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30 de novembro de 2010

Primeiro Domingo do Advento


Quando esperamos uma visita que consideramos importante, arrumamos a casa, preparamos as refeições, preparamos a nós mesmos e aos nossos corações para a célebre chegada, antegozando um convívio feliz.


No mundo, existem muitas coisas que podem acontecer. Mas, há uma que não deixa a menor dúvida: um dia vamos morrer. E, para o cristão, isso significa encontrar-se com Cristo. Por isso, é necessária uma preparação. É preciso vigiar, preparando-nos para esse momento decisivo de nossa existência. Vigiar é próprio de quem ama, porque crê.


Nossa vida é passageira, porém, nem sempre nos lembramos disso. A vida não é pura sucessão de atos: é também luta. Se nós deixarmos de vigiar, poderemos perder o significado mais importante da nossa vida, desperdiçando assim o tempo que nos resta. Vigiar é atitude cristã de quem vive a vida em profundidade.


A terra que vemos e onde vivemos não nos satisfaz plenamente. Sabemos que existe nela muito mais do que as coisas que vemos. O que enxergamos é apenas a casca exterior de um Reino eterno, misterioso; e nesse Reino é que fixamos nosso olhar de fé. Por causa da salvação em Jesus Cristo, devemos nos comprometer mais plenamente na luta contra tudo o que hoje nos escraviza.


Toda desumanização desafia urgentemente os cristãos a expressarem, em atos, a salvação de Jesus Cristo. Diante da certeza do juízo de Deus e da incerteza do tempo, só é possível vigiar, ficar preparado, esperando o Cristo que vem. A hora de Deus chega até nos a cada instante, pois nosso tempo é revestido de eternidade.


Toda intervenção consciente da fé é um sinal da vinda do Filho de Deus que se manifesta na historia de cada dia, mas que anuncia sua plenitude no fim dos tempos.


As orações nos tornam mais próximos de Deus e mais preparados. Que saibamos rezar com fé, esperança, praticando a caridade.

Vivendo o Advento


O Advento não é expectativa, mas sim é a viva e doce esperança. A expectativa pode dispensar a nossa colaboração, mas a esperança nos convoca a entrar na roda, pois a esperança bíblica e do Advento se faz com as mãos, os pés, o coração...


O melhor modo de vivenciar essa espiritualidade é olhar para uma mulher grávida: todo o seu ser vai se transformando em vista da esperança que carrega. A própria família de uma grávida vive um autêntico clima novo por causa do ser que palpita e vai nascer. Isso é o lídimo espírito do tempo litúrgico do Advento que iniciamos agora com a abertura de um novo ano litúrgico, chamado de ano litúrgico A, em que se medita as páginas do Evangelho de São Mateus.


Três personagens são importantes para anunciar e nos ajudar a viver a esperança do Advento. A primeira personagem bíblica que, segundo estudiosos representa três profetas de mesma denominação é Isaias. A segunda personagem bíblica é Joao Batista, “profeta do Altíssimo”, que preparou os caminhos do Senhor. A terceira personagem é a Bem Aventurada Virgem Maria, que, ao dar o seu “sim” incondicional a Deus, nos trouxe o Messias.


O mistério e o encantamento do Advento aconteceram com Maria, portadora da esperança da humanidade, corpo que Deus escolheu para que seu Filho realizasse o sonho de ser a nossa imagem e semelhança. Mas isso não basta. Maria, como diz o poeta, não esperou acontecer; pelo contrário, soube fazer a hora. Ela é a melhor expressão da espiritualidade do tempo do Advento. Declarando-se serva do Senhor, não encontrou melhor forma de expressar isso senão indo depressa à serra da Judéia para servir sua prima. Lá se pôs a fazer as coisas que fazia toda dona de casa do seu tempo. Os atos podiam ser simples, mas o modo como a mãe do Filho de Deus agia em preparação ao nascimento de Jesus é insuperável.


Este tempo de espera magnífica de Deus Menino nos convida a parar em silêncio para compreender uma presença. É um convite a entender que cada evento do dia são sinais que Deus dirige a nós, prova da atenção que Ele tem por cada um de nós. Quão freqüentemente Deus nos faz perceber algo de seu amor! Manter, por assim dizer, uma agenda deste amor seria uma bonita e salutar tarefa para a nossa vida! O Advento nos convida e nos impulsiona à contemplação do Senhor presente. A certeza de sua presença não deveria nos ajudar a ver o mundo com olhos diferentes? Não deveria nos ajudar a considerar toda a nossa existência como “visita”, como um modo no qual Ele pode vir a nós e nos tornar mais próximos, em cada situação?


O Advento nos conclama e nos convida a compreender o sentido do tempo e da história como “kairós”, como ocasião favorável à nossa salvação. Jesus no relato dos servos nos adverte para sermos convidados a esperar o retorno do patrão; na parábola das virgens para esperar o retorno do esposo; ou ainda nos relatos sobre a semeadura e colheita. O homem e a mulher, em sua vida cotidiana, estão em constante espera: quando é criança, quer crescer; quando adulto busca a realização e o sucesso; com o passar dos anos, aspira ao merecido repouso. Mas chega o tempo no qual ele descobre que esperou pouco se, independente da profissão ou do status social, não lhe resta mais nada para esperar. A esperança marca o caminho da humanidade, mas para nós, batizados e crismados, esta é animada por uma certeza: o Senhor está presente no correr da nossa vida, nos acompanha e um dia enxugará também as nossas lágrimas. Um dia, não distante, tudo encontrará seu cumprimento no Reino de Deus, Reino de justiça e de paz.


O Advento nos aponta para o Natal. A Solenidade do Natal é a vida que nasce, e festa da vida, festa da família. Deus se fez como nos para convidar-nos a valorizar o dom da vida. No Cicio do Natal, saudamos a Mãe, fonte da vida do Salvador, e nos unimos a toda à humanidade para reverenciar aquele pelo qual todas as coisas foram feitas e que, na plenitude dos tempos se fez um de nos, Deus-conosco.


Bom Advento!

24 de novembro de 2010

O que são Foranias? Vicariatos? Dioceses? Você sabe?

Você conhece a organização eclesiástica e administrativa da Igreja?


Para a melhor organização administrativa e pastoral a Igreja Católica Apostólica Romana possui uma estrutura feita com subdivisões, onde cada uma delas possui determinadas funções confiadas a um presbítero (padre) que exerce, em nome do Papa, a coordenação de todas as atividades. Resumidamente, percebemos as seguintes províncias eclesiásticas:

Como já foi dito, cada uma possui funções determinadas e um representante da Igreja exercendo o papel de liderança, tanto para a ação pastoral quanto para eventuais dificuldades relacionadas à Doutrina e a Administração. Em termos gerais podemos explicá-las da seguinte maneira:


ARQUIDIOCESE – É a província eclesiástica que abrange todas as dioceses de uma região. Quem a governa e a preside é o bispo mais importante: o Metropolita, que, a partir do ano de 1301, passa a se chamar Arcebispo (bispo que possui a missão de ser chefe espiritual e de jurisdição da Arquidiocese ou também chamada Metrópole). Podemos dizer que a Arquidiocese é a Diocese do Arcebispo. Cada arquidiocese possui uma “Catedral”, local onde se encontra a “cátedra” – cadeira – do Arcebispo. Na paramentação litúrgica, o arcebispo metropolita distingue-se pelo uso do pálio (Tem a forma de uma faixa circular que carrega sobre os ombros e da qual pendem ante o peito e nas costas duas atiras retangulares, tudo de lã branca, se destacando dela seis cruzes de seda negra ou vermelha).


DIOCESE – É a circuncisão eclesiástica dirigida pelo bispo. Ela é também chamada de Bispado. O Código do Direito Canônico, no nº 369, afirma que a diocese é a “porção do povo de Deus confiada a um bispo”. Lá existe a Cúria Diocesana, ou seja, o conjunto de organismos com os quais o bispo governa pastoralmente. Os bispos têm como investiduras o Anel (simbolizando seu casamento com a Igreja, sua Diocese) e o Báculo (lembra um “cajado” - simbolizando o pastor de sua Diocese). Os bispos são sucessores dos Apóstolos como pastores da Igreja, mensageiros do Evangelho de Cristo. Também são chamados de Sufragâneos.


VICARIATO – Dentro de cada diocese existem um ou mais Vicariatos. Os Vicariatos episcopais são um instrumento evangelizador mais descentralizado. Colaboram para o atendimento às exigências da ação evangelizadora em cada grande área geográfica ou ambiental, organizando melhor o trabalho e as relações pastorais. Já os Vicariatos territoriais, por sua vez, são divididos em áreas pastorais menores, designadas pelo Código de Direito Canônico como foranias, que agrupam algumas paróquias. O vigário episcopal (presbítero colaborador do bispo), nomeado pelo Arcebispo, que formará a Coordenação do Vicariato, com os representantes das foranias. Cada Vicariato enviará representantes para comporem a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral. Os vigários episcopais cultivam uma estreita relação pastoral com o arcebispo, na medida em que colaboram com o governo pastoral da Arquidiocese. Eles multiplicam e difundem o próprio ministério do arcebispo.


