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30 de julho de 2010

Isaías

O profeta Isaías, teria vivido entre 740 a.C. e 681 a.C., durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, sendo contemporâneo à destruição de Samaria pela Assíria e à resistência de Jerusalém ao cerco das tropas de Senaqueribe que sitiou a cidade com um exército de 185 mil assírios em 701 a.C.


Isaías, cujo nome significa Iavé salva ou Iavé é salvalção exerceu o seu ministério no reino de Judá, tendo se casado com uma esposa conhecida como a profetisa que foi mãe de dois filhos: Sear-Jasube e Maer-Salal-Hás-Baz.


O capítulo 6 do livro informa sobre o chamado de Isaías para tornar-e profeta através de uma visão do trono de Deus no templo, acompanhado por serafins, em que um desses seres angelicais teria voado até ele trazendo brasas vivas do altar para purificar seus lábios a fim de purificá-lo de seu pecado. Então, depois disto, Isaías ouve uma voz de Deus determinando que levasse ao povo sua mensagem.


Focando em Jerusalém, a profecia de Isaías, em sua primeira metade, transmite mensagens de punição e juízo para os pecados de Israel, Judá e das nações vizinhas, tratando de alguns eventos ocorridos durante o reinado de Ezequias, o que se verifica até o final do capítulo 39.


A outra metade do livro (do capítulo 40 ao final) contém palavras de perdão, conforto e esperança.


Pode-se afirmar que Isaías é o profeta quem mais fala sobre a vinda do Messias, descrevendo-o ao mesmo tempo como um servo sofredor que morreria pelos pecados da humanidade e como um príncipe soberano que governará com justiça. Por isso, um dos capítulos mais marcantes do livro seria o de número 53 que menciona o martírio que aguardava o Messias:


"Mas ele foi ferido pelas nossas ,transgressões e moído pelas nosas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados". (Is 53:5)


De acordo com a tradição judaica, Isaías teria sido morto serrado ao meio na época do rei Manassés.



-  Controvérsias sobre a autoria do livro e sobre sua unidade2 A questão em torno de Isaías 40:223 Ver também4 Notas e referências5 Ligações externas
-  Controvérsias sobre a autoria do livro e sobre sua unidade
De acordo com a teoria da crítica bíblica moderna, foram dois Isaías que escreveram o livro.
O Proto-Isaías escreveu os capítulos 1 a 39 do livro de Isaías. Ele admoestava Israel pelas convulsões sociais e pela sua política externa, pronunciou-se contra a ameaça dos Assírios e foi o primeiro a mencionar a espera de um Messias. De acordo com alguns teólogos, os capítulos 24 a 27 e 33 a 39 contêm dados adicionais posteriores.


Os capítulos 40-55 do livro de Isaías foram escritos por um profeta anônimo. A este anónimo costuma chamar-se de Dêutero-Isaías, para o distinguir do primeiro. Ele viveu por volta de 550-539 a.C. e deu a sua consolação ao povo israelita que tinha sido feito prisioneiro e enviado para a Captividade Babilónica. Falava também num vassalo de Deus que iria trazer o povo de regresso a Israel.


Os capítulos 55-66 do livro de Isaías são tidos por alguns pesquisadores modernos como acréscimos posteriores ao Dêutero-Isaías, que por volta de 1900, acreditou-se ser um terceiro autor (um terceiro Isaías), mas que, de acordo com a teoria, podem ter sido vários.


Porém, a teoria de um único Isaías é aceita pelos fundamentalistas, que encontram termos em comum nos três livros e consideram tais termos como prova de veracidade. Não aceitam imaginar que antes da invenção da escrita, os livros eram reproduzidos por copistas, e que eles os traduziam. Ora, se uma só pessoa cópia e traduz um texto, é natural que no fim ela consiga dar coerência aos textos.


