como antes.
Os irmãos daquele mosteiro, irritados com tanta severidade, começaram por se recriminar terem-lhe pedido que os governasse, pois sua vida "torta" estava em conflito com aquele modelo de retidão. 
Dando-se conta de que sob o governo de Bento não mais lhes seriam permitidas coisas ilícitas, e doendo-se por terem que renunciar a seus antigos costumes, pareceu-lhes duro, por outro lado, verem-se obrigados a adotar costumes novos com seu espírito envelhecido; por tudo isso, e também porque aos depravados a vida dos bons parece algo intolerável, tramaram matá-lo.
 E depois de decidí-lo em conselho, puseram veneno no seu vinho.


Quando foi apresentada ao abade, ao sentar-se à mesa, a taça de cristal que continha a bebida envenenada para que, segundo o costume do mosteiro, a abençoasse, Bento, levantando a mão, fez o sinal da Cruz e com ele se quebrou a taça que ainda estava a certa distância; e de tal modo se rompeu aquela taça de morte que mais parecia que, em lugar da Cruz, fora uma pedra que a atingira. 
Compreendeu logo o homem de Deus que continha uma bebida de morte a taça que não podia suportar o sinal da vida. Depois disso, relembrou aos monges o que tinha dito a respeito de suas regras severas que não se adaptariam a eles, e deixou este mosteiro.


O Corvo


Um presbítero conhecido de São Bento, obcecado pelas trevas a tal ponto que chegou a enviar de presente ao servo de Deus todo-poderoso um pão envenenado. 
O homem de Deus o recebeu agradecido, mas não lhe ficou oculta a peste que no pão se ocultava. Ora, acontecia que à hora da refeição costumava vir da floresta próxima um corvo, que recebia pão das mãos de Bento. 
Quando então chegou como de costume, o homem de Deus lançou diante do corvo o pão envenenado do presbítero, e deu-lhe esta ordem: 
"Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, toma esse pão e atira-o num lugar tal que não possa ser achado por ninguém". 
O corvo, então, de bico e asas abertos, começou a esvoaçar e a crocitar em redor do pão como se dissesse claramente que queria obedecer, mas não podia. No entanto, o homem de Deus ordenava repetidas vezes: 
"Leva, leva sem medo, e vai jogá-lo onde não possa ser encontrado". 
Finalmente, depois de hesitar por muito tempo, o corvo tomou o pão no bico e , levando-o, partiu. Ao cabo de três horas voltou sem o pão, que lançara fora, e recebeu das mãos do homem de Deus a ração costumeira.


Benefícios da Medalha de São Bento


Surgiu por volta do ano 1647 devido ao seguinte fato:


Conta-se que feiticeiras da Baviera, acusadas de suas maldades contra o povo daquela região, confessaram ver seus feitiços inteiramente anulados pelo poder da Cruz; e que em todos os lugares, aonde estivesse a Santa Cruz, seus malefícios nunca tinham efeito.
E contaram que, especialmente no Mosteiro de Metten, nunca conseguiram êxito em suas maldades e concluíam que isto se devia ao fato da existência de alguma Cruz naquele lugar.


Por causa disto, as autoridades locais foram consultar os monges da Abadia de Mette sobre o assunto. Depois de muito procurarem, localizaram de fato que o mosteiro era repleto de cruzes gravadas nas paredes e com uma inscrição acima. 
Era preciso descobrir o porque e por quem as cruzes foram gravadas. 
Suas investigações os levaram à biblioteca, a um antigo livro escrito por ordem do Abade Pedro, no ano de 1415. O livro transcrevia antiquíssimos, entre eles vários sobre a Cruz, com inúmeros desenhos a bico de pena realizados por um monge anônimo.


Um destes desenhos era justamente São Bento tendo na mão direita um bastão em forma de Cruz, e acima do bastão estava o texto: 
CRUX SACRA SIT MIHI LUX NO DRACO SIT MIHI DUX, e da outra mão sai uma flâmula com as frases:
 VADE RETRO SÁTANA NUMQUAM SUADE MIHI VANA, SUNT MALA QUAE LIBAS IPSE VENENA BIBAS (A cruz sagrada seja minha luz, não seja o dragão meu guia.Retira-te, satanás, nunca me aconselhes coisas vãs. 
É mau o que ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos).