FORANIA – É um grupo determinado de paróquias dentro de um Vicariato. Cada forania é confiada a um vigário forâneo (título dado pelo bispo a um grupo de padres dentro de um Vicariato). Essa união de diversas paróquias mais próximas territorialmente favorece o trabalho pastoral mediante uma ação em comum. Os padres forâneos são eleitos pelos representantes das paróquias (párocos e vigários) por 2 anos, que por sua vez, representam aquele território, ou seja, a forania junto ao conselho presbiteral.


PARÓQUIA – É uma comunidade dentro da Diocese entregue aos cuidados pastorais e administrativos de um presbítero que recebe o título de pároco. Antigamente eram chamada de “Freguesias”. Ele deve trabalhar em comunhão com a diocese, as lideranças pastorais e os demais fiéis batizados. Além do pároco, também vemos a atuação do vigário paroquial (sacerdote que o bispo diocesano nomeia para coadjuvar um pároco no exercício do seu ministério pastoral). Só os padres podem ser párocos, mas numa paróquia pode haver também um diácono que trabalha com o pároco e o vigário. Além das pessoas, uma paróquia tem sempre um território e uma igreja principal, chamada igreja paroquial. Pode ter outras igrejas menores, chamadas de ermidas ou capelas.


CAPELA – Antigamente chamadas de “ermidas”, é uma pequena comunidade numa região administrada por uma Paróquia. Além do Culto a Deus, podem-se realizar casamentos e os demais sacramentos, além das atividades sociais e pastorais.




O Desapego


A parábola do administrador(cf. Lc 16,1-13) é endereçada aos discípulos, a todos nós cristãos, pois precisamos optar decididamente por Jesus, correndo o risco de sermos demitidos do encargo de continuar o projeto de Deus, caso não preenchamos certos requisitos. Como agir para não “perder a viagem” com Jesus a Jerusalém? (A nossa Jerusalém é, obviamente, a casa celeste, na vida eterna).


Tanto os discípulos de Cristo, como cada um de nós, nos encontramos numa encruzilhada: urge optar, desprendendo-se, à semelhança do administrador infiel, que "jogou tudo ".


Essa opção implica em: - desprendimento:
(“Qualquer um de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo”; - partilha: o administrador privou-se do que era próprio para beneficiar outros, seu dinheiro injusto é agora empregado na construção da fraternidade). O acúmulo cheira mal e agride as propostas do Reino; - fidelidade: O texto insiste no termo FIEL, que significa “ser digno de confiança”. Jesus confiará seu projeto aos que o seguem no caminho.


Enfim, o desapego, o desprendimento geram todas as virtudes que farão com que o discípulo fiel saiba usar seus bens com prudência, com solidariedade, com partilha. Ficar “em cima do muro” é já não pertencer a Deus, pois as nossas atitudes de cristão fiel exigem um trabalho de justiça e fraternidade.

18 de novembro de 2010

Para uma Confissão Frutuosa

1 - Para confessar bem é necessária uma preparação imediata com a oração. Em seguida, faz-se um atento exame de consciência a partir da última confissão bem feita.Isto significa confrontar-se com a palavra de Deus para distinguir as próprias incoerências, defeitos e fraquezas em pensamentos, palavras, atos e omissões frente às exigências do Evangelho.
2 - Sentir dor e aversão dos pecados cometidos com o propósito de não mais incorrer nos mesmos erros.
3 - Confessar ao sacerdote, "embaixador de Deus", todos os pecados graves ou mortais segundo a espécie e o número; é muito útil confessar-se com frequência, mesmo os pecados vêniais, porque se recebe um dom da graça que dá força no caminho de imitação de Cristo.
4 - Fazer todo possível para reparar o mal. A absolvição apaga o pecado, mas não corrige todas as desordens que ele causou. Por isso perdoado do pecado, o pecador deve ainda recuperar a plena saúde espiritual. O exercício penitencial que o confessor sugere não é dado só para expiação dos pecados cometidos e para reparar eventuais danos causados, mas também como ajuda para iniciar uma vida nova e favorecer a plena reparação da enfermidade do pecado.
Esta reparação é a expressão de uma revisão autêntica da vida, na qual o penitente procura suportar e reparar os efeitos maléficos de suas ações ou omissões, no seguimento de Cristo e em solidariedade com seus irmãos, sobretudo com aqueles diretamente atingidos pelos seus pecados.
Ela pode consistir em orações, mortificações, e em obras de misericórdia.




Como confessar-se


Depois que alguém se preparou para a confissão com a oração e o exame de consciência, aguarda pacientemente sua vez invocando para si e para o próximo a luz do Espírito Santo e graça de uma conversão radical.
Aproximando-se do sacerdote, faz o sinal-de-cruz. O penitente pode escolher confessar-se com ou sem confissionário, ficar de joelhos ou sentado (onde houver possibilidade).
Então pode iniciar a confissão dizendo: "Abençoa-me Padre, eu pequei". Em seguida diz com a maior precisão possível o tempo transcorrido desde a última confissão, seu estado de vida (celibatário, casado, viúvo, estudante, consagrado, noivo ou namorado...) e se cumpriu a penitência recebida da última confissão.
Pode ainda levar ao conhecimento do confessor os acontecimentos nos quais se sentiu particularmente perto de Deus, os progressos feitos na vida espiritual...
Segue-se a confissão dos pecados, com simplicidade e humildade, expondo os fatos que são transgressões da lei de Deus e que mais intensamente pesam na consciência. São confessados primeiro os pecados graves ou mortais, segundo sua espécie e número sem perder-se em detalhes e sem diminuir a própria responsábilidade. Para se obter um aumento da graça e força no caminho de imitação de Cristo, confessam-se também os pecados vêniais.
Agora dispõe-se a acolher os conselhos e advertências do confessor aceitando a penitência proposta.
O penitente reza o ato de contrição e o sacerdote pronuncia a fórmula da absolvição.
O penitente despede-se do sacerdote respondendo à sua saudação: "Demos graças a Deus" e então permanece um pouco na Igreja agradecendo ao Senhor.




Ato de contrição


Meu Jesus, crucificado por minha culpa, estou arrependido(a) de ter pecado pois ofendi a vós que sois tão bom e merecí ser castigado(a) neste mundo e no outro. Perdoai-me, Senhor! Não quero mais pecar!

Como devemos nos Confessar?

Exame de consciência. Devemos rezar ao Divino Espírito Santo para que Ele nos ilumine sobre nossos próprios pecados. Refletimos, procuramos nos lembrar de todos os pecados que cometemos desde a última Confissão. Podemos ter ofendido a Deus por pensamentos, por atos pecaminosos, por omissões no nosso dever.


Devemos nos lembrar do pecado, mas também do número de vezes que o cometemos e de alguma coisa que possa ter agravado ou diminuído a gravidade do pecado. Tudo isso devemos dizer ao Padre.


Quando já sabemos mais ou menos o que vamos dizer ao Padre, nos aproximamos do confessionário com respeito e recolhimento. Muitas crianças não entendem bem que a Confissão é uma cerimônia religiosa, um rito, e não uma conversa com o Padre. Estamos ali diante de Deus.


Pedimos a benção ao Padre, dizemos quando foi nossa última Confissão, e dizemos todos os pecados, uma após o outro, com o número e algum detalhe importante, sem alongar muito os detalhes que nos levaram a cometer o pecado. Se for necessário algum detalhe a mais, o Padre perguntará. Não podemos esconder nenhum pecado grave, pois isso tornaria a Confissão inválida e estaríamos abusando da bondade de Deus. Muitas pessoas, por vergonha, escondem algum pecado. O Padre, que não pode adivinhar, dá a absolvição, mas Deus não perdoa uma alma mentirosa. Depois aquela pessoa vai para a Missa e ainda comunga, cometendo o pecado de sacrilégio. Tenhamos sempre sinceridade nas nossas confissões.


Quando terminamos de confessar, ouvimos os conselhos do Padre. Sempre aprendemos alguma coisa boa para nossa alma nesta hora. Prestemos muita atenção! E procuremos agir segundo estes conselhos, principalmente quando se trata de reparar algum mal causado aos outros, como pedir desculpas a alguém, devolver algo roubado, etc. O Padre, nesta hora, nos dará a penitência, que rezaremos assim que possível, de preferência logo após a Confissão, em união à Paixão de Nosso Senhor. Depois, ele nos manda rezar o Ato de Contrição. Enquanto rezamos, ele nos dá a absolvição, que termina com esta bela oração:


«Que a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, os méritos da bem-aventurada Virgem Maria e de todos os Santos, e tudo o que tiverdes feito de bom e suportado de mal, vos seja aplicado para a remissão dos pecados, aumento das graças e para a recompensa da vida eterna. Amém.»


Que Deus não permita que nos afastemos algum dia da prática da Confissão regular, meio seguro de alcançar a salvação eterna!