Mesmo com pesadas críticas, a posição tradicional entre os estudiosos é que o livro de Isaías foi escrito por uma única pessoa entre 740 a 681 a.C.pelos seguintes motivos:


- - - Nos capítulos nas duas seções existem palavras que atestam sua unidade, como:
- -


"o Santo de Israel".-


"...as vossas mãos estão cheias de sangue." (1:15; 59:3)-


"...será a coroa de glória e o formoso diadema para os restantes de seu povo." (28:5; 62:3)-


"...pois águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo."(35:6; 41:18)

- - - As mudanças no tema acontecem para preparar o leitor e fazer com que o mesmo entenda a mensagem. Norman Geisler explica:


- - “Os capítulos 1 a 39 preparam o leitor para as profecias contidas nos capítulos 40 a 66. Sem esses capítulos preparatórios, a última seção do livro não faria muito sentido.


- Os fundamentalistas acreditam que os capítulos 1 a 35 advertem quanto à ameaça de destruição do povo de Deus representada pela Assíria. Os capítulos 36 a 39 constituem uma transição da seção anterior para os capítulos 44 a 66, antevendo a invasão de Senaqueribe (capítulos 36-37) e contemplando o declínio espiritual do passado, que veio causar a queda de Jerusalém (capítulos 38-39). Esses quatro capítulos intermediários não se acham em ordem cronológica porque o autor faz uso deles a fim de preparar o leitor para o que segue.[...]


- - Nenhum autor escreve seguindo exatamente um mesmo estilo nem empregando precisamente o mesmo vocabulário(a não ser os copistas e tradutores), quando aborda diferentes assuntos. Entretanto, certas frases são encontradas nas duas seções, o que atesta a unidade do livro. Por exemplo, o título “o Santo de Israel”é encontrado doze vezes nos capítulos 1 a 39 e quatorze vezes nos capítulos 40 a 66. [...] os papiros do mar morto incluem uma cópia completa do livro de Isaias, e não há interrupção alguma entre os capítulos 39 e 40. Isso significa que a comunidade de Qumran aceitava a profecia de Isaias como sendo um único livro, no século II a.C. A versão grega da Bíblia Hebraica, que também data do século II a.C., considera o livro de Isaias como um único livro, escrito por um único autor, o profeta Isaias” [1]. Mas estas referências não provam nada.


- - - Os judeus, aos quais acreditam ser precisos quanto ao registro histórico, sempre atribuiram a uma única pessoa. A alegação é de que houvesse mais de um autor para o livro de Isaías eles fariam da mesma forma que está nos Salmos e nos Provérbios, por exemplo.


- - - A crença de que o livro foi escrito por um profeta de fato, parte do pressuposto de que os Judeus são mesmo o Povo Escolhido de Deus, e que a eles está prometida a salvação.


A questão em torno de Isaías 40:22

Uma das passagens bíblicas que talvez tenham gerado mais controvérsias e problemas na História, atingindo crucialmente a questão do helicentrismo versus teocentrismo, é a passagem de Isaías 40:22.


Nesta passagem, algumas das traduções (inclusive as que estavam em vigor no tempo da Idade Média) era o de traduzir a palavra hebraica hhug por "círculo". Tal passagem acabou por gerar a interpretação de que a Terra teria a forma de um prato, ou um disco - a Versão Católica ainda traduz o termo como "disco"[2], o que acabou por ser um dos motivos da oposição às viagens de Colombo quando este almejou encontrar as Índias contornando a Terra.


No entanto, de acordo com o livro de B. Davidson "A Concordance of the Hebrew and Chaldee Scriptures" (Concordância das Escrituras Hebraicas e Caldéias), a mesma palavra pode ainda ser traduzida por "esfera". Sob uma análise científica, tais termos levaram muitos a crer que esta passagem da Bíblia é uma amostra de sua falsidade, uma vez que hoje é tido como verdade científica comprovada que a Terra não é nem um prato, nem uma esfera, mas de formato geoide. No entanto, apesar de este fato científico anular a interpretação de que a superfície da terra é uma esfera ou círculo, não anula o termo por completo quando muda-se o plano de referência, tomando a observação no espaço sideral comotal. Isto porque, quando vista do espaço, a Terra possui um desenho circular devido à atmosfera, e, se fosse considerar o formato completo, também pode ser observada como esfera.

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