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30 de janeiro de 2011

Validez do Celibato


Confirmada a validez do celibato


 Julgamos portanto que a lei vigente do celibato consagrado deve, ainda hoje, acompanhar firmemente o ministério eclesiástico; deve tornar possível ao ministro a sua escolha, exclusiva, perene e total, do amor único e supremo de Cristo e a sua dedicação ao culto de Deus e ao serviço da Igreja, e deve ser característica do seu estado de vida, tanto na comunidade dos fiéis como na profana.


Poder da Igreja


 É certo que o carisma da vocação sacerdotal, ordenada ao culto divino e ao serviço religioso e pastoral do Povo de Deus, se distingue do carisma que leva à escolha do celibato como estado de vida consagrada (cf. nn. 5 e 7); mas a vocação sacerdotal, ainda que divina na sua inspiração, não se torna definitiva e operante sem o exame e a aceitação de quem possui na Igreja o poder e a responsabilidade do ministério ao serviço da comunidade eclesial; e pertence por conseguinte à autoridade da Igreja estabelecer, segundo os tempos e os lugares, quais devam ser em concreto os homens e quais os requisitos exigidos para que possam considerar-se aptos para o serviço religioso e pastoral da mesma Igreja.


Finalidade da Encíclica


 Guiando-nos pelo espírito de fé, consideramos portanto favorável a ocasião, que nos é oferecida pela Divina Providência, de explicarmos de novo e de maneira mais adaptada aos homens do nosso tempo as razões profundas do celibato consagrado, pois, se as dificuldades contra a fé "podem estimular o espírito à mais cuidadosa e profunda inteligência" da mesma, (3) não acontece diferentemente com a disciplina eclesiástica, que dirige a vida dos crentes.


Sentimo-nos vibrar de alegria ao contemplar, nestas circunstâncias e desde este ponto de vista, a divina riqueza e beleza da Igreja de Cristo que nem sempre é imediatamente decifrável a olhos humanos, sendo obra do amor do Chefe divino da mesma Igreja e manifestando-se em tal perfeição de santidade (cf. Ef 5,25-27) que maravilha o espírito do homem e ultrapassa tudo quanto as forças da criatura humana poderiam fazer para explicá-la.

Celibato dos Padres


O celibato consagrado nos dias de hoje


 O celibato sacerdotal, que a Igreja guarda desde há séculos como brilhante pedra preciosa, conserva todo o seu valor mesmo nos nossos tempos, caracterizados por transformação profunda na mentalidade e nas estruturas.


Mas no clima atual de novos fermentos, manifestou-se também a tendência, e até a vontade expressa, de pedir à Igreja que torne a examinar esta sua instituição característica, cuja observância, segundo alguns, se tornou problemática e quase impossível no nosso tempo e no nosso mundo.


Uma promessa


 Este estado de coisas, que agita a consciência e provoca perplexidades nalguns sacerdotes e jovens aspirantes ao sacerdócio, e atemoriza muitos fiéis, obriga-nos a não dilatar o cumprimento da promessa, feita aos Veneráveis Padres do Concílio, a quem declaramos o nosso propósito de imprimir novo lustre e novo vigor ao celibato sacerdotal nas circunstâncias atuais. (1) Desde então, invocamos longa e ardentemente as necessárias luzes e auxílios do Espírito Santo e examinamos diante de Deus os pareceres e solicitações que de toda a parte chegaram às nossas mãos, sobretudo de vários Pastores da Igreja de Deus.


Amplitude e gravidade da questão


 A importante questão do celibato do Clero, na Igreja, foi-se apresentando demoradamente ao nosso espírito em toda a sua amplidão e gravidade. Deve ainda hoje subsistir essa severa e transcendente obrigação para aqueles que desejam receber as sacras ordens maiores? Será hoje possível e conveniente a observância de tal obrigação? Não terá chegado o momento de quebrar o vínculo que, na Igreja, une celibato e sacerdócio? Não poderia tornar-se facultativa esta difícil observância? Não ficaria assim favorecido o ministério sacerdotal e facilitada a aproximação ecumênica? Se a áurea lei do celibato consagrado deve ainda manter-se, quais são os motivos que provam que ela é santa e conveniente? Quais são os meios que tornam possível essa observância, e como se pode ela transformar de peso em auxílio, para a vida sacerdotal?


Realidade e problemas


 Fixou-se a nossa atenção, de modo particular, nas objeções que, em formas diversas, foram e continuam a ser expressas contra a manutenção do celibato. Com efeito, tema de tão grande importância e complexidade obriga-nos, em virtude do nosso serviço apostólico, a considerar lealmente a realidade e os problemas que essa implica mas, como é nosso dever e nosso encargo, havemos de fazer essa consideração à luz da verdade que é Cristo, propondo-nos cumprir em tudo a vontade daquele que nos entregou a nossa missão e propondo-nos também mostrar aquilo que somos diante da Igreja, isto é, Servo dos servos de Deus.


Objeções  Contra o Celibato Sacerdotal


Celibato e Novo Testamento


 Pode dizer-se que, nunca como hoje, o tema do celibato eclesiástico foi com tanta agudeza examinado, sob todos os aspectos - no plano doutrinal, histórico, sociológico, psicológico e pastoral - e muitas vezes com intenções fundamentalmente retas, se bem que as palavras, de quando em quando, as tenham traído.


Consideremos honestamente as principais objeções contra a lei do celibato eclesiástico unido ao sacerdócio. A primeira provém, ao que parece, da fonte mais autorizada, o Novo Testamento, no qual se conserva a doutrina de Cristo e dos Apóstolos. O Novo Testamento não exige o celibato dos ministros sagrados, mas propõe-no simplesmente como obediência livre a uma vocação especial ou a um carisma particular (cf. Mt 19,11-12). Jesus não impôs esta condição ao escolher os Doze, como também os Apóstolos não a impuseram àqueles que iam colocando à frente das primeiras comunidades cristãs (cf.1Tm 3,2-5; Tt 1,5-6).


Padres da Igreja


 A relação íntima que os Padres da Igreja e os escritores eclesiásticos estabeleceram, com o andar dos séculos, entre a vocação ao sacerdócio ministerial e a virgindade consagrada origina-se em mentalidades e situações históricas bastante diferentes das nossas. Muitas vezes, nos textos patrísticos, recomenda-se ao clero, mais que o celibato, a abstinência do uso do matrimônio; e as razões, aduzidas em favor da castidade perfeita dos ministros sagrados, parecem às vezes inspiradas em pessimismo excessivo quanto à condição do homem na carne, ou ainda, num conceito particular da pureza necessária para o contato com as coisas sagradas. Além disso, os argumentos antigos já não estariam em conformidade com os ambientes sócio-culturais em que a Igreja é chamada a atuar, por meio dos sacerdotes, no mundo de hoje.


