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29 de abril de 2010



História do Catecismo da Igreja Católica

A palavra "catecismo" origina-se do termo grego katecheo que significa informar, instruir e ensinar. Aparece, na bíblia, na Carta aos Gálatas 6.6, a palavra "catequizando" significando aquele que está sendo instruído na palavra de Deus. Assim, em Lucas 1.4, se diz que Teófilo "foi catequizado".

O Catecismo da Igreja Católica é uma exposição da fé católica e da doutrina da Igreja Católica, fiel e iluminado pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja.
Trata-se de um texto de referência, seguro e autêntico, para o ensino

da doutrina católica, com o qual pode-se conhecer o que a Igreja professa e celebra, vive e reza em seu cotidiano.

Ele foi organizado de maneira a expor em linguagem contemporânea os elementos fundamentais e essenciais da fé cristã. Neste livro encontram-se orientações para o católico comprometido com sua fé. É também oferecido a todo homem que deseja perguntar à Igreja e conhecer o que a Igreja crê.


O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, que foi publicado em 2005, é uma versão concisa, em forma de perguntas e respostas, do Catecismo. O texto está disponível em nove línguas, no website do Vaticano, o qual também possui o texto do Catecismo em seis línguas


O Catecismo da Igreja Católica (CIC) surgiu após a Assembléia Extraordinária do Sínodo dos Bispos em comemoração do vigésimo ano de encerramento do Concílio Vaticano II, em 25 de janeiro de 1985.



Na ocasião surgiu no coração dos Padres sinodais o desejo de um Catecismo ou compêndio que abordasse a doutrina católica de forma geral, servindo de referência para os catecismo ou compêndios a serem preparados em diversos lugares do mundo.


Após o Sínodo, o papa João Paulo II assumiu para si este desejo e deu início ao trabalho de formulação do CIC, entregando-o à população no dia 11 de outubro de 1992, resultado do trabalho que demorou seis anos.
O papa João Paulo II confiou ao Cardeal Joseph Ratzinger em 1986 a responsabilidade de presidir uma Comissão composta por doze cardeais e bispos para preparar um projeto para o catecismo. Esta equipe contou com o apoio de uma Comissão de redação, formada por sete bispos diocesanos peritos em teologia e catequese.


A Comissão deu diretrizes ao desenvolvimento do trabalho, cuja redação suscedeu nove composições. Por outro lado, a Comissão de redação escreveu o texto e inseriu neles as modificações pedidas pela Comissão e examinou as observações de numerosos teólogos, exegetas e catequistas e bispos do mundo inteiro, a fim de melhorar o texto

Santo Sudário


27 de abril de 2010

APOCALIPSE


O livro do Apocalipse (chamado também Apocalipse de São João, pelos católicos e ortodoxos, e Apocalipse de João, pelos protestantes, ou ainda Revelação a João) é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico.
A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις (termo primeiramente usado por F. Lücke) (1832) significa, em grego, "Revelação". Um "apocalipse", na terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de "apocalipse" aos relatos escritos dessas revelações.
Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua portuguesa se usar o título Apocalipse e não Revelação, até o significado da palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo (errôneo) de "fim do mundo".
Para os cristãos, o livro possui a pré-visão dos últimos acontecimentos antes, durante e após o retorno do Messias de Deus. Alguns Protestantes e Católicos entendem que os acontecimentos previstos no livro já teriam começado.
A literatura apocalíptica tem uma importância considerável na história da tradição judaico-cristã-islâmica, ao veicular crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juízo Final, o céu, o inferno e outras que são ali referidas de forma mais ou menos explícita.[1]
Algumas pessoas defendem que o facto de várias civilizações no mundo terem apresentado narrações apocalípticas sugere que estas têm uma origem comum e ancestral (supostamente revelada ao homem por um ser dotado de inteligência superior, entre outras teorias) que foi sendo deturpada pela transmissão oral. Esta visão assume, por vezes, um carácter ecológico, ao propor que a mensagem do apocalipse se refere à capacidade que o homem civilizado tem para destruir o mundo.
Exegetas católicos e protestantes atribuem a sua autoria a João, o mesmo autor do Evangelho Segundo João, conforme o descrito no próprio livro:

Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodiceia.