A medalha é eficaz no combate direto a satanás, às tentações, contra doenças e picadas de animais como cobras e na proteção de automóveis.

18 de julho de 2011

Somos os trabalhadores da última hora

Os leigos podem ir aonde os bispos e padres não chegam
Nós estamos, graças a Deus, no tempo da misericórdia, tempo em que o Senhor se põe de braços abertos para acolher a todos que vêm a Ele. Deus é sempre misericordioso, mas também é justo. Haverá um momento em que Ele vai precisar usar da Sua justiça; por isso, volte agora para o Senhor! Ele está esperando por você e pelos seus.


Nós estranhamos a conclusão do Evangelho em que o proprietário sai em busca de operários para sua vinha (cf. São Mateus 20, 1-16). A uva tem que ser colhida no tempo exato, por essa razão ele vai de madrugada procurar trabalhadores, e volta às 9h, ao meio-dia, às 15 e às 17h. Por que ele volta tantas vezes? Porque ele é o dono da vinha e os cachos de uva têm que ser colhidos, pois não podem se perder. É por essa razão que ele vai buscar operários também às 17h.


Há um outro aspecto muito importante nesse Evangelho: vou falar de nós operários que o Senhor manda buscar porque não quer perder suas "uvas". Você é operário do Senhor até mesmo em gratidão por ter sido "colhido" e trazido de volta a Ele. Você é chamado a ser evangelizador e entrar no trabalho do Senhor.


Na Igreja há lugar para todos, mas, na evangelização, vocês leigos podem ir aonde os bispos e nós padres não podemos; em primeiro lugar, na sua família, você é o primeiro apóstolo dela; você pai, mãe, filho. Existem muitos filhos que ainda precisam ser "colhidos" pelo Senhor. Você é o apóstolo da sua casa, você é o evangelizador. Dizemos que "santo de casa não faz milagres", mas a grande arma não está na boca, em você ficar falando com a pessoa, mas a grande arma está nos joelhos: reze, reze, reze! Chegue até a cama de seu filho quando ele estiver dormindo e reze por ele.


Queira realmente que seu filho seja resgatado pelo Senhor, queira e não desanime; busque todas as ocasiões. Facilite para que ele se encontre com outros jovens em tantos movimentos que o Senhor tem suscitado na Igreja d’Ele. Você verá o efeito que isso fará.
É preciso que você queira a salvação de seus filhos.


Quantos filhos e quantas filhas precisam resgatar o pai e a mãe também. Infelizmente, há muitos pais que na nossa cultura são “durões” e não vão à igreja, e precisam ser resgatados pelo Senhor; eles não podem se perder, e é claro que você não quer que eles se percam. 
E não basta que eles sejam “bonzinhos”, eles precisam voltar a Deus, aos sacramentos. 
Se nós rezarmos ao Senhor pelos nossos pais e avós, o Senhor buscará o momento para salvá-los, nem que seja o último dia.


Meu irmão, é preciso trabalhar e querer a salvação de nossos entes queridos! Você está em lugares aonde nós padres não podemos chegar, e você precisa também ser o evangelizador onde você trabalha e para as pessoas que Deus coloca em seu caminho. Precisamos querer a salvação deles, nesses lugares, você está perto dessas pessoas e pode lhes falar e agir. Primeiro a sua própria presença, como alguém do Senhor, incomoda, por isso, você não pode ser uma pessoa chata. Pois só de não se comportar como os outros, você acaba sendo um estranho no "ninho" e isso incomoda.


Nós não somos “carolas” como eles dizem, mas eles também reconhecem que nós fazemos a diferença; e é assim que precisamos ser, pois quando a “coisa aperta” eles buscam a nós. Reze e não perca a ocasião, pois você é apóstolo da última hora, realize a sua missão.