A Tentação, o Pecado e o Sacramento da Confissão

Deus quer que a nossa vida aqui na Terra seja um tempo de provação, para podermos alcançar a glória do Paraíso, não somente como um presente mas também como prêmio pela vitória. Por isso Ele permite que sejamos tentados e mesmo que, por nossa fraqueza, façamos pecados, pondo assim em risco a nossa Salvação Eterna.


A Tentação


Quando Jesus foi tentado no deserto, levou-o o demônio a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua glória e disse-lhe: “— Tudo isso lhe darei se, prostrado em terra, me adorares. Respondeu-lhe Jesus: Afasta-te Satanás! Pois está escrito: adorarás ao Senhor teu Deus e só a Ele servirás. Então o demônio o deixou e eis que vieram os anjos e O serviram.” (S. Mateus, IV, 8-11).


Enquanto vivermos na Terra estaremos sujeitos à tentação. O demônio emprega toda sua astúcia e maldade para fazer com que pequemos e nos condenemos para sempre.


Deus permite a tentação. Ele quer nossa vitória, mas ao mesmo tempo Ele quer que nós saibamos reconhecer nossa fraqueza ficando humildes: a luta deve também nos fortificar para que nossa recompensa seja, um dia, ainda maior.


Deus nos ajuda na tentação. Ele é fiel: se Ele permite que sejamos tentados, Ele também nos dá as graças para vencer a tentação. Deus está sempre do nosso lado.


Como fazer quando somos tentados?


Devemos resistir imediatamente à tentação e invocar o auxílio de Deus. Às vezes bastará uma oração jaculatória ou o Sinal da Cruz. Muitas vezes o melhor é não fazer caso da tentação, ocupar-se com alguma outra coisa e acabar esquecendo o pecado. Devemos evitar as más companhias que podem nos conduzir à ocasiões de pecado.


Sentir uma tentação é pecar?


Não. Só haverá pecado se nós consentirmos na tentação, ou seja, se nós aceitarmos o pecado que a tentação propõe. Mas já é pecado se nos expormos à tentação ou não a combatermos com fervor.


Para a minha vida: Na tentação direi: Nunca, Jamais! e rezarei: Senhor, ajudai-me!


A tristeza e o abatimento são os maiores aliados da fraqueza e do mal. Por isso sejam sempre alegres.


Os Santos nos ensinam:


“Quem não é tentado não é provado: quem não é provado não progride” (Sto. Agostinho).


“Quanto mais se luta, mais se demonstra o amor a Deus” (Sta. Tereza D’Ávila).


“Se nos deixarmos levar pela mão de Deus, venceremos o demônio: se combatermos sozinhos, seremos vencidos” (Sto. Agostinho).


O Pecado
Muitas vezes não damos ouvidos aos conselhos de Deus, mas consentimos na tentação. Pecamos contra Deus, Sua vontade e Sua ordem. Desobedecemos à Lei de Deus com consciência, querendo fazer o pecado.


O pecado pode ser mortal ou venial.


O Pecado Mortal – O pecado mortal é um pecado sobre matéria grave, onde desobedecemos os mandamentos de Deus ou da Igreja. Para ser mortal, deve haver matéria grave e vontade firme de pecar.


O que quer dizer matéria grave? Vamos dar um exemplo. Todos sabem que roubar é pecado. Se você rouba uma bala de um amigo da escola, a matéria do pecado é leve, é muito pouca coisa. Se você rouba um saco de balas ou a carteira de dinheiro, a matéria do pecado é grave.


O que quer dizer vontade firme? Dizemos também: ter pleno consentimento do pecado. Ou seja, você sabe perfeitamente que aquilo é pecado, você poderia recusar, mas você faz assim mesmo. Todas as vezes que fazemos algo contra os dez mandamentos da Lei de Deus e contra os cinco mandamentos da Igreja, em que há matéria grave e pleno consentimento, cometemos pecado mortal.


O pecado mortal é uma grave injúria que se faz a Deus. Com o pecado mortal o homem se rebela contra seu Criador e Senhor. Deste modo, ofende a Deus, Santidade infinita, e retribui com a mais vergonhosa ingratidão ao amor de seu bondoso Pai e de seu Redentor crucificado.


O pecado mortal é, ao mesmo tempo, uma terrível desgraça para o homem: rouba-lhe a vida da graça e a amizade de Deus: ele perde todos os méritos que já tinha ganho; passa a merecer a condenação eterna do inferno e os castigos temporais. Enquanto o pecador não se arrepender, estará morto para o Céu.


“É impossível que venha a cometer um pecado mortal o homem que reza com verdadeiro fervor e continuamente invoca a Deus“ (S. João Crisóstomo).


O Pecado Venial - É o pecado que não nos afasta inteiramente de Deus, mostra certa negligência do nosso amor e serviço de Deus, mas não chega a ser uma grave traição. Esses pecados podem ser perdoados sem a Confissão, bastando rezar um Ato de Contrição, pedir sinceramente perdão a Deus e não querer fazer mais aquilo. Deus perdoa assim o pecado venial. Eles não acarretam a morte eterna e o inferno, mas não deixa de ferir nossas almas e aumentar o tempo do Purgatório.
Comete-se pecado venial quando se peca em matéria menos grave, como por exemplo o que vimos do roubo de bala. Podemos cometer pecado venial também por falta de vontade firme de não pecar.


Por isso, a grande importância da Confissão freqüente. Mesmo que estejamos arrependidos de ter feito algo que consideramos errado, o melhor que temos a fazer é nos confessarmos. Na Confissão, o Padre poderá esclarecer todas as nossas dúvidas, e certamente ficaremos mais tranqüilos e felizes por recebermos a Santa Comunhão e vivermos em constante estado de graça.


Mas não é porque o pecado venial seja leve que podemos viver pecando assim. Todo pecado, mesmo venial, é uma ingratidão para com nosso Pai Celeste. Devemos nos esforçar para evitar também os pecados veniais. Além disso eles nos prejudicam, principalmente quando os cometemos deliberadamente. Perdemos por causa deles muitas graças e diminui em nós o amor de Deus e o gosto pelo Bem. E, depois, com a alma enfraquecida com muitos pecados veniais, logo virão pecados mortais. Como todo pecado, o pecado venial nos traz penas temporais que teremos de pagar ou com nossos sofrimentos aqui na Terra ou com muito sofrimento no Purgatório.


Para minha vida: Quando, na tentação, me vier um pensamento assim: ... afinal, isso não passa de um pecado venial, responderei a mim mesmo: o Divino Salvador na Cruz teve de sofrer também pelos pecados veniais.


O Sacramento da Confissão


1) A Instituição do Sacramento da Penitência
Na tarde do dia da Ressurreição, apareceu Jesus aos Apóstolos e lhes disse: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim envio-vos eu. Depois destas palavras soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo. A quem perdoares os pecados, lhes serão perdoados, e a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (Evangelho de São João, Cap. XX, 19-23).


Jesus Cristo, no seu amor, vem em auxílio do pecador por meio de um Sacramento especial. Durante sua vida terrena, perdoou aos pecadores arrependidos, e na Cruz expiou a culpa de toda a humanidade. No dia da sua Ressurreição, deu aos Apóstolos e aos seus sucessores no sacerdócio, o poder de perdoar os pecados em seu nome. Instituiu assim o Sacramento da Confissão ou Penitência e o confiou à sua Igreja.


2) Quando devemos nos Confessar
Devem receber o Sacramento da Penitência todos aqueles que cometeram algum pecado mortal depois do Batismo. Não há obrigação de confessar os pecados veniais, pois estes podem ser perdoados também de outros modos, como fazendo um Ato de Contrição perfeito, rezando devotamente um Confiteor, fazendo uma boa ação por amor a Deus. Mas é muito útil confessarmos também deles, pois na Confissão Jesus Cristo vem em nosso auxílio por meio de abundantes graças próprias deste Sacramento, por exemplo, forças especiais para não pecar novamente. É, pois, muito útil confessar regularmente, mesmo os pecados veniais.


Além de confessar os pecados mortais e os pecados veniais, a Confissão também serve para expor uma dúvida que esteja nos afligindo, para pedir um conselho ao Padre, para pedir uma explicação. Essas coisas podem ser ditas em outra hora, mas o confessionário ajuda a conversar sobre a vida espiritual e moral.


3) A Forma e a Matéria da Confissão


Jesus Cristo ordenou que no Sacramento da Confissão, os pecados fossem perdoados ou retidos, ou seja, não perdoados ou deixados para uma próxima Confissão. Cabe ao Padre julgar, como juiz que ele é, se há verdadeiro arrependimento. Como o Padre não pode adivinhar os nossos pecados, nós devemos confessá-los, ou seja, declará-los, dizê-los claramente, sem esconder nenhum deles. Os nossos pecados assim ditos diante do Padre constitui a matéria do Sacramento da Confissão.


Depois que confessamos, arrependidos, os nossos pecados, o Padre nos absolve com as palavras da forma do Sacramento: Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Vemos assim que é preciso três coisas principais neste Sacramento: a matéria (os pecados confessados), a forma (absolvição pelo Padre) e o arrependimento.