Vocação e celibato


 Uma dificuldade, que muitos notam, consiste em fazer-se coincidir, na disciplina vigente do celibato, o carisma da vocação sacerdotal com o da perfeita castidade, considerada como estado de vida próprio do ministro de Deus. E por isso perguntam se é justo afastar do sacerdócio aqueles que parecem ter vocação ministerial, sem terem vocação de vida celibatária.


Celibato e escassez de clero


 Manter o celibato sacerdotal na Igreja muito prejudicaria, além disso, as regiões onde a escassez numérica do clero, reconhecida e lamentada pelo Concílio, (2) provoca situações dramáticas, dificultando a plena realização do plano divino de salvação e pondo às vezes em perigo até mesmo a possibilidade do primeiro anúncio evangélico. De fato, a preocupante rarefação do clero é atribuída por alguns ao peso da obrigação do celibato.


Sombras sobre o celibato


 Nem faltam pessoas convencidas de que o sacerdócio no matrimônio não só tiraria a ocasião de infidelidades, desordens e defecções dolorosas, que ferem e magoam a Igreja inteira, mas consentiria aos ministros de Cristo mais completo testemunho de vida cristã, mesmo no campo da família, campo que lhes está vedado pelo estado atual em que vivem.


Violência contra a natureza?


 Há ainda quem insista em afirmar que o sacerdote se encontra, em virtude do celibato, numa situação física e psicológica artificial nociva ao equilíbrio e manutenção da sua personalidade humana; acontece, segundo dizem, que muitas vezes o sacerdote se torna insensível, falto de calor humano e de plena comunhão de vida e destino com o resto dos seus irmãos, vendo-se obrigado a uma solidão que é fonte de amargura e aviltamento.


Não indicará tudo isto violência injusta e desprezo injustificável dos valores humanos, derivados da obra divina da criação e integrados na obra da redenção realizada por Cristo?



Formação inadequada
11. Reparando, além disso, no modo como o candidato ao sacerdócio chega a aceitar tão pesado encargo, objeta-se que, na prática, esse fato é conseqüência duma atitude passiva, causada muitas vezes por formação não perfeitamente adequada, nem respeitadora da liberdade humana, mais que resultado duma decisão autenticamente pessoal, pois o grau de conhecimento e de autodecisão do jovem e a sua maturidade psicofísica são bastante inferiores, e sempre desproporcionados com a realidade, com as dificuldades objetivas e com a duração da obrigação que assumem.


Verdadeiro ponto de vista


 Não ignoramos que se podem levantar outras objeções contra o celibato: é tema muito complexo, que toca no âmago da concepção habitual da vida e introduz nela a luz superior que vem da revelação divina; interminável série de dificuldades ocorrerá ao espírito daqueles que "não compreendem esta linguagem" (Mt 19,11), não entendem ou esquecem o "dom de Deus" (cf. Jo 4,10), nem conhecem a lógica superior desse novo conceito de vida, a sua admirável eficácia e plenitude exuberante.


Testemunho do passado e do presente


 Este coro de objeções parece que sufoca a voz secular e solene dos Pastores da Igreja, dos mestres de espírito, do testemunho vivido duma legião sem número de santos e de fiéis ministros de Deus, que fizeram do celibato objeto interior e sinal exterior da sua alegre e total doação ao mistério de Cristo. Não, esta voz é ainda forte e serena; não vem só do passado, vem do presente também. Constantemente atento como estamos a observar a realidade, não podemos fechar os olhos a este fato magnífico e surpreendente: na santa Igreja de Deus, em todas as partes do mundo onde ela levantou felizmente as suas tendas, ainda hoje há inumeráveis ministros sagrados - subdiáconos, diáconos, presbíteros e bispos - que vivem de modo ilibado o celibato voluntário e consagrado; e, ao lado destes, não podemos deixar de notar as falanges imensas de religiosos, religiosas, e também de jovens e leigos, todos fiéis ao compromisso da perfeita castidade: vivem-na, não por desprezo do dom divino da vida, mas por amor superior à vida nova que brota do mistério pascal; vivem-na com austeridade corajosa, com religiosidade alegre, dum modo exemplar e íntegro, e mesmo com relativa facilidade. 
Este grandioso fenômeno prova a realidade singular do reino de Deus, vivo no seio da sociedade moderna, à qual presta o humilde e benéfico serviço de 
"luz do mundo" e de "sal da terra" (cf. Mt 5,13-14). 
Não podemos calar a nossa admiração: neste fenômeno, sopra indubitavelmente o Espírito de Cristo.

26 de janeiro de 2011

Porque a Igreja usa o Incenso?


O incenso é uma resina gomosa que brota na forma de gotas da árvore Boswellia Carteri, arbusto que cresce espontaneamente na Ásia e na África. Durante o tempo de calor e seca (nos meses de fevereiro e março) são feitas incisões sobre o tronco e ramos, dos quais brota continuamente a resina, que se solidifica lentamente com o ar. A primeira exudação para nada serve e é, pois, eliminada; a segunda é considerada como material deteriorável; a terceira, pois, é a que produz o incenso bom e verdadeiro, do qual são selecionadas três variedades, uma de cor âmbar, uma clara e a outra branca.


Na Antiguidade: Era uso antigo espalhar resina e ervas aromáticas sobre carvões acesos para purificar o ar e afastar o perigo de infecções. Num primeiro momento, a fumaça tinha um valor catártico (de purificação, de relaxamento) e também apotropaico (o de afastar ou destruir as influências maléficas provenientes de pessoas, coisas, animais, acontecimentos). O uso desta resina perfumada não era exclusivo do culto religioso. O incenso não era queimado somente nos templos, mas também nas casas; as incensações exalavam perfume e, ao mesmo tempo, tinham um fim higiênico. O incenso foi sempre considerado como algo muito precioso. Era utilizado em todas as cerimônias e funções propiciatórias, porém, era sobretudo queimado diante de imagens divinas nos ritos religiosos de muitos povos e, ao se sublimarem as concepções religiosas, as espirais de incenso, em quase todos os cultos, converteram-se em símbolo da oração do homem que sobe até Deus. No culto aos mortos, a fumaça que subia para o alto, era considerada como uma forma de atingir o além e, ao mesmo tempo servia para afastar o odor proveniente da decomposição, uma necessidade premente nos países de clima mais quente. O incenso era também utilizado como expressão de honra para os imperadores, o rei e as pessoas notáveis.