Meus irmãos, está na hora de acordarmos e darmos tudo de nós, pois o Senhor nos dará o pagamento “daquele que trabalhou o dia todo”. O Senhor quer dar esse pagamento a você, comece onde puder começar; e se você ainda não tem o aprendizado de como levar o Evangelho, fale daquilo que você é hoje, daquilo que você conseguiu; a vida fala mais que mil palavras.


São Paulo fala: “Irmãos: Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. Pois, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1,20c-24.27a). O grande apóstolo foi como um bom operário que não deixou nenhum “cacho de uva” se perder. E ainda diz que só uma coisa importa: viver à altura do Evangelho de Cristo. Diga ao Senhor: “Senhor, é isso que eu quero ser pela Sua graça. Amém!




Fonte: Padre Jonas Abib

12 de julho de 2011

O casamento como um caminho para Deus

Nossa salvação está unida ao outro e vem por meio do outro


   O encontro de duas pessoas em Deus – por intermédio da oração ou da vivência religiosa compartilhada – é uma das formas mais ricas e profundas de encontrar-se, já que estamos diante de Deus, com melhor que cada um possui. 

Diante do Senhor nos desprendemos de tudo o que normalmente dificulta o encontro e vamos assumindo com mais objetividade a atitude compreensiva, benigna e compassiva do amor de Deus.

A união de duas pessoas pelo sacramento do matrimônio abre a eles uma nova possibilidade de amor sobrenatural: o cônjuge como um caminho para Deus, como lugar de encontro com Deus. No momento solene das bodas, Cristo diz a cada um: Eu, desde agora, vou te amar especialmente através do cônjuge, vou convertê-lo em santuário do meu encontro contigo. E com isso me deixa o grande desafio de buscar ao Senhor no coração do outro onde desde agora está me esperando, de descobrir o rosto de Cristo no rosto do meu cônjuge, de acolher seu amor como transparente e reflexo do amor divino. Em contrapartida, eu devo ser Cristo para o outro, dar a ele o amor, a luz e a força que necessita para crescer e chegar até Deus. E assim cada um se aceita e se doa ao outro como lugar privilegiado de encontro com o Senhor.
Por isso, em todo matrimônio cristão está sempre Deus como terceiro, quem faz de ponte e laço de união entre os cônjuges. E precisamente quando Deus não ocupa esse lugar dentro do matrimônio, então há sempre lugar para outro terceiro, que destrói a aliança matrimonial.

O matrimônio é uma comunidade de salvação unida por um vínculo sobrenatural. O amor de Cristo e Maria selam nosso amor. Estamos unidos como a videira e os brotos. Nossa salvação está unida ao outro e vem por meio do outro. Minha santidade repercute no outro, meu pecado também.
Tão profunda é essa aliança [matrimonial] e esse conhecimento mútuo que os esposos deveriam chegar a ser diretores espirituais um do outro. Tanto se conhecem que podem ajudar ao outro em seu caminho de santidade. Essa aliança de amor se dá entre os esposos e dos esposos com Deus. Por isso é comunidade de salvação, de amor, vida e tarefas com Cristo e Maria.

Compartilhamos sua missão e junto com eles caminhamos para Deus Pai. Em caso que os contraentes humanos entrem em crise o terceiro os ampara. Cristo carrega com eles o matrimônio.

Depois de nossa consagração a Virgem ela também começa a ser uma aliada e nos ajuda no caminho. Ela também nos ampara.
O que dissemos sobre o matrimônio vale para todos os membros da família: pais, filhos, irmãos... Cada um é Cristo para os demais, reflexo do Senhor. Cada um é e há de ser, para o outro, um caminho para o Senhor, caminho privilegiado de amor a Ele.
Nisso encontramos o sentido da aliança matrimonial e o sentido da aliança familiar: Todos juntos, unidos e aliados com a Virgem Maria, caminhamos para Deus. Todos juntos, nos amando mutuamente como ao Senhor, nos consagramos a Maria e, mediante ela, nos entregamos para sempre a Deus.

Queridos irmãos, se nos deixamos educar e guiar pela Virgem Maria, então a aliança com ela é como uma grande escola de amor. Nela aprendemos a amar para percorrer os caminhos do amor divino e chegar ao coração do Pai. E é assim que se tornará realidade em nossa vida a aliança com Deus.