4) Os efeitos da Confissão


Quando o Sacerdote nos absolve, Jesus Cristo, nosso Redentor, nos perdoa todos nos nossos pecados. Nós, que estávamos afastados de Deus pelo pecado, somos reconciliados com o Pai Celeste, pelo perdão do pecado e da pena eterna. A Confissão nos restitui, nos devolve a graça santificante, a amizade de Deus, bem como os méritos que perdemos por causa do pecado. A Confissão nos traz muitas forças para não mais pecar.


A pena eterna nos é perdoada. O que isso quer dizer?


Quando cometemos um pecado mortal, ficamos sujeitos a dois tipos de castigo:


- a pena eterna, que é a condenação ao inferno, onde nunca se vê a Deus e onde se sente ódio de Deus, de si mesmo e de todos;


- a pena temporal, que é o sofrimento do fogo que queima as almas do inferno.


Quando nos arrependemos do pecado e recebemos a absolvição, somos imediatamente perdoados da pena eterna, ou seja, não vamos mais para o inferno. Mas continuamos sujeitos à pena temporal, ao fogo. Para pagar esta pena temporal e poder entrar no Céu perfeitamente puras, as almas passam pelo Purgatório. Lá elas sofrem muito, sofrem também no fogo, mas este sofrimento tem a consolação de se saber que em breve estarão no Céu, na Felicidade Eterna, vendo a Deus face a face e podendo amá-lo e adorá-lo eternamente. Mas as almas do Purgatório sofrem muito. Por isso devemos rezar muito por elas, pedindo a Deus, à Nossa Senhora, à São Miguel Arcanjo, que levem estas almas sofredoras para o Céu.


Mas Deus nos ajuda também para diminuir o tempo que devemos passar no Purgatório. Como?


Ele permite que nós tenhamos muitos sofrimentos aqui na Terra. Quando somos católicos e conhecemos todas estas coisas que estamos estudando, aprendemos a oferecer estes sofrimentos a Jesus, em vez de ficarmos reclamando e praguejando contra Deus.


Nossas orações também servem para diminuir nossa pena temporal. Por isso, na Confissão, o Padre nos dá a penitência. Esta oração, ou a obra que o Padre nos manda fazer (jejum, esmola, sacrifício) serve para diminuir nossa pena temporal. Por isso, em vez de desejarmos penitências pequenas e rápidas, devemos nos alegrar quando o Padre nos pede algo que devemos fazer com algum esforço, pois estaremos diminuindo mais a nossa pena temporal.

13 de novembro de 2010

Como elaborar um encontro de catequese

O encontro de catequese e sua dinâmica

Nestes últimos anos tem-se falado em Catequese Renovada e muitos pontos positivos contribuíram para que ela assim fosse chamada. Percebemos que algumas propostas da Catequese Renovada estão muito visíveis: o uso da Palavra de Deus, a importância de ligar a fé com a vida, perceber e respeitar as situações dos catequizandos tais (interesses, jeito de viver, idade, cultura...), a preocupação em fazer uma catequese mais comprometida com a comunidade, envolvimento da família, o uso de uma metodologia mais criativa, dinâmica...

O documento Catequese Renovada (26), escrito em 1983, nos faz propostas arrojadas e que ainda estamos por concretizar.
Para muitos catequistas, pais, agentes, padres... a catequese é ainda pensada:
• só para crianças;
• voltada para os sacramentos;
• para a celebração dos sacramentos que muitas vezes é uma formatura, portanto, depois disto é um adeus a todos os compromissos de fé e vida;
• os encontros de catequese são pensados como uma “aula escolar”;
• o encontro catequético é desligado da vida (problemas, exclusões, alegrias, lutas, meios de comunicação...).
A nossa preocupação é que se possa superar uma fé que apenas passa por um texto, ou doutrina, e que, com os nossos catequizandos, se possa fazer uma verdadeira experiência de Deus, vivenciada como processo e encarnada no dia-a-dia, na luta por mais justiça e acolhendo a vida como maior dom de Deus.

Diz o documento que a finalidade da catequese é a “maturidade da Fé, num compromisso pessoal e comunitário de libertação integral” (CR 318).
A maturidade da fé não se faz de um dia para o outro. Ela tem início na família, contínua na comunidade e acompanha a pessoa por toda a vida.
O princípio da interação: “Fé-Vida”
Existem muitos métodos, isto é, muitas maneiras para se chegar a alcançar objetivos.
A catequese usa o princípio metodológico da interação. Na vida de todo dia usamos interações que produzem efeitos benéficos. Veja, por exemplo, o fermento, a água e o trigo ajuntados, misturados, interados, são capazes de produzir um pão capaz de matar a fome.
Na catequese é preciso fazer interagir, isto é, misturar aquilo que é do campo de fé (Bíblia, tradição, liturgia, doutrina, ensinamentos da Igreja...) com tudo aquilo que é do campo da vida (acontecimentos, realidade, situações, aspirações, clamores, fatos alegres e tristes...).
“A interação é relacionamento mútuo e eficaz entre a experiência de vida e a formulação da fé, entre a vivência atual e o dado da Tradição” (CR 113). O conteúdo da catequese não é só doutrina, Bíblia, mas também a nossa vida.
Frei Bernardo dizia: O catequista precisa trazer numa mão o jornal e na outra a Palavra de Deus. Precisamos estar em contato com duas fontes: a Bíblia e a realidade humana.
Este método tem por finalidade educar para Ação-Reflexão, assim como fez Jesus, que se preocupou de educar seus discípulos para uma reflexão, partindo da vida (pobres, crianças, doentes, excluídos...).

Como trabalhar um encontro de catequese

Para melhor trabalhar o método de interação usa-se um pocedimento, ou melhor, um itinerário, que favorece o grande objetivo da catequese: “Para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10, 10).
Todo encontro parte da VIDA para chegar a mais VIDA com novos compromissos e novas atitudes...

O itinerário de um encontro, para muitos, é velho ou muito conhecido. Acontece, que existem muitos catequistas iniciantes e precisam estar seguros de como proceder ao realizar algum encontro.
Vejamos agora, parte por parte da dinâmica metodológica de um encontro:

ACOLHIDA, VER, JULGAR, CELEBRAR, AGIR, AVALIAR.


a) Acolhida: é a sala de visita do encontro. Pode ser expressa de muitas formas: gestos, cantos, símbolos, surpresas...
É importante que todo catequizando encontre sempre um ambiente acolhedor, fraterno amigo. Seja reconhecido na sua individualidade, chamando-o pelo nome.
Todo participante que se sente aceito e amado, participará com mais alegria e motivação.
b) Olhar a vida, ou ver a realidade, suscita a capacidade para a sensibilidade, consciência crítica, perceber com o coração e a inteligência aquilo que se passa ao redor.
Não é só olhar a realidade superficialmente, mas possibilitar o aprofundamento de fatos, causas, conseqüências do sistema social, econômico-político e cultural dos problemas.

O olhar a vida é o momento de ver o chão onde vivemos e de preparar o terreno da realidade para depois jogar a semente da Palavra de Deus.
A parte do ver pode ser concretizada através de desenhos, visitas, entrevistas, histórias e fatos contados, notícias, figuras, fitas de vídeo, dramatização...
c) Iluminar a vida com a Palavra (Julgar).
A partir da vida apresentamos a Palavra de Deus. Podemos compará-lo com a luz existente dentro de casa. Ela ilumina todo o ambiente isto é, nos mostra qual a vontade de Deus em relação à vida das pessoas, seus sonhos, necessidades, valores, esperanças...
Fazemos um confronto com as exigências da fé anunciadas por Jesus Cristo, diante da realidade refletida.
Dentro do julgar também colocamos o Aprofundamento da Palavra. Nesta parte aumentamos a luminosidade da casa para poder enxergar melhor.
É a hora que refletimos com o grupo para fazer uma ligação mais aprofundada da Palavra com a vida do dia-a-dia e perceber os apelos que Deus nos faz. Pode-se perguntar: O que a Palavra de Deus diz para a nossa vida? Sobre o que nos chama atenção? O que precisamos mudar? Que apelos a Palavra faz para mim e para nós?
O aprofundamento pode ser feito ainda com encenações, dinâmicas, cantos, símbolos...
d) Celebrar a Fé e a Vida. É um momento muito forte. É como se estivéssemos ao redor de uma mesa com um convidado especial.