Nas Sagradas Escrituras: 


Conta-se na Bíblia que a Rainha de Sabá chegou a visitar Jerusalém e o Rei Salomão, levando-lhe, entre outros presentes, uma quantidade extraordinária do mais precioso incenso que, naquela época, era vendido num centro de comércio muito importante. De fato, ao longo da história do incenso prosperam povos e reinos míticos, como se lê na Bíblia, no Alcorão e no Livro etíope dos reis. O incenso fazia parte da composição aromática sagrada destinada unicamente a Deus (Ex 30,34) e se transformou em símbolo de adoração. Em linhas gerais é símbolo de culto prestado a Deus e de adoração:
- Ouçam-me, filhos santos...Como incenso exalem bom odor Si 39,14). A oferenda do incenso e a oração são intercambiáveis, ambos são sacrifícios apresentados a Deus, como diz o salmo 141, que proclama: 
-Suba até vós minha oração, como o perfume do incenso. E é com estas palavras que, na Igreja Oriental, o celebrante ora durante as Vésperas e Laudes matutinas dos dias de festa espalhando em torno de si o perfume do incenso. Com a oferta do incenso os magos do Oriente adoraram o menino Jesus como o recém-nascido Salvador do Mundo (Mt. 2,11). 
No último livro do Antigo Testamento, o Apocalipse, João vê vinte e quatro anciãos que estavam diante do Cordeiro de Deus, com arpas e taças de ouro cheias de incenso: São as orações dos santos (Ap 8,3-4).


Entre  os Cristãos: 


Os cristãos não utilizaram o incenso na liturgia desde o início porque queriam se distinguir, o mais claramente possível, do paganismo. Extinto o paganismo, o rito do incenso encontrou logo seu lugar na liturgia cristã. A partir do Século IV, a tradição cristã adotou o incenso em seus rituais de consagração e ainda hoje o queima para honrar o altar, as relíquias, os objetos sagrados, os sacerdotes e os próprios fiéis, e para propiciar a subida ao céu das almas dos falecidos no momento das Exéquias. Primeiramente foram colocados turíbulos na igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, e em seguida também nas grandes basílicas do Ocidente, junto aos altares e diante dos túmulos dos mártires. Graças à benção propiciada pelo incenso antes de seu uso, ele chega a ser um sacramental (sinal sagrado, que possui certa semelhança com os sacramentos e do qual se obtém efeitos espirituais). Desde o século IX, instaurou-se o uso do incenso no início da Missa e desde o século XI o altar se transformou no centro da incensação.O turíbulo era também levado na procissão junto com o evangeliário. Em seguida, a incensação estendeu-se às oferendas do pão e do vinho, que são incensadas três vezes em forma de cruz, da mesma maneira como se procede com o altar e a comunidade litúrgica. Desta forma, nasceu a tríplice incensação durante a Missa, praticada também hoje de maneira regular no Oriente e, entre nós, somente nas festas solenes. O incenso deve envolver toda uma atmosfera sagrada de oração que, como uma nuvem perfumada, sobe até Deus. O agitar do turíbulo em forma de cruz recorda principalmente a morte de Cristo e seu movimento em forma de círculo revela a intenção de envolver os dons sagrados e de consagrá-los a Deus. 
O incenso é muito utilizado na liturgia fúnebre.
Os falecidos permanecem como membros da Igreja, já santificados pelos sacramentos. Portanto, seu corpo morto é honrado com o incenso, como as santas mulheres, na manhã de Páscoa, queriam honrar o corpo de Jesus, ungindo-o com óleos preciosos. 
Na reforma litúrgica, depois do Concílio, em muitos lugares renunciou-se ao símbolo tradicional do incenso, da mesma forma como ocorreu com outros símbolos mais antigos. Na consagração solene de um altar, depois da unção da mesa, queima-se incenso e outros aromas sobre os cinco pontos do altar. 
O bispo interpreta esse gesto com as palavras: 
-Suba até vós, Senhor, o incenso de nossa oração; e como o perfume se espalha por este templo, assim possa tua Igreja expandir para o mundo o suave perfume de Cristo.


Fonte: Erick Sávio

22 de janeiro de 2011

Arranjadores de Igreja



É muito bom entrar numa igreja e encontrá-la bem enfeitada.
Parece simples tratar desse tema, mas o problema todo reside no " bem enfeitada ".
O que se entende por "bem enfeitada"? Não é fácil responder essa pergunta, mesmo porque diz um antigo provérbio latino: 
"de gustibus et coloribus, non disputandum esse". traduzindo: " gostos e cores, não se discutem".
Se sobre cores e gosots dificilmente se chegará a um denominador comum, torna-se ainda mais complicado dizer o que está bonito, o que está bem enfeitado e o que é agradável numa igreja. Tudo depende.
Dependendo do tamanho da igreja, do espaço disponível para colocar determinados arranjos, do bom gosto do arranjador... depende e depende.... de tantas e tantas coisas.
De modo geral, nossos arranjadores não conhecem de liturgia. Muitos trabalham em floriculturas e, sem nenhum critério, vão colocando vasos e arranjos em tudo que é lugar e espaço.
Há determinados locais que não compotam nenhum tipo de arranjo. 
- O altar é o primeiro deles;  altar não é prateleira de flores, nem de papéis; destrói-se o simbolismo liturgico do altar, que é o de ser presença de Cristo, oferta e oferente.
 - O Ambão ou Mesa da Palavra. A igreja tem um ambão, que se destaca como local da proclamação da Palavra. Fazer do ambão um pedestal de arranjo de flores é outra prova de mau gosto e de ignorância litúrgica.
Nem a Mesa Eucarística - o Altar - nem a Mesa da Palavra - o Ambão; são locais que devem ser apagados pelos arranjos.
Não se deve usar arranjos sobre eles, nem diante deles. Eles falam por si.
O espaço litúrgico precisa ser funcional para que os celebrantes se movimentem facilmente no exercício de ritos e liturgias( Instruções Gerais do Missal Romano).      