— (Apocalipse 1:9–11[2]})
Entretanto, correntes há que acreditam que o João mencionado aqui (referido como "João de Patmos") é um outro indivíduo, diferente do apóstolo João.
REVELAÇÃO de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo; O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
— Apocalipse 1:1-3[2]

A maior parte do livro é escrita em linguagem simbólica, e, por isso, dá margem a diversas interpretações pelos diversos segmentos cristãos.
Entre outros fatos que teriam sido profetizados na obra, há atualmente 2 interpretações dominantes, entre outras:
1) A teologia Amilenista (vide Amilenismo) (significando que o Milênio não é literal, A=não) traz em seu bojo a interpretação não-literal, em que as imagens que aparecem no livro significam algo, e, por isso, entende que o Milênio não será formado de mil anos literais, mas um período de tempo indeterminado (3 anos e meio, um tempo, dois tempos e metade de um tempo, 42 meses e 1265 dias são sinônimos e representam inexatidão de tempo). Neste tempo inexato, os povos serão chamados para servir a Cristo e os que o seguirem são marcados para salvação. Assim, já estamos no Milênio e, a Grande Tribulação ainda está por vir, apesar de os salvos já viverem a tribulação dentro de um mundo corrupto e mal. A Grande Tribulação está sendo implantada à medida que a era da pregação do evangelho (Milênio) termina. Ao final do Milênio aparecerá o Anticristo (que trará a Grande Tribulação) e será eliminado pela Palavra do Senhor, isto é, Jesus Cristo. O fim é descrito com o aprisionamento definitivo da besta, do falso profeta, de Satanás e de seus demônios no Lago de Fogo e enxofre. Segue-se a isso o Juízo Final e o destino eterno dos salvos, a Nova Jerusalém.
2) A teologia pré-milenista (significando que Jesus viria antes do Milênio, pré = antes, primeiro), traz em seu bojo a interpretação literal das imagens/figuras e, por este modo, entende que os sete anos da grande tribulação, onde após o arrebatamento da igreja, a Terra passaria por três anos e meio de paz (com o reinado do Anti-Cristo - que perseguiria os cristãos que não tivessem a marca da besta (ver abaixo), a qual possibilitaria livre comércio entre as pessoas. Tal marca, diz o profeta, seria posta na testa ou na mão das pessoas e haveria três anos e meio de grande aflição. Após esse período, ocorreria o início do Milênio (onde a igreja reinaria com Cristo na Terra). Terminado o Milênio, daria-se início o Juízo final, onde o Messias reinaria definitivamente, lançando Satanás e seus anjos (demônios) no lago de fogo.
Neste livro o autor discorre sobre as consequências do acatamento ou não dos apelos do Novo Testamento ("voltem-se a Deus", "arrependam-se de seus pecados") dividindo então os santos (aqueles que se converteram a Deus, por meio da fé em Jesus Cristo) e os que se negaram a viver com ele.
Existem basicamente dois estudos da interpretação do livro apocalíptico:
Linguagem simbólica
No entendimento simbólico dizem basicamente que se referem às perseguições que os cristãos sofreram dos romanos e sofreriam ao longo da história. Segundo este entendimento, João utilizava-se de simbologia para detalhar o sofrimento que estavam passando, e utilizava-se desse meio para falar com outros cristãos e dificultar assim o entendimento por parte de seus opressores.
Linguagem profética
Na profética, segundo uma teologia comum das igrejas protestantes, João teria recebido visões através de Jesus Cristo por meio de um anjo, que mostrou-lhe o que aconteceria durante o período da presente dispensação (até o fim do mundo), dentre estes acontecimentos está o mais famoso que é o Juízo Final, que seria o resultado (eterno) do acatamento ou não dos apelos do Novo Testamento que são:
1. Voltar-se a Deus.
2. Arrependimento dos pecados.
3. Aceitação de Jesus Cristo como Messias.
4. Batismo nas águas.
Dividindo então a humanidade entre os santos (aqueles que aceitaram) e os pecadores que se negaram a ouvir os apelos e mudar de atitude.
Segundo a visão profética, o "Juízo Final" trará o céu eterno para os santos e o inferno eterno para os pecadores.
Ainda segundo o entendimento profético do livro, temos os seguintes principais tópicos abordados:
1. Carta as igrejas.
2. Princípio das dores (pequenas catástrofes).
3. Abertura dos selos.
4. Anjos derramam taças sobre a Terra, que significa a ira de Deus em 7 etapas (Cavaleiros do Apocalipse, Fome, Pestes, Terremotos, Maremotos, Aquecimento Global etc.).
5. Governo do Anticristo por 7 anos, (Sinal da Besta, Paz, Guerras).
6. Volta de Jesus Cristo e da igreja a Terra.
7. Governo Milenar de Jesus Cristo.
8. Juízo Final
9. Novo céu e nova terra
O sinal ou marca da besta é alvo de diversas interpretações. Existem aqueles que dizem que o sinal será literalmente posto na mão direita ou na testa, e acusam o Verichipde ser esse sinal. Outros preferem uma visão mais simbólica e interpretam que o sinal da besta na mão direita ou na testa significaria respectivamente atitudes e pensamentos segundo as intenções da besta, e contrários a Deus. Um exemplo de tal interpretação têm os adventistas, que crêem que se pode identificar o sinal da Besta identificando qual o sinal contrário, isto é, o "sinal de Deus", que eles crêem ser a observância do sábado. Porém correntes atuais, ponderam que o sinal da Besta nada mais é que algo compreensível, que quem recebê-lo saberá exatamente o que está fazendo, pois a expressão "é número de homem", remete a algo comum, notório a todos, pois até mesmo pessoas iletradas reconhecem números com facilidade, ao contrário da corrente que há alguns anos acusava o código de barras e agora o Verichip. Existe também a possibilidade de ser um número bem no centro da testa escrito 666 (seiscentos e sessenta e seis).