O celebrar é como saborear em conjunto na alegria, ou no perdão, algo que nos alimenta porque nos dirigimos, nos aproximamos do convidado especial, que é Deus.
A celebração não deve ficar apenas na oração decorada. Os catequizandos aprenderão a conversar naturalmente com Deus como um amigo íntimo. É importante diversificar a oração usando símbolos, cantos, gestos, salmos, silêncio, frases bíblicas repetidas, relacionando sempre ao tema estudado e com a vida.
A partir das celebrações dos encontros é possível motivar os catequizandos na participação das celebrações, cultos, novenas, grupos de reflexão.
e) Assumir ações práticas. Todo encontro precisa conscientizar que ser cristão não é ficar de braços cruzados, e nem ficar passivo diante da realidade.
Trata-se de encontrar passos concretos de mudança das situações onde a dignidade é ferida, a partir de critérios cristãos.
O agir é transformador e comprometedor. Está ligado à vida e à Palavra de Deus que questionam e exigem a mudança nas pessoas, famílias, comunidade.
Cada catequista necessita provocar o seu grupo para ações práticas. É preciso respeitar cada faixa etária, mas não será impossível fazer algo concreto. Os compromissos podem ser discutidos e assumidos de forma individual ou grupal.
f) Recordar o encontro. Não se trata aqui da aplicação de exercícios para decorar conceitos. O recordar nos leva a ruminar o que foi refletido, aprofundado, trazendo à memória algo essencial para ser fixado. A memorização é necessária sobretudo para conteúdos básicos de nossa fé. Se for aplicada alguma atividade, que esta seja para desenvolver o espírito comunitário de fraternidade, partilha, amizade e ajuda mútua.
Pode-se também pedir a ajuda para a família, sobre questões práticas.
g) Guardar para vida. Este passo dá importância à Bíblia. Precisamos que nossos catequizandos tenham na vida e na fala a Palavra de Deus. A partir do assunto tratado no encontro, podemos usar uma ou duas frases, tiradas dos textos bíblicos usados que dão a síntese do conteúdo, para serem compreendidas e vivenciadas.




As frases poderão ser escritas em papelógrafo ilustradas com desenhos, ou figuras e fixadas em local para serem vistas e memorizadas.
h) Avaliar. A avaliação ajuda a alegrar-se com as descobertas feitas, pelo que aconteceu de bom. É ela também que faz verificar as falhas, corrigir o que não foi bom.
             Não podemos ficar somente no que o catequizando “aprendeu”, isto é, se sabe os mandamentos, sacramentos, mas é preciso avaliar as relações interpessoais, a responsabilidade, o comprometimento, o assumir os valores evangélicos como: diálogo, partilha, capacidade de perdoar, atitudes de fraternidade.
A avaliação é um passo precioso de crescimento. Ela faz parte de qualquer encontro.
São muitas as formas de avaliar. Pode-se utilizar dinâmicas, debates, partilha em grupo, individual, ou ainda, os próprios participantes escolhem alguém que no final do encontro poderá dar a sua opinião.
A grande fonte de avaliação é a observação atenta do que ocorre durante o processo catequético. Portanto, a avaliação não é só olhada dentro de quatro paredes, mas envolve a vida toda.
Parece simples preparar um encontro mas, como vemos, exige do(a) catequista dedicação, carinho e aprofundamento para tornar cada encontro, um espaço de crescimento mútuo.
Ao olharmos Jesus com seus apóstolos, veremos que seu método também tinha estes passos. É só verificar algumas passagens, como a dos discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35) ou ainda o encontro com a Samaritana (Jo 4, 1-30) ou Zaqueu (Lc 19, 1-10).
Qualquer ambiente era propício para acolher-ensinar-aprender-conviver. Para Ele a importância estava nas pessoas.


                                            
 
Não podemos ficar somente no que o catequizando “aprendeu”, isto é, se sabe os mandamentos, sacramentos, mas é preciso avaliar as relações interpessoais, a responsabilidade, o comprometimento, o assumir os valores evangélicos como: diálogo, partilha, capacidade de perdoar, atitudes de fraternidade.
A avaliação é um passo precioso de crescimento. Ela faz parte de qualquer encontro.
São muitas as formas de avaliar. Pode-se utilizar dinâmicas, debates, partilha em grupo, individual, ou ainda, os próprios participantes escolhem alguém que no final do encontro poderá dar a sua opinião.
A grande fonte de avaliação é a observação atenta do que ocorre durante o processo catequético. Portanto, a avaliação não é só olhada dentro de quatro paredes, mas envolve a vida toda.
Parece simples preparar um encontro mas, como vemos, exige do(a) catequista dedicação, carinho e aprofundamento para tornar cada encontro, um espaço de crescimento mútuo.
Ao olharmos Jesus com seus apóstolos, veremos que seu método também tinha estes passos. É só verificar algumas passagens, como a dos discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35) ou ainda o encontro com a Samaritana (Jo 4, 1-30) ou Zaqueu (Lc 19, 1-10).
Qualquer ambiente era propício para acolher-ensinar-aprender-conviver. Para Ele a importância estava nas pessoas.

Formação de Catequistas-- Cinco dicas para preparar a Reunião de Pais

Talvez o preconceito mais instalado na mentalidade dos catequistas seja a incompatibilidade entre pais e catequese.

Por si só, estes dois mundos parecem repelir-se.
 E sei que não é assim apenas aqui na minha comunidade, ou apenas na minha paróquia.
Mas com mais uma reunião de pais ‘à porta’, deixo as filosofias de parte, e partilho aqui alguns dos preparativos e planos que fiz.

1- Aviso de Recepção
«Se os conselhos fossem bons, vendiam-se.»

A boa comunicação parte de algumas bases, uma delas é ter alguma forma de verificar se a mensagem é recebida. Não se trata de ter papéis extensos para os pais assinarem, uma simples rúbrica num destacável e uma informação breve (local, hora e tema de reunião) basta.

Bem sei que os resultados são discutíveis, mas parece-me importante existir este cuidado. Isto nunca irá dispensar um telefonema aos pais, se assim o entenderes. O importante está em procurar ferramentas adequadas.


2- Escolher um tema.
Aqui poderiam estar também os tópicos de discussão. Mesmo que seja apenas para uma simples conversa de café, avisem. Às vezes, é apenas uma questão de cortesia, ainda assim convém não subestimar o poder destes pormenores.

Esta reunião de pais terá como tema “A identidade da criança cristã”. Confesso que poderia ser mais apelativo, algo mais publicitário, mas as ideias em discussão encontrar-se-ão à volta deste tema - como é o caso da necessidade do exemplo do adulto cristão para a formação da identidade da criança.


3- Ter um ponto de partida.
«O óbvio nem sempre é evidente.»
Tal como num encontro de catequese, o ponto de partida pode e deve provocar/evocar a experiência das pessoas. Para quê? Para promover “faísca” na reunião, independentemente se o fazes com um esquema (como o da imagem) ou um vídeo do youtube.

Neste caso, pretendo iniciar a discussão com uma revisão do contrato educativo: um wake up call ... ou ‘chamada à realidade’ para a catequese como resposta à vontade dos pais em procurar a comunidade, e não o contrário.


4- Pelo menos, uma dinâmica.Os pais precisam de ter voz activa na reunião.
«Eu disse, eu faço, eu sinto-me bem, eu sou importante.»
Só assim irão querer estar por inteiro e partilhar contigo as suas ideias, as suas experiências.
Desta vez escolhi uma dinâmica de foto-linguagem: através de imagens mais ou menos óbvias, os pais serão convidados a escolher uma e a explicar de que forma aquela imagem transmite uma das características marcantes dos seus filhos.

Para só então tentar perceber onde está a inspiração de Deus para eles, pois antes mesmo deles (pais) já Ele sonhava os seus filhos e preparava para eles uma caminhada de fé.


5- Algo mais
Compromisso ou simples síntese. Algo concreto deve ficar. Desafia os pais do teu grupo a estarem mais presentes, nem que seja só para irem à missa com os seus filhos ...pelo “exemplo” deles a criança irá crescer para se tornar no adulto cristão de amanhã

Formação de Catequista-- Preparar um encontro de catequese

Quem vai para o mar avia-se em terra! O que é verdade em tudo na vida e também na catequese. Uma catequese bem preparada é mais de metade do sucesso.


Uma história de amor que vem de longe

Recorda-te do sentido da tua missão como catequista. És mais do que um "professor" de catequese. És um enviado. És uma testemunha. És um apaixonado pela causa de Jesus e pelo Jesus da causa. Estás nisto porque já experimentastes que Jesus e a sua mensagem enchem a tua vida de sentido e de alegria. E por isso queres partilhar com outros esta "vida em abundância" que só Jesus dá.


O Equipamento

Pessoalmente ou com o grupo que faz catequese contigo preparas a catequese com o material necessário:


- O catecismo e o guia;
- A Bíblia;
- O catecismo da Igreja Católica (para aprofundar e tirar dúvidas).
- O mapa


Recorda os objetivos deste bloco. Recorda o que já se fez.

Recorda as dificuldades e os sucessos das catequeses anteriores.


Lê o guia. Detém-te nos objetivos propostos. O que Têm a ver com a vida dos catequizandos? O que têm a ver com a tua vida? Que aspectos da vida dos catequizandos podem ganhar outro sabor quando eles atingirem estes objetivos?

Lê e medita a introdução à catequese.


Estuda, medita e reza os textos propostos para o anúncio da palavra. Usa as notas e os comentários da tua edição da Bíblia.


Cativa a atenção dos participantes

Qual a proposta que o Guia faz para a experiência humana? Verifica se ela é adequada para a realidade dos teus catequizandos. Haveria uma outra forma mais eficaz de ajudar os catequizandos a atingir os objetivos? Quais os materiais necessários? Eles já estão disponíveis no Centro Paroquial? De quanto tempo prevês necessitar para estas atividades?