As 5 virtudes do músico litúrgico

Não podemos ficar somente no pecado, o que seria falta de misericórdia. Por isso elego  cinco virtudes de um bom músico, ou ministro da música, como insistem alguns. Creio que, que se ele conseguir colocar em prática estas cinco virtudes, fará um bom trabalho como músico que atua nas celebrações litúrgicas de sua comunidade.


1. Rezar com instrumento musical.
2. Ajudar a assembléia a rezar por meio do canto.
3. Cantar com coração, porque pelo canto louva a Deus.
4. Querer ver o povo cantar e esforçar-se para isso.
5. Colocar seus talentos e dons musicais a serviço da comunidade.


Nem sempre é fácil encontrar pessoas que cantem e toquem com arte nas celebrações. Quando isso não acontece, é preciso formá-las. É quando entra em ação a formação litúrgica, um trabalho a ser feito pela Equipe Litúrgica da comunidade.     

Os 30 pecados do Músico na Liturgia


1.   Fazer do altar um palco.
3.   Impor sempre o gosto pessoal.
4.   Cantar por cantar. " Só toco se for do meu jeito."     
5.   Ir sempre contra a idéia do padre.
6.   Escolher sempre as mesmas músicas.
7.   Nunca sorrir.
8.   Usar instrumentos desafinados.
9.   Afinar instrumentos durante a missa.
10. Tocar músicas de novela em casamento.
11.  Colocar letra religiosa em música de "parada".
12.  Nunca estudar liturgia.
13.  Não prestar atenção na letra do canto.
14   Não ler o evangelho do dia antes de escolher as músicas.  
15.  Cantar forte demais no microfone.
16.   Volume dos instrumentos acima da altura das vozes.
17.   Coral que canta tudo sozinho.
18.   Cantar só para exibir-se.
19.   Distrair a assembléia.                                         
                                                                         
20.   Não avisar ao padre as partes que serão cantadas.
21.   Nunca ensaiar novas canções.
22.   Ensaiar tudo antes da missa.
23.   Cantar músicas desconhecidas.
24.   Usar roupa bem extravagante, que chame a atenção.
25.   Fazer de conta que está num show de rock.
26.   Perder contato com a assembléia.
27.   Músicas fora da realidade.
28.   Fazer o máximo de barulho.
29.   Não ter vida interior.
30.   Repetir no final de cada celebração: " Eu sou mesmo o melhor ".  

Como entender Cristo na Hóstia Consagrada



Em todo ser há um conjunto de coisas que podem mudar, como o tamanho, a cor, o peso, o sabor, etc., e um substrato permanente que, conservando-se sempre o mesmo, caracteriza o ser, que não muda. Esse substrato é chamado substância, essência ou natureza do ser. Em qualquer pedaço de pão há coisas mutáveis: a cor, tamanho, gosto, o sabor, a posição, sem que a substância que as sustenta mude; esta substância ninguém vê; mas é uma realidade. Assim, há homens de cores diferentes, feições diferentes, etc.; mas todos possuem uma mesma substância: uma alma humana imortal, que se nota pelas suas faculdades, as quais os animais não têm: inteligência, liberdade, vontade, consciência, psique, entre outros.


Quando as palavras da consagração são pronunciadas sobre o pão, a substância deste muda ou se converte totalmente em substância do Corpo humano de Jesus (donde o nome "transubstanciação"), ficando, porém, os acidentes externos (aparências) do pão (gosto, cor, cheiro, sabor, tamanho, etc.); sendo assim, sem mudar de aparência, o pão consagrado já não é pão, mas é substancialmente o Corpo de Cristo. O mesmo se dá com o vinho; ao serem pronunciadas sobre ele as palavras da consagração; sua substância se converte na do Sangue do Senhor, pelo poder da intervenção da Onipotência Divina.


Isso explica como o Corpo de Cristo pode estar simultaneamente presente em diversas hóstias consagradas e em vários lugares ao mesmo tempo. Jesus não está presente na Eucaristia segundo as suas aparências, como o tamanho ou a localização no espaço. Uma vez que os fragmentos de pão se multiplicam com a sua localização própria no espaço; assim onde quer que haja um pedaço de pão consagrado, pode estar de fato o Corpo Eucarístico de Cristo.


Uma comparação: quando você olha para um espelho, aí você vê a imagem do seu rosto inteiro; se quebrá-lo em duas ou mais partes, a sua imagem não se quebrará com o espelho, mas continuará uma imagem inteira em cada pedaço.


É preciso, então, entender que a presença de Cristo Eucarístico pode se multiplicar, sem que o Corpo do Senhor se multiplique. Isso faz com que a presença do Cristo Eucarístico possa multiplicar (sem que o Corpo d'Ele se multiplique) se forem multiplicados os fragmentos de pão consagrados nos mais diversos lugares da Terra. Não há bilocação nem multilocação do Corpo de Cristo.


O Corpo de Cristo, sob os acidentes do pão, não tem extensão nem quantidade próprias; assim não se pode dizer que a tal fragmento da hóstia corresponda tal parte do Corpo de Cristo. Quando o pão consagrado é partido, só se parte a quantidade do pão, não o Corpo de Jesus.


Assim muitas hóstias e muitos fragmentos de hóstia não constituem muitos Cristos – o que seria absurdo – , mas muitas "presenças" de um só e mesmo Cristo. Analogamente a multiplicação dos espelhos não multiplica o objeto original, mas multiplica a presença desse objeto; também a multiplicação dos ouvintes de uma sinfonia não multiplica essa sinfonia, mas apenas a presença desta.


Por essas razões, quando se deteriora o Pão Eucarístico por efeito do tempo, da digestão ou de um outro agente corruptor, o que se estraga são apenas os acidentes do pão: quantidade, cor, figura, entre outros, e nesse caso, o Corpo de Cristo deixa de estar presente sob os Véus Eucarísticos; isso porque Nosso Senhor Jesus Cristo quis que, nas espécies ou nas aparências de pão e vinho, garantir a Sua presença sacramental, e não nas de algum outro corpo.


A fé católica ensina uma conversão total e absoluta da substância do pão na do Corpo de Cristo; o Concílio de Trento rejeitou a doutrina de Lutero, que admitia a “empanação” de Cristo: empanação, segundo a qual permaneceriam a substância do pão e a do vinho junto com a do Corpo e a do Sangue de Cristo; o pão continuaria a ser realmente pão (e não apenas segundo as aparências), o vinho continuaria a ser realmente vinho (e não apenas segundo as aparências), de tal sorte que o Corpo de Cristo estaria como que “revestido” de pão e vinho. Para o Concílio de Trento e, para a fé católica, esse tipo de presença de Cristo na Eucaristia é insuficiente; é preciso dizer que o pão e o vinho, em sua realidade íntima (substância), deixam de ser pão e vinho para se tornarem a realidade mesma do Corpo e do Sangue de Cristo.