O Livro como símbolo iniciático
As tradições esotéricas e místicas, como Gnose, Rosacrucianismo, Maçonaria, trabalham, desde o tempo em que o livro foi escrito, a ideia de que O Apocalipse conta com linguagem simbólica, que aponta para processos de transformação através dos quais o homem tem que passar para atingir a plenitude de seu Ser, e a plena União com o Divino. Na Maçonaria, há graus de transmissão de conhecimento iniciático ligados com o simbolismo apocalíptico na maioria dos ritos. No R.E.A.A., os graus 17, o 19 e o 22 são a ele dedicados.
APOCALIPSE


O livro do Apocalipse (chamado também Apocalipse de São João, pelos católicos e ortodoxos, e Apocalipse de João, pelos protestantes, ou ainda Revelação a João) é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico.
A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις (termo primeiramente usado por F. Lücke) (1832) significa, em grego, "Revelação". Um "apocalipse", na terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de "apocalipse" aos relatos escritos dessas revelações.
Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua portuguesa se usar o título Apocalipse e não Revelação, até o significado da palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo (errôneo) de "fim do mundo".
Para os cristãos, o livro possui a pré-visão dos últimos acontecimentos antes, durante e após o retorno do Messias de Deus. Alguns Protestantes e Católicos entendem que os acontecimentos previstos no livro já teriam começado.
A literatura apocalíptica tem uma importância considerável na história da tradição judaico-cristã-islâmica, ao veicular crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juízo Final, o céu, o inferno e outras que são ali referidas de forma mais ou menos explícita.[1]
Algumas pessoas defendem que o facto de várias civilizações no mundo terem apresentado narrações apocalípticas sugere que estas têm uma origem comum e ancestral (supostamente revelada ao homem por um ser dotado de inteligência superior, entre outras teorias) que foi sendo deturpada pela transmissão oral. Esta visão assume, por vezes, um carácter ecológico, ao propor que a mensagem do apocalipse se refere à capacidade que o homem civilizado tem para destruir o mundo.
Exegetas católicos e protestantes atribuem a sua autoria a João, o mesmo autor do Evangelho Segundo João, conforme o descrito no próprio livro:

Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodiceia.