Lê as propostas do anúncio da Palavra: Verifica se a linguagem usada é acessível aos catequizandos do teu grupo. Como é feito o anúncio da Palavra? Recordas alguma forma mais criativa e atraente de ajudar o grupo a acolher essa Palavra como Boa Notícia? Quanto tempo vais usar?


Quais as propostas do Guia para a expressão de fé? No caso de haver uma proposta de oração, quais os recursos de que vais precisar? Não esqueças que alguns dos catequizandos podem (ainda) não ter hábitos pessoais de oração. Prepara uma boa ambientação para uma oração autêntica. De quanto tempo vais necessitar?


Soma os tempos necessários e verifica se não excedem o tempo habitualmente disponível para a catequese. No caso de exceder, revê alguma das actividades. É normal que não saibas quanto tempo vais usar numa determinada atividade. Com prática deste exercício vais ficando mais rigoroso(a).


Quem é mais ativo? Tu ou os catequizandos? Na catequese, não deves ser tu que explicas, que mostras ou que ensinas; devem ser eles a aprender, compreender, descobrir. Se isso não acontecer, revê a tua programação de modo a que os catequizandos sejam mais ativos.


A hora da verdade

Prepara os materiais necessários. No caso de ser necessário requisitar algum material ou alguma sala especial (auditório, capela...) ou adquirir algo, fala e reserva com tempo com o responsável do Centro Paroquial que é como tu sabes o Sr. Mascarenhas.


Até ao dia da catequese não te esqueças de ter presente os teus catequizandos na oração. Especialmente os mais "difíceis".

No dia da catequese chega ao Centro Paroquial com tempo. Não te esqueças dos materiais em casa! Arruma a sala(o espaço) e apronta tudo o que for necessário.

Reserva 20 minutos (pelo menos) antes da catequese para encontrar e saudar os catequizandos e os pais.
Assegura um bom acolhimento a todos!!!


A hora da verdade

Logo depois de te despedires dos catequizandos e das suas famílias, avalia a catequese. Verifica se agiste de acordo com o planificado.
 Assinala os acontecimentos e momentos mais intensos do encontro de catequese. No caso de ter havido falhas e problemas, aceita-os com humildade e fé.
Dá graças ao Senhor por mais este momento de anúncio do Evangelho e pede que Ele reforce o teu entusiasmo e criatividade.
Verifica a forma de participar de cada um dos catequizandos. Se algum faltou, tenta saber porquê. O que se pode fazer para que não continue a faltar? Elogiaste algum catequizando que esteja a dar um contributo mais positivo?



Formação Catequistas- Sete características do líder

Todos nós somos líderes. Bom ou ruim somos líderes. Vou falar das sete características de um líder. Pode ser líder na família, na Igreja, no país, mas ele tem sete características muito importantes.


A característica principal de um líder é a visão.
Ele sabe olhar, olha e descobre coisas novas, caminhos novos porque tem visão. Um líder se identifica pela sua visão. O líder que tem visão olha além dos outros, é capaz de descobri aquilo que os outros não descobrem. Ele tem como um telescópio para olhar longe aquilo que os outros não podem olhar. Enquanto muitos caminham com os olhos no chão, ele olha para o céu para descobrir novas estrelas. Ele sabe olhar o final do caminho, não fica parado para ver o que acontece. Sabe aproveitar tudo, também nos erros, e aprende com eles.


Quero falar de um líder que se chamava Saul, diz a Escritura que a estatura de Saul era maior que os demais, ele era capaz de olhar aquilo que os outros não olhavam. Os líderes são capazes de olhar aquilo que os outros não podem. Primeira característica do líder é olhar além.


Segunda característica de um líder: líder não olha para trás, olha para frente.
O líder é aquele que diz: “olha para frente”. O marinheiro quando deixa o mar não olha para trás, mas para frente. Não olha para o passado, mas para o futuro e sabe ver adiante. Se você caminha olhando para trás, você vai ter torcicolo. O grito do líder é sempre: “bola para frente”. Tem um otimismo para ver para frente.


Paulo de Tarso era um líder que sempre dizia: “bola para frente”. Não é a pessoa que te escraviza, você mesmo é quem se escraviza quando vive no passado e não vive o presente e nem vê o futuro.


Segunda característica do líder é aquele que sempre diz “bola para frente”. Diga isso para seus filhos, dê coragem para eles.


Terceira característica do líder: o líder dá boas notícias, é aquele que descobre e grita: “terra a vista”.
O líder não anuncia coisas ruins, anuncia boas novas. Terceira característica do líder anuncia boas novas. Por que temos essa visão negativa de estar sempre dizendo coisas ruins?


O líder acredita na visão e compartilha com os outros


Quarta característica do líder: o líder partilha sua visão com outros, contagia os outros com sua visão, acredita na sua visão, naquilo que ele pode sonhar.
A visão não é para você, mas para compartilhar com os outros. O líder acredita na visão e compartilha com os outros, não esconde a luz debaixo da mesa, compartilha a luz para que outros tenham a mesma visão. Esse é um passo importantíssimo, o líder faz os outros olhar de perto aquilo que ele olhou de longe.


Quinta característica do líder: o líder define um objetivo.
O objetivo deve ser um, se você tem dois objetivos, começa a se dividir. Os loucos são aqueles que têm muitos objetivos na vida. O líder é aquele que é capaz de definir um objetivo. Paulo de Tarso era um líder fantástico, pois definiu um único objetivo, evangelizar. Paulo tinha muito claro o objetivo de sua vida. Você tem claro um objetivo na sua vida? Fomos criados para sermos felizes, esse é o objetivo da vida cristã, ser feliz neste mundo e no outro. Se eu tenho claro esse objetivo eu não vou fazer nada para perder essa felicidade. Você é feliz fazendo feliz o outro.


Sexta característica do líder: o líder contagia, é aquele que tem fonte de energia positiva para os outros, ele dá coragem.
O líder sempre diz que é possível, ele dá coragem aos outros para caminhar por caminhos virgens, nas fronteiras. Você dá coragem para seus filhos fazer coisas novas? Ele não tira a coragem dos outros, ele dá coragem. Você dá coragem ou tira coragem dos outros?


Sétima característica do líder: o líder faz aterrissagem.
Não basta navegar é preciso saber atracar. Um líder é aquele que sabe fazer a estratégia para conseguir o objetivo, não basta ter um sonho, é necessário também fazer aterrissagem. Não basta dizer lá está o objetivo, mas um plano para alcançar esse objetivo.


Concluindo, líder é aquele que tem visão.
Sabe olhar à esquerda e à direita, descobre aquilo que os outros não vêem, ele olha além. Anuncia boas notícias. Partilha sua missão com os outros, define objetivos, ele contagia e sabe aterrissar.


"Quero ser Senhor um bom líder para meus filhos, dando coragem para eles, quero ser um bom líder em minha família, seguindo a Jesus meu único líder

Nossa Senhora das Graças ou Medalha Milagrosa

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é uma invocação especial pela qual é conhecida a Virgem Maria, também invocada com a mesma intenção sob o nome de Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças.

1- As aparições
2- A invocação à Virgem das Graças
2.1 Simbolismo da Medalha Milagrosa
3 Hino de Nossa Senhora das Graças
4 Ligações externas As aparições
Esta invocação está relacionada a duas aparições da Virgem a Santa Catarina Labouré, então uma noviça das Irmãs da Caridade em Paris, França, no século XIX.


A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, 19 de Julho, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite.


Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: "Irmã Labouré, vem à capela; Santa Maria te aguarda". Mas ela replicou: "Seremos descobertas!". A voz angélica respondeu: "Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... vem, estou à tua espera". Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continuou: "A santíssima Maria deseja falar-te". Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse:


"Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá". Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Guiada pelo anjinho, Catarina deixou a capela e voltou para sua cela.


Catarina continuou sua rotina junto das Irmãs da Caridade até o Advento. Em 27 de novembro de 1830, no final da tarde, Catarina dirigiu-se à capela com as outras irmãs para as orações vespertinas. Erguendo seus olhos para o altar, ela viu novamente a Virgem sobre um grande globo, segurando um globo menor onde estava inscrita a palavra "França". Ela explicou que o globo simbolizava todo o mundo, mas especialmente a França, e os tempos seriam duros para os pobres e para os refugiados das muitas guerras da época.


Então a visão modificou-se e Maria apareceu com os braços estendidos e dedos ornados por anéis que irradiavam luz e rodeada por uma frase que dizia: "Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Desta vez a Virgem deu instruções diretas: "Faz cunhar uma medalha onde apareça minha imagem como a vês agora. Todos os que a usarem receberão grandes graças". Catarina perguntou por que alguns anéis não irradiavam luz, e soube que era pelas graças que não eram pedidas. Então Maria voltou-lhe as costas e mostrou como deveria ser o desenho a ser impresso no verso da medalha. Catarina também perguntou como deveria proceder para que a ordem fosse cumprida. A Virgem disse que ela procurasse a ajuda de seu confessor, o padre Jean Marie Aladel.