Assim como na criação acontece o surgimento de todo o ser, também na Eucaristia há a conversão de todo o ser. Essa “conversão de todo o ser” é “conversão de toda a substância” ou “transubstanciação”.


Assim como só Deus pode criar (tirar um ser do nada), só Deus pode “transubstanciar”; ambas as atividade supõem um poder infinito que só o Senhor tem.


Para entender um pouco melhor o milagre da Transubstanciação podemos dizer ainda o seguinte: No milagre da Multiplicação dos Pães, Jesus mudou apenas a espécie do pão (no caso a quantidade), mas não mudou a sua natureza, continuou sendo pão. Quando Ele fez o milagre das Bodas de Caná, mudou a natureza da água (passou a ser vinho) e mudou também a sua espécie (cor, sabor, etc); no milagre da Transubstanciação, o Senhor muda apenas a natureza do pão e do vinho (passam a ser seu Corpo e Sangue) sem mudar a espécie (cor, sabor,cheiro, tamanho, etc.).


Tudo por amor a nós; Ele, o Rei do universo, se faz pequeno, humilde, indefeso... nas espécies sagradas do pão e do vinho, para ser nosso alimento, companheiro, modelo, exemplo, força, consolação...

É bom fazer promessas?



As pessoas perguntam: O que a Igreja diz sobre as promessas? 
A Igreja as aprova quando realizadas adequadamente?
Os santos faziam promessas?
 O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que: 


“Em várias circunstâncias o cristão é convidado a fazer promessas a Deus... Por devoção pessoal o cristão pode também prometer a Deus este ou aquele ato, oração, esmola, peregrinação, etc. A fidelidade às promessas feitas a Deus é uma manifestação do respeito devido à majestade divina e do amor para com o Deus fiel” (CIC § 2101).

Há passagens bíblicas que contêm promessas. Jacó faz uma promessa a Deus: 

“Jacó fez então este voto: “Se Deus for comigo, se ele me guardar durante esta viagem que empreendi, e me der pão para comer e roupa para vestir, e me fizer voltar em paz casa paterna, então o Senhor será o meu Deus. Esta pedra da qual fiz uma estela será uma casa de Deus, e pagarei o dízimo de tudo o que me derdes” (Gn 28,20-22).

Ana, a mãe do profeta Samuel, fez um voto: “E fez um voto, dizendo: Senhor dos exércitos, se vos dignardes olhar para a aflição de vossa serva, e vos lembrardes de mim; se não vos esquecerdes de vossa escrava e lhe derdes um filho varão, eu o consagrarei ao Senhor durante todos os dias de sua vida, e a navalha não passará pela sua cabeça” (1Sm 1,11).

Alguns salmos exprimem os votos ou as promessas dos orantes de Israel (Sl 65, 66, 116; Jn 2,3-9).

“Se oferecerdes ao Senhor alguma oferenda de combustão, holocausto ou sacrifício, em cumprimento de um voto especial ou como oferta espontânea...” (Nm 15,3).

“Se uma mulher fizer um voto ao Senhor ou se impuser uma obrigação na casa de seu pai, durante a sua juventude, os seus votos serão válidos, sejam eles quais forem. Se o pai tiver conhecimento do voto ou da obrigação que se impôs a si mesma será válida. Mas, se o pai os desaprovar, no dia em que deles tiver conhecimento, todos os seus votos... ficarão sem valor algum. O Senhor perdoar-lhe-á, porque seu pai se opôs” (Nm 30,4-6).

No entanto, havia a séria recomendação para que se cumprisse o voto ou a promessa feita. “Mais vale não fazer voto, que prometer e não ser fiel à promessa” (Ecl 5,4). São Paulo quis submeter-se às obrigações do voto do nazireato: “Paulo permaneceu ali (em Corinto) ainda algum tempo. Depois se despediu dos irmãos e navegou para a Síria e com ele Priscila e Áquila. Antes, porém, cortara o cabelo em Cêncris, porque terminara um voto” (At 18,18).

“Disseram os judeus a Paulo: “Temos aqui quatro homens que fizeram um voto... Purificar-te com eles, e encarrega-te das despesas para que possam mandar rapar a cabeça. Assim todos saberão que são falsas as notícias a teu respeito, e que te comportas como observante da Lei” (At 21, 23s).

É certo que as promessas não obrigam Deus a nos dar o que Ele não quer dar, pois sabe o que é melhor para nós, mas estas podem obter do Senhor, muitas vezes através da intercessão dos santos, graças de que necessitamos. Jesus mandou pedir e com insistência.

As promessas nada têm de mágico ou de mecânico, nem podem ser um “comércio” com Deus; pois não se destinam a “dobrar a vontade do Senhor. Às vezes os fiéis prometem até coisas que não conseguem cumprir por falta de condições físicas, psíquicas ou financeiras, e ficam com medo de um castigo de Deus Pai. Pior ainda quando alguém faz uma promessa para que outro a cumpra, sem o seu consentimento. Os pais não devem fazer promessas para os filhos cumprirem.

Ao determinar que nos daria as graças necessárias nesta vida, o Todo-poderoso quis incluir no Seu desígnio a nossa colaboração mediante a oração, o sacrifício, a caridade, etc. Deus quer dar levando em conta as orações que Lhe fazemos. Sob esta ótica, as promessas têm valor para Deus e para nós orantes, pois alimentam em nós o fervor; estimulam nossa devoção; exercitam em nosso coração o amor a Deus; e isso é valioso. Uma promessa bem feita pode nos abrir mais à misericórdia do Senhor.

Quando não se puder cumprir uma promessa feita a Deus, procure um sacerdote e peça-lhe que troque a matéria da promessa. Essa solução está de acordo com os textos bíblicos que preveem a possibilidade da mudança dos votos (ou promessas) por parte dos sacerdotes: “Se aquele que fizer um voto não puder pagar a avaliação, apresentará a pessoa diante do sacerdote e este fixá-la-á; o valor será fixado pelo sacerdote de acordo com os meios de quem fizer voto” (Lv 27, 8; cf. Lv 27,13s.18.23).

