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1 de agosto de 2011

Santuário e Comunidade de fé local


Deve existir uma recíproca relação complementar entre a vida no Santuário e na Comunidade de fé local, seja a Paróquia, seja a Comunidade religiosa. Uma enriquece e completa a outra.


Vida própria da Comunidade local: São expressões próprias da Comunidade local: a vida sacramental ordinária, inclusive, o Batismo, a Penitência ordinária, o cuidado dos enfermos, particularmente, a Unção dos Enfermos, o Matrimônio. No centro de tudo está a Eucaristia que leva à ação da caridade. Fazem parte também da vida da Comunidade de fé local, a Oração comunitária, sobretudo, a Liturgia das Horas.


Vida própria dos Santuários: O que resta então para os santuários? 
Em primeiro lugar, aquelas expressões próprias reveladas pela mensagem de todo e qualquer santuário: a celebração da Igreja peregrina, do homem peregrino sobre a terra, a dimensão universal e escatológica da Igreja. Depois, a vivência intensa daquela mensagem própria do Santuário visitado.


Além disso, temos o aspecto da penitência e da conversão. A peregrinação tem caráter penitencial.


Podemos verificar ainda o aspecto do extraordinário da vida cristã. A retomada da vida cristã; celebrações de Jubileus, renovação de Profissão religiosa, renovação do Sacramento da Ordem, renovação de Promessas matrimoniais.


Por isso, é expressão própria da vida dos Santuários tudo aquilo que favorece uma renovação da vida cristã, tudo aquilo que seja uma retomada, uma conversão ou um afervoramento da vida cristã: a oração, o sacramento da Reconciliação, a escuta da Palavra de Deus, explicada pelos ministros do santuário à luz da mensagem própria de todo santuário e do santuário visitado, em particular. 
A Eucaristia, como expressão de conversão permanente e como ação de graças pelas graças alcançadas, pode sempre ser uma expressão da vida do Santuário.


7. Os agentes da Pastoral dos Santuários ou os ministros do Santuário


Os agentes da Pastoral dos Santuários têm uma função muito importante. São chamados a acolher os peregrinos e levá-los a beber nas fontes da salvação, sobretudo a Palavra de Deus, a Reconciliação e a Eucaristia.
Compete a eles servir-lhes o Pão da Palavra de Deus, ajudá-los na prática da oração, primeira e mais intensa forma de conversão. Eles serão ministros da reconciliação quando solicitada. Favorecerão a vida eucarística e ajudarão os peregrinos a fazerem o confronto da própria vida com a mensagem do Santuário.


Deverão estar sempre atentos à mensagem e à linguagem do Santuário. 
Nele fala a natureza, fala o espaço, fala o numinoso, fala o silêncio, falam, muitas vezes, as pedras, as cavernas, a água. 
Portanto, os agentes procurarão, com todo o carinho, acolher, alimentar, abençoar e reenviar reconciliados e contentes os peregrinos para a Comunidade local, a fim de que abençoados possam abençoar, ser bênção, fonte de bem, para os outros.


Nos Santuários franciscanos, parece muito importante acolher, conduzir o visitante e abençoar, revestidos do hábito franciscano. 
Em outras palavras, que os peregrinos percebam que o frade se esforça por ser um bom frade menor, por levar uma vida segundo o Santo Evangelho, a exemplo de São Francsico. Que são homens de Deus, homens orantes, homens penitentes como Francisco de Assis.


Desta forma, muitas vezes, as pessoas chegam aos santuários como turistas, como curiosos, como visitantes e acabam transformando-se em peregrinos e voltam para suas casas e suas Comunidades, mais cristãos e testemunhas do mistério pascal. Tornam-se missionários, evangelizadores.


No Eremo delle Carceri, os que o visitam desejam sentir que os frades creem realmente em Deus, que se esforçam por levar uma intensa vida de oração. 
Acabam fazendo a experiência de Deus a exemplo dos Apóstolos no Tabor e voltam transfigurados para suas casas.


Fonte:Frei Alberto Beckhäuser, OFM

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