De início o padre Jean não acreditou no que Catarina lhe contou, mas depois de dois anos de cuidadosa observação do proceder de Catarina ele finalmente dirigiu-se ao arcebispo, que ordenou a cunhagem de duas mil medalhas, ocorrida em 20 de junho de 1832. Desde então a devoção a esta medalha, sob a invocação de Santa Maria da Medalha Milagrosa, não cessou de crescer. Catarina nunca divulgou as aparições, salvo pouco antes da morte, autorizada pela própria Maria Imaculada.

8 de novembro de 2010

Catequese para Deficiente



A riqueza da pessoa deficiente desafia continuamente a Igreja e a sociedade e chama-as a abrirem-se ao mistério que ela apresenta. A pessoa deficiente é de pleno direito sujeito-destinatário de evangelização e de catequese. A deficiência não é um castigo, mas um lugar onde conhecer o ‘mistério da fé’ para viver em plenitude a vida quotidiana da Igreja e da sociedade. A pessoa deficiente: sujeito ativo e destinatário de evangelização e de catequese. “Cada batizado, em virtude do seu batismo, tem direito a de receber da Igreja o ensinamento e a formação que lhe permita atingir a verdadeira vida cristã” (CT 14). A humanidade, composta de homens e mulheres, sozinha é incerta sobre a sua origem, o seu caminho e o seu destino. Por isso, o Pai enviou o Seu Filho, encarnando-se por obra do Espírito Santo, para iluminar o homem no seu “mistério”, libertá-lo da escravidão do pecado, da violência e do domínio egoísta sobre os outros seres e sobre si mesmo. O Filho instituiu a Igreja, que, guiada pelo Espírito Santo, continua no tempo a obra de Jesus, revelador do Pai-Amor. Ela anuncia o mistério de Deus e o plano salvífico realizado em Jesus, a sua visão da altíssima vocação do homem, o estilo de vida evangélica que comunica a alegria do Reino, a esperança que a invade, o amor que sente pelo homem e por todas as criaturas de Deus e que concede a todos, através de uma catequese apropriada, os tesouros espirituais e humanos do rico patrimônio, confiado-lhe pelo Seu Senhor e Redentor: Sacramentos, Palavra de Deus, vida da Igreja. Fazendo isto, Ela mesma caminha para a plenitude e maturidade da fé: contemplar Deus “face a face” (1 Cor 13,12) no culto perfeito de Louvor e de Ação de Graças. A Igreja acolhe no seu seio as pessoas deficientes como dom de Deus, pela manifestação da sua gratuidade e do seu amor pela humanidade e reconhece a sua existência como lugar teológico onde Deus “opera maravilhas”.
Ela ajuda a superar a situação de isolamento e de rejeição da qual todos podem ser vítimas, com fazer descobrir a cada um, inclusive os deficientes, a dignidade inviolável de cada pessoa humana e os seus direitos: direito à vida, ao trabalho, à educação, à formação de uma família, à participação na vida pública, à liberdade religiosa. A Igreja tem consciência de que a pobreza religiosa e cultural, com a negação ou limitação dos direitos, agrava o sofrimento e a dor da condição de isolamento, empobrecendo a pessoa tanto ou mais do que a privação de bens temporais

PREPARAÇÃO PARA CATEQUISTAS



 A CATEQUESE FAZ HISTÓRIA NA HUMANIDADE

No novo testamento, o termo “catequese” significa dar uma instrução a respeito da fé. Em sua origem o termo se liga a um verbo que significa ”fazer ecoar” (Kat-ekhéo). A Catequese, de fato, tem por objetivo último fazer escutar e repercutir a palavra de Deus. (Catequese Renovada pág 18 nº 31)


A HISTÓRIA DA CATEQUESE


Catequese como iniciação à fé e vida na comunidade
Primeira fase: estende aproximadamente, do século I ao século V. No tempo dos Apóstolos, a vivência fraterna da comunidade, celebrada principalmente na Eucaristia maneira de representar e traduzir a mensagem do Cristo Ressuscitado (1Cor 11, 17-29). Havia uma admissão dos catecúmenos de três anos, que buscavam:


- Compreender melhor a fé

- Deixar de lado os costumes pagãos

- Realizar um tempo de conversão e santificação

Catequese como processo de imersão na cristandade

Segunda fase:

 Nesse período que vai mais ou menos do século V ao século XVI, a catequese já não consistia tanto numa iniciação à comunidade como se vê na primeira fase.
A sociedade se considerava animada pela religião cristã, que estabeleceu uma aliança entre o poder civil e o poder eclesiástico, tal fato denominou-se de cristandade.


Catequese como instrução

Terceira fase:

A partir do século XVI, a catequese passa a valorizar mais aprendizagem individual, na qual já não era tão marcante a ligação com a comunidade. Alguns fatores contribuíram para essa instrução tais como:


- A descoberta da Impressa

- A difusão das escolas

- A preocupação com uma maior clareza das formulações cristã.

Catequese como educação permanente para a comunhão e a participação na comunidade de fé

Quarta fase:
No século XX, a catequese faz redescobrir a importância fundamental da iniciação cristã e o lugar primordial que nela cabe a comunidade.


CATEQUESE, UM MISTÉRIO DE DEUS


De onde vem o chamado para ser Catequista?
Vamos ver de onde vem o chamado de Deus para o ministério de ser catequista:


Os que seguem Jesus e são batizados formam a Igreja.
Igreja – Convocação
(grego) – assembléia


É assim o povo de Deus que se reuni e esse povo tem uma missão:

“Ide, pois, ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do pai, do filho e do espírito santo”. (Mt 28,19)


Assim desde o inicio da Igreja existem os ministérios:
Ordenados – Bispos
Padres (presbíteros)
Diáconos


Bispo: Chefe da Igreja particular ou Diocese. É uma pessoa chave na Igreja, recebe o sacerdócio em plenitude e a ele são dados todos os ministérios.


Padre: Colaborador direto do Bispo na evangelização e na distribuição dos ministérios. Pode ser: Diocesanos e Religiosos.


Devem: Pregar o evangelho; presidir a eucaristia; exercer o ministério dos sacramentos a eles confiados; animar, coordenar e orientar a comunidade.


Diácono: do grego (diakonia) – serviço
Podem ser: Permanente – como ministério permanente ou Provisório em preparação para ser Padre.


Não ordenados – (Leigos) – toda a comunidade Igreja, todos aqueles que, recebendo o Batismo, resolvem assumir o seu papel na comunidade. Entre esses, nós, catequistas.


“A Igreja para cumprimento de sua missão, conta com a diversidade de ministérios. Ao lado dos ministérios hierárquicos, a Igreja reconhece o lugar dos ministérios desprovido de ordem sagrada. Portanto, também os leigos podem sentir-se chamados ou ser chamados a colaborar com os seus pastores a comunidade eclesial, para o crescimento e vida da mesma, exercendo ministérios diversos, conforme a graça e os carismas que o senhor aprouver conceder-lhes.”
(puebla 804)


CRISTO É O CENTRO DA CATEQUESE


No centro da catequese encontramos essencialmente a pessoa de Jesus de Nazaré, filho do Pai. Que morreu por nós e agora ressuscitado vive conosco para sempre (catecismo IC 426).


FINALIDADE DA CATEQUESE


Levar a comunhão com Jesus Cristo: só ele pode conduzir ao amor do Pai. Portanto aquele que é chamado a ensinar o Cristo deve conhecê-lo. É desse conhecimento de Cristo que jorra o desejo de anunciá-lo, de evangelizar e de levar outros ao “sim” da fé em Jesus (catecismo da IC 428 e 429).


QUEM É O CATEQUISTA?


O Catequista é antes de tudo alguém que escuta e atende o chamado de Deus (Mt, 9, 37-38). Ele é um mestre em doutrina religiosa, que enviado por Deus, vai despertar e cultivar a fé dos catequizados (catecúmenos).
O Catequista é alguém de muita vocação (Ef, 4,1. 2Ts, 1,11).


Virtudes do Catequista:


• Catequista é um mestre de oração (catecismo da IC. 2663).

• O Catequista é um mediador, que facilita a comunicação entre Deus e o Homem (diretório geral para catequese pág. 162, cap. 156).

• O Catequista é um intérprete da igreja junto aos catequizados (catequese renovada 26, pág 56).

• O Catequista é alguém que catequiza em nome de Deus e da comunidade profética. Em comunhão com os pastores da igreja (catequese renovada 26, pág 56 nº 146).

• O Catequista é testemunha ativa do evangelho em nome da igreja (diretório geral para catequese pág. 165)


A QUEM É DESTINADO A CATEQUESE?


É destinada a todo o homem, de modo particular os pobres e os menos favorecidos

(diretório geral para catequese pág. 172).




A todo batizado porque é chamado por Deus a maturidade da fé (diretório geral para catequese pág 175 nº 167)


A comunidade cristã é a origem, lugar e a meta da catequese (diretório geral para catequese pág. 251 nº 253).


A comunidade eclesial de base (diretório geral para catequese pág. 259 nº 263)


Aqueles que desconhecem ou recusam a Deus (Catecismo da IC. nº 49).