Procure prometer práticas não somente razoáveis, mas também úteis à santificação do próprio sujeito ou ao bem do próximo. Quanto aos ex-votos (cabeças, braços, pernas... de cera), que se oferecem em determinados santuários, diz Dom Estevão Bettencout que “podem ter seu significado, pois contribuem para testemunhar a misericórdia de Deus derramada sobre as pessoas agraciadas; assim levarão o povo de Deus a glorificar o Senhor; mas é preciso que as pessoas agraciadas saibam por que oferecem tais objetos de cera, e não o façam por rotina ou de maneira inconsciente” (PR, Nº 262 – Ano 1982 – Pág. 202).

Entre as melhores promessas estão as três clássicas que o próprio Jesus propôs: a oração, a esmola e o jejum (cf. Mt 6,1-18). A Santa Missa é o centro e o alimento por excelência da vida cristã. A esmola "encobre uma multidão dos pecados” (cf. 1Pd 4,8; Tg 5,20; Pr 10,12); o jejum e a mortificação purificam e libertam das paixões o ser humano. Jesus disse que certos males só podem ser eliminados pelo jejum e pela oração.

Se a prática das promessas levar o cristão ao exercício dessas boas obras, então é salutar. As promessas nada têm a ver com as “obrigações” dos cultos afro-brasileiros, mas são expressões do amor filial dos cristãos a Deus.


"Deus não quer Sacrifício e sim Misericórdia!

FORMANDO E INFORMANDO CATÓLICOS: Letra Hino da Campanha Fraternidade 2011

FORMANDO E INFORMANDO CATÓLICOS: Letra Hino da Campanha Fraternidade 2011

20 de janeiro de 2011

São Sebastião - comemora-se 20 janeiro


São Sebastião nasceu em Narvonne, França, no final do século III, e desde muito cedo seus pais se mudaram para Milão, onde ele cresceu e foi educado. Seguindo o exemplo materno, desde criança São Sebastião sempre se mostrou forte e piedoso na fé.


Atingindo a idade adulta, alistou-se como militar, nas legiões do Imperador Diocleciano, que até então ignorava o fato de Sebastião ser um cristão de coração. A figura imponente, a prudência e a bravura do jovem militar, tanto agradaram ao Imperador, que este o nomeou comandante de sua guarda pessoal. Nessa destacada posição, Sebastião se tornou o grande benfeitor dos cristãos encarcerados em Roma naquele tempo. Visitava com freqüência as pobres vítimas do ódio pagão, e, com palavras de dádiva, consolava e animava os candidatos ao martírio aqui na terra, que receberiam a coroa de glória no céu.


Enquanto o imperador empreendia a expulsão de todos os cristãos do seu exército, Sebastião foi denunciado por um soldado. Diocleciano sentiu-se traído, e ficou perplexo ao ouvir do próprio Sebastião que era cristão. Tentou, em vão, fazer com que ele renunciasse ao cristianismo, mas Sebastião com firmeza se defendeu, apresentando os motivos que o animava a seguir a fé cristã, e a socorrer os aflitos e perseguidos.


O Imperador, enraivecido ante os sólidos argumentos daquele cristão autêntico e decidido, deu ordem aos seus soldados para que o matassem a flechadas. Tal ordem foi imediatamente cumprida: num descampado, os soldados despiram-no, o amarraram a um tronco de árvore e atiraram nele uma chuva de flechas. Depois o abandonaram para que sangrasse até a morte.


À noite, Irene, mulher do mártir Castulo, foi com algumas amigas ao lugar da execução, para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo. Desamarraram-no, e Irene o escondeu em sua casa, cuidando de suas feridas. Passado um tempo, já restabelecido, São Sebastião quis continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusados de inimigos do Estado.


Diocleciano ignorou os pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos, e ordenou que ele fosse espancado até a morte, com pauladas e golpes de bolas de chumbo. E, para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, jogaram-no no esgoto público de Roma.


Uma piedosa mulher, Santa Luciana, sepultou-o nas catacumbas. Assim aconteceu no ano de 287. Mais tarde, no ano de 680, suas relíquias foram solenemente transportados para uma basílica construída pelo Imperador Constantino, onde se encontram até hoje. Naquela ocasião, uma terrível peste assolava Roma, vitimando muitas pessoas. Entretanto, tal epidemia simplesmente desapareceu a partir do momento da transladação dos restos mortais desse mártir, que passou a ser venerado como o padroeiro contra a peste, fome e guerra.


As cidades de Milão, em 1575 e Lisboa, em 1599, acometidas por pestes epidêmicas, se viram livres desses males, após atos públicos suplicando a intercessão deste grande santo. São Sebastião é também muito venerado em todo o Brasil, onde muitas cidades o tem como padroeiro, entre elas, o Rio de Janeiro .









A Mentira

Mentir é falar ou dizer algo contrário à verdade; é a expressão e manifestação contrária ao que alguém sabe, crê ou pensa. Pode-se crer na mentira, falar mentira e praticar a mentira. É o engano em seus diferentes aspectos; nocivo ao ser humano e ofensa grave diante de Deus. O diabo é o pai da mentira (João 8:44) e, portanto, a mentira é um instrumento diabólico que o homem usa para sua própria perdição. 
O mais triste é que o homem ama a mentira, não ama a verdade pois ele é mau por natureza (Romanos 1:25; Apocalipse 22:15).


A juventude, em termos gerais, está sendo arrastada à perdição eterna pelo prazer transitório da inclinação à droga, sexo, etc. 
Tudo não passa de uma grande mentira; é enganoso, anormal, trazendo prejuízos físicos, morais e espirituais. Tais coisas podem ser definidas como praticar a mentira. Esta prática abrange os mais variados aspectos da mentira como idolatria, homicídio, adultério, fornicação, cobiça, etc.


Falar mentira é um mal muito comum em todos os ambientes e esferas da vida.
 Algumas pessoas dizem que certas mentiras são benignas, mas isto não é correto. 
Toda mentira, pequena ou grande, é um instrumento do diabo, portanto é recomendável que o crente não se comprometa com coisa alguma que possa levá-lo a mentir.
Todo verdadeiro crente deve tratar tudo de uma forma positiva; na verdade o seu falar deve ser "Sim, sim, Não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna" (Mt. 5:37).