Fonte: Padre Nicolás Schwizer

Não é facil começar nem terminar um namoro - Um encontro de pessoas naquilo que elas são

Já vai muito longe o tempo em que os pais arranjavam os casamentos para os seus filhos. Se você quer encontrar alguém terá que procurá-lo. Normalmente, é no próprio círculo de amizades e ambiente de convívio que os namoros começam. Sabemos que o ambiente molda, de certa forma, a pessoa; logo, você deverá procurar alguém naquele ambiente que há os valores que você preza. Se você é cristão, então, procure entre famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens, entre outros, a pessoa que você procura.
O namoro começa com uma amizade, que pode ser um pré-namoro que vai evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro, só porque você ficou "fisgado" pelo outro. Não vá com muita sede ao pote, porque você pode quebrá-lo. Sinta primeiro, por intermédio de uma pura amizade, quem é a pessoa que está à sua frente. Talvez já nesse primeiro relacionamento amigo você saberá que não é com essa pessoa que você deverá namorar. É o primeiro filtro, cuja grande vantagem é não ter ainda qualquer compromisso com o outro, a não ser de amigos.


Nem sempre será fácil para você começar e terminar um namoro. Especialmente hoje, com a maior abertura do país, logo as famílias são também envolvidas, e isso faz o relacionamento se tornar mais compromissado. Se você não explorar bem o aspecto saudável da amizade, pode ser que o seu namoro venha a terminar rapidamente porque você logo se decepcionou com o outro. Isso poderia ter sido evitado se, antes, vocês tivessem sido bons amigos. Não são poucas as vezes em que o término de um namoro envolve também os pais dos casais, e isso nem sempre é fácil de ser harmonizado.


O namoro é o encontro de duas pessoas, naquilo que elas são e não naquilo que elas possuem. Se você quiser conquistar um rapaz só por causa da sua beleza ou do seu dinheiro, pode ser que amanhã você não se satisfaça mais só com isso. Às vezes uma pessoa simpática, bem-humorada e feliz supera muitos que oferecem mais beleza e perfeição física que ela.


Infelizmente, a nossa sociedade troca a "cultura da alma" pela "cultura do corpo". A prova disso é que nunca as cidades estiveram tão repletas de academias de ginástica, salões de beleza, lojas de cosméticos, clínicas de cirurgias plásticas, entre outros, como hoje. Investe-se ao máximo naquilo que é a dimensão mais inferior do ser humano – embora importante – o corpo. É claro que todas as moças querem namorar um rapaz bonito, e também o mesmo vale para os jovens, mas nunca se esqueça de que o mais importante é "invisível aos olhos".


O que é visível desaparece um dia, inexoravelmente ficará velho com o passar do tempo. Aquilo que você não vê: o caráter da pessoa, a sua simpatia que se mostra sempre atrás de um sorriso fácil e gratuito, o seu bom coração, a sua tolerância com os erros dos outros, as suas boas atitudes, etc., isso tudo não passará e o tempo não poderá destruir. É o que vale.


Se você comprar uma pedra preciosa só por causa do seu brilho, talvez você compre uma "joia" falsa. É preciso que você conheça a sua constituição e o seu peso. O povo diz muito bem que "nem tudo que reluz é ouro". Se você se frustra no plano físico, poderá ainda se realizar nos planos superiores da vida: o sensível, o racional e o espiritual. Mas, se você se frustrar nos níveis superiores, não haverá compensação no nível físico, porque ele é o inferior, o mais baixo.


A sua felicidade não está na cor da pele, no tipo do seu cabelo e na altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma. Você já reparou quantos belos e belas artistas terminam de maneira trágica a vida? Nem a fama mundial, nem o dinheiro em abundância, tampouco os mil "amores", foram suficientes para fazê-los felizes. Faltou cultivar o que é essencial; aquilo que é invisível aos olhos. Tenho visto muitas garotas frustradas porque não têm aquele corpinho de manequim ou aquele cabelo das moças que fazem as propagandas dos "shampoos" ; mas isso não é o mais importante, porque acaba.