MISSÃO DO CATEQUISTA


A missão primordial da igreja é anunciar a Deus e testemunhá-la diante do mundo (diretório geral para catequese pág. 25 nº 23)


Anunciar o reino de Deus como o próprio Jesus o fez sendo enviado (diretório geral para catequese pág. 37 nº 34)


Transmitir aos catequizandos a viva experiência que ele tem dos evangelhos (diretório geral para catequese pág. 65 nº 66)


Conservar fielmente o evangelho a todos aqueles que decidiram seguir Jesus (diretório geral para catequese pág. 76 nº 78)


O Catequista dedica-se de modo específico ao serviço da palavra tornando-se porta-voz da experiência cristã de toda a comunidade (catequese renovada 26 pág. 55 nº 145)


A CATEQUESE É UM MINISTÉRIO, PORTANTO UM SERVIÇO


A Catequese é uma prioridade em toda a Igreja, “A Catequese é uma urgência. Só posso admirar os pastores zelosos que em suas Igrejas procuram responder concretamente a essa urgência, fazendo da catequese uma prioridade” (João Paulo II, encontro com os Bispos em Fortaleza 10/07/1980).


A Igreja precisa de catequistas, porém, catequistas conscientes com a missão de:

CATEQUIZAR, ENSINAR E EVANGELIZAR.


CARACTERÍSTICAS DE UM BOM CATEQUISTA


• Espiritualidade profunda – rezar e testemunhar o cristianismo, não perder nunca a intimidade com Deus.


• Integração na comunidade – Participar ativamente de toda a vida da Igreja. O catequista deve exercer o ministério de forma continuada e permanente.


• Senso crítico – ler, estudar, e analisar coerentemente os fatos da Igreja do mundo. A alienação é um mal que jamais deve tomar o catequista.


• Animação – saber ouvir e dialogar, buscar não mostrar dúvidas e insegurança, animar de tal forma o encontro de catequese, que leve o catequizando a um conhecimento gostoso da doutrina da Igreja.


• Qualidade humanas – didática, psicológicas, equilíbrio, carinho.


• Formação doutrinária – buscar conhecer a doutrina católica, estudar sobre seus diversos aspectos, através de leituras, cursos etc.


Ser catequista não é ser professor. Aulas são dadas na escola. Os encontros de catequese têm a preocupação de anunciar Jesus e levar o catequizando a uma aproximação maior com a Igreja.


Por ser considerado pelas crianças como modelo, o catequista deve dar testemunho daquilo que prega, de viver o que anuncia.
O essencial a um bom catequista é o AMOR, daí emana:
- Compreensão
- Carinho
- Dedicação
- Atenção
- Preparação
- Serviço


A CATEQUESE É UM PROCESSO PERMANENTE


A catequese não se restringe apenas à preparação para 1ª Eucaristia. Antigamente muitos pais, diante da preparação para 1ª Eucaristia queriam ver seus filhos o mais rápido possível fazendo ou recebendo a comunhão.


O catequista deve deixar bem claro que primeira comunhão não é um evento social, onde se desfilam as roupas bonitas, mas ninguém se preocupa em dar continuidade à vida da Igreja, da mesma forma os outros sacramentos, daí a importância das reuniões com os pais, movimentos paroquiais.


CATEQUISTA MESTRE EM ORAÇÃO


“O exemplo de Cristo orante: o Senhor Jesus, que passou pela terra fazendo o bem e anunciando a palavra, dedicou, sob o impulso do espírito santo, muitas horas a oração. O cristão, movido pelo espírito santo, há de fazer da oração motivo de sua vida diária e de seu trabalho. A Igreja que ora em seus membros une-se à oração de Cristo” (puebla 932).


Por isso durante toda a sua vida o catequista deve ser uma referência em oração, e o grande incentivador de seus catequizandos. O catequista tem esse dever de levar o catequizando a compreender a necessidade desse encontro pessoal com Deus na oração, quem não tem um contato diário com Deus na oração, não é capaz de compreender a própria missão que está no coração do pai, a oração nos leva à ação.


A oração deve ser:


Simples – porque Deus é simples, e se manifesta na simplicidade.


Sincera – nós devemos ver Deus como um amigo.


Cheia de amor – Deus é amor, daí é preciso estarmos também com a disposição para amar.


A CATEQUESE LEVA A BÍBLIA


A bíblia é o livro da catequese por excelência (catequese renovada 26, pág 58 nº 154). O catequista deve fazer uma catequese inteiramente baseada na bíblia, buscando na palavra de Deus a base do ensinamento do catequizando, o catequista tem a obrigação de ter um profundo conhecimento da sagrada escritura.


O CATEQUISTA E A EUCARISTIA


A celebração eucarística, centro da sacramentalidade da Igreja e presença mais plena de Cristo no meio da comunidade, é o centro e o ponto culminante de toda vida sacramental. (puebla 923)


A eucaristia está no centro da liturgia, e em redor dela todos os outros sacramentos, por isso o catequista tem que ser espelho de uma fidelidade constante ao corpo e sangue do senhor.


ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O CATEQUISTA


Ao iniciarmos uma caminhada catequética é necessário ter um momento para maior entrosamento entre os catequistas da comunidade. Para isso é necessário um encontro semanal para preparação dos encontros, partilha de idéias e experiências de trabalho. Também um encontro mensal, para se fazer uma avaliação das atividades desenvolvidas no referido mês, seguida de um momento de espiritualidade.


COMO FAZER UM ENCONTRO COM OS CATEQUIZANDOS


Ao prepararmos o Encontro de catequese, devemos nos preocupar com o catequizando: sua vida, suas expectativas.


QUANTO AO LOCAL DO ENCONTRO


• Deverá está em ordem, limpo e agradável. Os catequistas podem convidar os catequizandos para ajudar na arrumação.


• Utilizar cartazes, figuras sobre o tema em questão, enfeitar o ambiente para despertar nos catequizandos interesse pelo tema.


• A Bíblia deve ocupar lugar de destaque no local do encontro. Usar flores, toalhas e velas sempre que possível.


• Os catequizandos deverão sentar-se em círculo, para que todos possam ver a todos. Essa é uma maneira de discerni sobre sala de aula e sala de encontro de catequese.


QUANTO AO ACOLHIMENTO


• Para acolher bem os catequizandos o catequista deverá chegar um tempo antes do horário de inicio do encontro para receber a todos com igual atenção, sem demonstrar preferências.


• Ter um momento de diálogo com os catequizandos, questionando-os sobre o que fizeram durante a semana, como estão se sentindo, o que desejam receber na catequese. Não deve ser um relatório mais sim uma conversa espontânea.


• O ponto de vista do catequizando deve ser respeitado, e sua opinião ser ouvida com bastante atenção.


• O catequista deve dizer sempre a verdade. Se não souber responder a alguma pergunta, deverá se comprometer em procurar a resposta e trazer no próximo encontro.


• Não chamar a atenção dos catequizandos na frente de outras pessoas.


• Se o catequizando tiver algum problema, o catequista deve procurar ser amigo dele para ajudá-lo a superar suas dificuldades.


• Criar dinâmicas de acolhimento e no decorrer do encontro.


QUANTO À LINGUAGEM


• A linguagem deve ser clara, coerente e simples:


• Nunca falar em tom infantil, mas naturalmente, com firmeza e simplicidade;


• Ter atenção com determinadas palavras que costumamos usar: Catequese não é um curso, nem escola. Em vez de “aula” falar “encontro”. Não fazer “provas” nem dar “notas” nem castigos. Que o relacionamento não seja de “professor” e “aluno”.


• Essas coisas existem na escola, mas não na catequese, que é o encontro do catequizando com Jesus Cristo e com a comunidade.


QUANTO A ORGANIZAÇÃO


• O Catequista deve utilizar uma pasta com materiais para anotar os dados principais do catequizando: Idade, endereço, escolaridade etc.


• Anotar também a freqüência nos encontros.


• Fazer uma ficha individual de participação para assim acompanhar o catequizando.


ORAÇÃO DO CATEQUISTA:


Senhor, tu me chamaste a ser catequista na tua Igreja nesse imenso Brasil, na tua comunidade que também é minha. Tu me confiaste a missão de anunciar a tua palavra, de denunciar o pecado, de testemunhar, pela minha própria vida, os valores do evangelho. Recuo diante do teu chamado. É pesada, Senhor, a minha responsabilidade. Mas, se me escolhestes confio na tua graça. Caminharemos juntos, Senhor, tu, apoiando-me, iluminando-me; eu, colocando-me à tua disposição, à disposição da tua Igreja, preparando-me, atualizando-me sempre mais para servir melhor o teu povo. Faze-me teu instrumento para que venha o teu reino, reino de amor e paz, de fraternidade e justiça, reino, onde Deus será tudo em todos. Amém.


Fontes Bibliográficas consultadas: Catecismo da Igreja Católica 1993, Diretório geral para a catequese 1998, Catequese renovada nº 26 da CNBB 1983 e Preparação para catequistas (Gabriel Chalita) 2000 e Livro do Catequista Fé vida e Comunidade Editora Paulus 13ª Edição 1994

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