Existe também a mentira doutrinária e a mentira teórica. O espírito do erro nega que Jesus Cristo veio em carne, nega que Cristo é Deus (I João 4:6). Esta é uma mentira doutrinária. A teoria da evolução é uma mentira teórica pois nega a criação, negando assim o Criador que é Deus. Há pessoas que crêem nessas mentiras, e haverá muitíssimos que irão crer na mentira por não terem dado crédito à verdade (II Tessalonicenses 2:10-12).


Quando Adão e Eva pecaram no Éden, o pecado entrou no ser humano; entrou a mentira, o mal e, consequentemente, a morte. "Porque o salário do pecado é a morte", mas graças a Deus que "o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm. 6:23). Portanto, ao homem agrada, por natureza, crer na mentira; agrada-lhe praticar a mentira e ele até mesmo ama a mentira. Repito, a mentira é prejuízo ao homem e, com todos os seus horrorosos aspectos, o degenera e o leva à perdição. O diabo com seu instrumental de mentira rouba, mata e destrói o homem. Está escrito: "O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir" (Jo. 10:10). O diabo lançou a sua mentira no mundo: "a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida" (I Jo. 2:16).


Devemos aborrecer a mentira, em qualquer forma que se apresente, e não nos esquecermos que o primeiro pecado grave, pecado de morte, registrado na igreja, foi uma mentira (Atos 5:1-11). Temos que amar a verdade, a qual está em nós, e estará para sempre (II João 1,2). Procuremos praticar a verdade em nossas vidas, crer na verdade, falar a verdade e amar a verdade. Cristo disse: 
"Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (Jo. 14:6). "Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros." (Ef. 4:25).

17 de janeiro de 2011

SOLIDARIEDADE RIO - NÃO FIQUE INDIFERENTE A TANTO SOFRIMENTO!!

FAÇA SUA DOAÇÃO NA CRUZ VERMELHA DE SÃO VICENTE TEL: 3468-05-14
*TODAS AS DOAÇÕES SÃO ENVIADAS PARA O RIO DE JANEIRO NO MESMO DIA!

VOCÊ PODE DOAR: ÁGUA, PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, MATERIAL DE LIMPEZA, ALIMENTOS NÃO PERECIVEIS,BOLACHAS, ACHOCOLATADOS, LEITE EM PÓ, FRALDAS, ROUPAS E MEDICAMENTOS.

                                 * É MUITO IMPORTANTE A SUA DOAÇÃO!
                                 * NÃO DEIXE DE ESTENDER A MÃO A QUEM PRECISA!
<< PROCURE EM SUA CIDADE OS POSTOS DE ARRECADAÇÃO DEMANTIMENTOS ÀS VITIMAS DO RIO DE JANEIRO>>
                                 *SERVIR A DEUS, É SERVIR AO PROXIMO!

NÃO FIQUE INDIFERENTE A TANTO SOFRIMENTO!!

16 de janeiro de 2011

Oração do Pai Nosso - para Catequese infantil

Uma forma divertida e diferente de explicar as crianças da catequese,
o significado dessa oração que o próprio Jesus nos ensinou!
O ensino pode ser feito com as próprias crianças, seguindo o exemplo da Imagem.





14 de janeiro de 2011

A Formação Inicial - Última parte

Noviciado São José, em Rodeio (SC)
A formação inicial é um tempo privilegiado em que os candidatos, com especial acompanhamento dos mestres e da fraternidade formadora, são iniciados no seguimento de Cristo, segundo a forma de São Francisco e a tradição da Ordem, assumindo e integrando progressivamente seus particulares dons pessoais com os valores autênticos e característicos da vocação evangélica do frade menor (19).


A formação inicial estrutura‑se em três etapas consecutivas: o Postulantado, o Noviciado e o tempo da Profissão Temporária, nas quais o candidato cresce e amadurece até emitir a Profissão Solene, onde assume definitivamente a vida e a Regra dos Frades Menores (20).


Essas três etapas da formação inicial acontecem em casas, designadas para esse fim, com um conteúdo programático organizado em harmonia com a vida fraterna, a vida de oração, a vida comunitária, o acompanhamento pessoal, os estudos filosóficos e teológicos, a participação na comunidade eclesial, o trabalho manual, o lazer e as demais atividades religiosas, acadêmicas e culturais.


O Departamento da Formação Inicial é composto pelos mestres e orientadores das casas de formação e pelos membros das equipes de formação, nomeados pelo Governo Provincial. Ao Departamento compete garantir a harmonia entre as diversas etapas e entre os formadores e a gradualidade dos conteúdos e métodos formativos, a fim de levar os candidatos ao desenvolvimento integral das dimensões humana, cristã e franciscana (21).


1. O Postulantado é realizado em Guaratinguetá, SP, durante um ano. Além da formação interna e de algumas atividades apostólicas como o acolhimento de romeiros do Beato Frei Galvão e a participação semanal nos Círculos bíblicos, os postulantes participam de uma experiência de trabalho e convivência junto aos sofredores de rua assistidos pelo Sefras (Serviço Franciscano de Solidariedade), em São Paulo.


2. O Noviciado tem também a duração de um ano completo e acontece em Rodeio, SC, pequena cidade de descendentes de italianos, onde o grupo é levado a um confronto maior consigo mesmo, com trabalhos manuais dos mais diversos e com experiências contemplativas no Eremitério Beato Frei Egídio.
3. A Profissão Temporária é vivida simultaneamente com os cursos de Filosofia (3 anos) e de Teologia (4 anos) na Fraternidade São Boaventura, em Campo Largo (PR), próximo a Curitiba (organizada em casas próximas que funcionam como fraternidades com membros de turmas diferentes) e nas Pequenas Fraternidades de Petrópolis (RJ), e Baixada Fluminense. Além da formação acadêmica, os frades estudantes continuam o estudo e meditação das Fontes Franciscanas, engajam-se em atividades apostólicas planejadas e realizam estágios de convivência, trabalho e apostolado nas fraternidades da Província. Atualmente, a Província pede que o frade tenha quatro anos completos de profissão temporária para pedir a Profissão Solene.


O estudo, como resposta à própria vocação, é uma dimensão indispensável à formação integral e ao serviço do Reino. A Província pede de seus membros, conforme o pendor de cada um, o aperfeiçoamento constante, em nível teórico e técnico-profissional, tanto em relação ao exercício de ministérios eclesiais ordenados quanto em outras frentes de evangelização que lhes são próprias.(22) Os frades confirmam, assim, sua vocação intelectual(23) buscando Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida (24) e servindo-o nas criaturas e nas pessoas, especialmente nos “leprosos” de hoje.