A vida é curta – mesmo que você jovem não perceba – por isso, não podemos gastá-la com aquilo que acaba com o tempo. Os homens de todos os tempos sempre quiseram construir obras que vencessem os séculos. Ainda hoje você pode ver as pirâmides de 4 mil anos do Egito, o Coliseu romano de 2 mil anos, e tantas obras fantásticas. Mas a obra mais linda e mais duradoura é aquela que se constrói na alma, porque esta é imortal. Portanto, ao escolher o (a) namorado (a), não se prenda às aparências físicas, mas desça até as profundezas da sua alma. Busque lá os seus valores.




Fonte: Felipe Aquino

Namorar - conhecendo e reconhecendo o outro

O namoro é uma experiência única e vivamente enriquecedora. 
Com ele muitos se empolgam e não poucos o procuram com ansiedade e o esperam com inúmeras expectativas. 

Ele ajuda o ser a colocar para fora o que tem de melhor, também o ensinando a bem acolher o que de bom o outro pode oferecer. 

Enfim, tal relacionamento se constitui como experiência singular e rica de ensinamento. Contudo, ele pode também se tornar traumático e confuso se não for experienciado com o devido tempero e maturidade.
Maturidade para ganhar e perder, para dar e receber…
Quem entra em um namoro querendo somente ganhar já começou a perder.Esse relacionamento não poderá, de fato, acontecer se desde o seu início nele não existir um sentido de entrega e doação em favor do bem do outro. 
Sem o respeito, que nos faz compreender que o outro não é um "poço encantado" onde satisfazemos todos os nossos prazeres egoístas, o namoro não poderá se solidificar, ficando assim impedido de lançar as bases para um relacionamento estável – feliz – e duradouro.

O namoro é, com exatidão, um tempo de conhecimento e interação mútua. E é necessário que seja assim. É tempo de crises, de deparar-se com as diferenças que constituem 
"um outro" que não sou eu, e que por isso não pode ser por mim manipulado (alienado). 
Quem não emprega tempo e energias neste processo de conhecer, deixando-se conhecer, acabará colocando o futuro do relacionamento na rota do fracasso e de uma ampla "irrealização".

Namoro sem crise, sem conhecimento e confronto de diferenças tende a se tornar 
– ainda que disfarçadamente – um esconderijo de múltiplas formas de superficialidade e descompromisso.
Quem não faz a experiência de realmente conhecer a quem namora no seu melhor e pior
 – encantando-se e decepcionando-se – correrá o sério risco de não suportar a dureza manifestada pelo real, depois do casamento já concretizado.
Quem, no tempo de namoro, conhece somente o "corpo" (do outro) e não a "pessoa" por inteiro poderá, em qualquer alvorecer, deparar-se com a infeliz descoberta de que se casou com um (a) desconhecido.

Namoro é o momento de entrar em crise e dela juntos sair. 
É tempo de brigar e reconciliar-se, é tempo de não representar.
Quem assume esse relacionamento acreditando "ser de vidro" – não resistente ao impacto do cotidiano – não entendeu o que significa amar e ser amado e quais são as exigências que brotam deste ofício.

Confronto de diferenças não é sinônimo de desamor, mas de autenticidade. Estacionar nas diferenças, permitindo que estas ditem definitivamente as regras da relação é, sim, o sinal do desamor em estado de constante vitória. Este encontro – que em momentos "desencontra" – oferecido pelo namoro é um momento único e determinante para o futuro do casal e da família. Por isso, precisa ser bem vivido e digerido com respeito e autodoação que desafiem a atual lógica utilitarista, que cada vez mais fabrica centenas de uniões fragmentadas e inexistentes (apenas aparentes).

Com as bases solidificadas em uma madura compreensão do que seja o amor – protaganismo de identidades e não ensaio de representações… – o namoro poderá crescer e se tornar, de fato, o fundamento para o futuro de uma família verdadeiramente feliz e centrada no essencial da vida.

Fonte: Diácono Adriano Zandoná

Ratings and Recommendations by outbrain