— (Apocalipse 1:9–11[2]})
Entretanto, correntes há que acreditam que o João mencionado aqui (referido como "João de Patmos") é um outro indivíduo, diferente do apóstolo João.
REVELAÇÃO de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo; O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
— Apocalipse 1:1-3[2]

A maior parte do livro é escrita em linguagem simbólica, e, por isso, dá margem a diversas interpretações pelos diversos segmentos cristãos.
Entre outros fatos que teriam sido profetizados na obra, há atualmente 2 interpretações dominantes, entre outras:
1) A teologia Amilenista (vide Amilenismo) (significando que o Milênio não é literal, A=não) traz em seu bojo a interpretação não-literal, em que as imagens que aparecem no livro significam algo, e, por isso, entende que o Milênio não será formado de mil anos literais, mas um período de tempo indeterminado (3 anos e meio, um tempo, dois tempos e metade de um tempo, 42 meses e 1265 dias são sinônimos e representam inexatidão de tempo). Neste tempo inexato, os povos serão chamados para servir a Cristo e os que o seguirem são marcados para salvação. Assim, já estamos no Milênio e, a Grande Tribulação ainda está por vir, apesar de os salvos já viverem a tribulação dentro de um mundo corrupto e mal. A Grande Tribulação está sendo implantada à medida que a era da pregação do evangelho (Milênio) termina. Ao final do Milênio aparecerá o Anticristo (que trará a Grande Tribulação) e será eliminado pela Palavra do Senhor, isto é, Jesus Cristo. O fim é descrito com o aprisionamento definitivo da besta, do falso profeta, de Satanás e de seus demônios no Lago de Fogo e enxofre. Segue-se a isso o Juízo Final e o destino eterno dos salvos, a Nova Jerusalém.
2) A teologia pré-milenista (significando que Jesus viria antes do Milênio, pré = antes, primeiro), traz em seu bojo a interpretação literal das imagens/figuras e, por este modo, entende que os sete anos da grande tribulação, onde após o arrebatamento da igreja, a Terra passaria por três anos e meio de paz (com o reinado do Anti-Cristo - que perseguiria os cristãos que não tivessem a marca da besta (ver abaixo), a qual possibilitaria livre comércio entre as pessoas. Tal marca, diz o profeta, seria posta na testa ou na mão das pessoas e haveria três anos e meio de grande aflição. Após esse período, ocorreria o início do Milênio (onde a igreja reinaria com Cristo na Terra). Terminado o Milênio, daria-se início o Juízo final, onde o Messias reinaria definitivamente, lançando Satanás e seus anjos (demônios) no lago de fogo.
Neste livro o autor discorre sobre as consequências do acatamento ou não dos apelos do Novo Testamento ("voltem-se a Deus", "arrependam-se de seus pecados") dividindo então os santos (aqueles que se converteram a Deus, por meio da fé em Jesus Cristo) e os que se negaram a viver com ele.
Existem basicamente dois estudos da interpretação do livro apocalíptico:
Linguagem simbólica
No entendimento simbólico dizem basicamente que se referem às perseguições que os cristãos sofreram dos romanos e sofreriam ao longo da história. Segundo este entendimento, João utilizava-se de simbologia para detalhar o sofrimento que estavam passando, e utilizava-se desse meio para falar com outros cristãos e dificultar assim o entendimento por parte de seus opressores.
Linguagem profética
Na profética, segundo uma teologia comum das igrejas protestantes, João teria recebido visões através de Jesus Cristo por meio de um anjo, que mostrou-lhe o que aconteceria durante o período da presente dispensação (até o fim do mundo), dentre estes acontecimentos está o mais famoso que é o Juízo Final, que seria o resultado (eterno) do acatamento ou não dos apelos do Novo Testamento que são:
1. Voltar-se a Deus.
2. Arrependimento dos pecados.
3. Aceitação de Jesus Cristo como Messias.
4. Batismo nas águas.
Dividindo então a humanidade entre os santos (aqueles que aceitaram) e os pecadores que se negaram a ouvir os apelos e mudar de atitude.
Segundo a visão profética, o "Juízo Final" trará o céu eterno para os santos e o inferno eterno para os pecadores.
Ainda segundo o entendimento profético do livro, temos os seguintes principais tópicos abordados:
1. Carta as igrejas.
2. Princípio das dores (pequenas catástrofes).
3. Abertura dos selos.
4. Anjos derramam taças sobre a Terra, que significa a ira de Deus em 7 etapas (Cavaleiros do Apocalipse, Fome, Pestes, Terremotos, Maremotos, Aquecimento Global etc.).
5. Governo do Anticristo por 7 anos, (Sinal da Besta, Paz, Guerras).
6. Volta de Jesus Cristo e da igreja a Terra.
7. Governo Milenar de Jesus Cristo.
8. Juízo Final
9. Novo céu e nova terra
O sinal ou marca da besta é alvo de diversas interpretações. Existem aqueles que dizem que o sinal será literalmente posto na mão direita ou na testa, e acusam o Verichipde ser esse sinal. Outros preferem uma visão mais simbólica e interpretam que o sinal da besta na mão direita ou na testa significaria respectivamente atitudes e pensamentos segundo as intenções da besta, e contrários a Deus. Um exemplo de tal interpretação têm os adventistas, que crêem que se pode identificar o sinal da Besta identificando qual o sinal contrário, isto é, o "sinal de Deus", que eles crêem ser a observância do sábado. Porém correntes atuais, ponderam que o sinal da Besta nada mais é que algo compreensível, que quem recebê-lo saberá exatamente o que está fazendo, pois a expressão "é número de homem", remete a algo comum, notório a todos, pois até mesmo pessoas iletradas reconhecem números com facilidade, ao contrário da corrente que há alguns anos acusava o código de barras e agora o Verichip. Existe também a possibilidade de ser um número bem no centro da testa escrito 666 (seiscentos e sessenta e seis).