Todos os frades encarregados do ensino nas diversas casas e etapas de formação constituem o Departamento dos Professores, com a atribuição de fomentar os conhecimentos filosófico, teológico e científico, inspirando-se na tradição da Igreja, particularmente da Escola Franciscana, com atenção aos desafios do mundo atual. Para os cursos de Filosofia e Teologia a Província dispõe de dois centros de estudos, ambos reconhecidos pelo MEC e, portanto, abertos também para estudantes leigos:


Faculdade São Boaventura, em Curitiba, PR, inserida no Centro Universitário da Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus.


Instituto Teológico Franciscano, em Petrópolis, RJ, também afiliado à Pontifícia Universidade Antoniana, de Roma.
Os frades estudantes destes dois cursos formam o Departamento dos Frades Estudantes com o objetivo de promover maior integração e diálogo entre si e colaborar no tratamento de assuntos relativos à formação e aos estudos. Com este fim, o Departamento realiza, a cada dois anos, uma Assembléia Geral dos Frades Estudantes, onde são abordadas temáticas de formação humana, cristã e franciscana, além de análises de conjuntura e é promovido o intercâmbio das etapas, a revisão do processo formativo e a avaliação das opções evangelizadoras da Província.


Já há alguns anos, a Província está empenhada na elaboração das Diretrizes para a Formação e para os Estudos. Este documento certamente trará uma grande contribuição ao apresentar, de forma ainda mais clara, a unidade, a gradualidade e a especificidade de cada etapa do itinerário formativo, suas exigências próprias e os meios pedagógicos mais adequados aos valores que se quer cultivar. Tudo isso com o fim último de levar cada frade a compreender que sua formação, planejada de forma orgânica e coerente, realiza-se no contexto da vida cotidiana, o lugar da sua salvação e, consequentemente, o húmus da animação vocacional e da formação inicial (25).


Que todo esse empenho de frades e candidatos possa auxiliá-los na disposição de entregar a própria vida no seguimento do único Mestre, fazendo com que toda a Fraternidade Provincial, fiel à sua história, responda, com ousadia e criatividade, aos desafios do mundo de hoje.

Serviço de Animação Vocacional - 4ª parte

Aspirantado São Francisco de Assis
A Animação Vocacional, partindo do testemunho de vida dos frades, consiste em sensibilizar o povo de Deus a buscar sua própria vocação no mundo e na Igreja e em suscitar, acolher e apoiar novas vocações para a Ordem dos Frades Menores (16). Este serviço encontra seu vigor na atualidade e pertinência do ideal evangélico de Francisco de Assis.
O Departamento do Serviço de Animação Vocacional, coordenado pelos Animadores Provinciais das Vocações, auxilia as fraternidades a anunciarem e a proporem o projeto de vida do frade menor hoje e prepara as mesmas para acolherem aqueles que se mostram interessados pelo carisma franciscano (17).
Cada fraternidade é responsável por promover momentos de oração, encontros, tríduos ou missões populares nos tempos fortes vocacionais, nas festas franciscanas, na celebração de jubileus, profissões, ordenações e outros eventos, de tal modo que a sua preparação torna-se ocasião apropriada para despertar vocações franciscanas (18).
As fraternidades escolhem um Animador Local das Vocações para dinamizar este trabalho, promover, com a colaboração de leigos, o contato e o diálogo com os jovens e adolescentes, e acompanhar os que se preparam para ingressar na formação da Província.
Para aprimorar este acompanhamento, a Província mantém duas casas de Aspirantados onde, mediante a convivência com os Frades e a orientação de formadores, os candidatos empreendem uma caminhada de maior conhecimento de si mesmos, de Jesus Cristo e de São Francisco de Assis:
1. O Seminário Santo Antônio, estruturado com escola própria e exclusiva aos seminaristas, oferece as possibilidades para o discernimento vocacional ao mesmo tempo em que promove um Ensino Médio de qualidade, diferenciado e mais individualizado, favorecendo ainda o desenvolvimento de outras áreas do conhecimento como a música, o teatro, as línguas clássicas, a oratória, o esporte, entre outras.
2. O Aspirantado São Francisco de Assis, para jovens que já tenham feito o Ensino Médio ou Superior, é um ambiente de iniciação na vida fraterna e franciscana, de aprofundamento na vida de fé e de aprimoramento da Educação Básica.

Formação Permanente - 3ª parte

Tudo o que foi descrito até aqui pode ser chamado de Formação Permanente, pois se refere ao processo de conversão, de crescimento pessoal, espiritual, profissional e ministerial que todo frade tem como tarefa de vida.
A Província, no entanto, possui um programa de Formação Permanente com conteúdos e modalidades distribuídos em faixas etárias (13) e complementado por um projeto de vida fraterna e por encontros e atividades promovidos pela fraternidade local, regional e pelas áreas de serviço à Província, à Igreja e à sociedade (capítulos, retiros anuais e mensais, partilha da palavra de Deus, revisões periódicas de vida, recreios, datas comemorativas, encontros de revigoramento, cursos de qualificação e atualização, passeios comuns, conservação e atualização das bibliotecas, conselhos dos secretariados, reuniões dos departamentos, entre outros) (14).
O Departamento da Formação Permanente é constituído por um Moderador e seu Conselho, em assessoria direta ao Ministro Provincial, com a competência de promover o planejamento, a execução e a revisão dos programas formativos das diversas faixas etárias (15).

O Caminho Formativo - 2ª parte



A formação na Província é organizada em diversas etapas e faixas etárias, respeitando em cada uma a gradualidade e a especificidade, com o objetivo de garantir uma melhor qualidade no aperfeiçoamento, na atualização e no revigoramento da vida e da atividade dos Frades (1).
Em todo esse serviço a Província dedica especial atenção na escolha e formação espiritual e pedagógica de frades que assumem o cuidado espiritual e fraterno de outros frades e candidatos, ajudando cada qual a crescer na maturidade humana e vocacional (2). O Ministro Provincial confia esses irmãos aos frades guardiães e formadores (3), chamados de mestres ou orientadores, que realizam seu trabalho em colaboração com toda a fraternidade e servindo-se da ajuda de outros profissionais, tanto para o discernimento vocacional como para a formação do homem novo, autenticamente livre (4). Fundamental é que o formador partilhe a própria experiência “nos caminhos que levam a Deus” (5) e aponte para os modelos referenciais de Jesus Cristo, São Francisco e outros colhidos na história e tradição da Igreja e da Ordem.


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