O Livro como símbolo iniciático
As tradições esotéricas e místicas, como Gnose, Rosacrucianismo, Maçonaria, trabalham, desde o tempo em que o livro foi escrito, a ideia de que O Apocalipse conta com linguagem simbólica, que aponta para processos de transformação através dos quais o homem tem que passar para atingir a plenitude de seu Ser, e a plena União com o Divino. Na Maçonaria, há graus de transmissão de conhecimento iniciático ligados com o simbolismo apocalíptico na maioria dos ritos. No R.E.A.A., os graus 17, o 19 e o 22 são a ele dedicados.

25 de abril de 2010

NOSSA SENHORA DE LOURDES





História:

Em 11 de fevereiro de 1858, na vila francesa de Lourdes, às margens do rio Gave, Nossa Mãe, Santa Maria manifestou de maneira direta e próxima seu profundo amor para conosco, aparecendo-se a uma menina de 14 anos, chamada Bernadete (Bernardita) Soubirous.
A história da aparição começa quando Bernadete, que nasceu em 7 de janeiro de 1844, saiu, junto com duas amigas, em busca de lenha na Pedra de Masabielle. Para isso, tinha que atravessar um pequeno rio, mas como Bernadete sofria de asma, não podia entrar na água fria, e as águas daquele riacho estavam muitas geladas. Por isso ela ficou de um lado do rio, enquanto as duas companheiras iam buscar a lenha.

Foi nesse momento, que Bernadete experimenta o encontro com Nossa Mãe, experiência que marcaria sua vida, “senti um forte vento que me obrigou a levantar a cabeça. Voltei a olhar e vi que os ramos de espinhos que rodeavam a gruta da pedra de Masabielle estavam se mexendo. Nesse momento apareceu na gruta uma belíssima Senhora, tão formosa, que ao vê-la uma vez, dá vontade de morrer, tal o desejo de voltar a vê-la”.

“Ela vinha toda vestida de branco, com um cinto azul, um rosário entre seus dedos e uma rosa dourada em cada pé. Saudou-me inclinando a cabeça. Eu, achando que estava sonhando, esfreguei os olhos; mas levantando a vista vi novamente a bela Senhora que me sorria e me pedia que me aproximasse. Ms eu não me atrevia. Não que tivesse medo, porque quando alguém tem medo foge, e eu teria ficado alí olhando-a toda a vida. Então tive a idéia de rezar e tirei o rosário. Ajoelhei-me. Vi que a Senhora se persignava ao mesmo tempo em que eu. Enquanto ia passando as contas ela escutava as Ave-marias sem dizer nada, mas passando também por suas mãos as contas do rosário. E quando eu dizia o Glória ao Pai, Ela o dizia também, inclinando um pouco a cabeça. Terminando o rosário, sorriu para mim outra vez e retrocedendo para as sombras da grupa, desapareceu”.
Em poucos dias, a Virgem volta a aparecer a Bernadete na mesma gruta. Entretanto, quando sua mãe soube disso não gostou, porque pensava que sua filha estava inventando histórias -embora a verdade é que Bernadete não dizia mentiras-, ao mesmo tempo alguns pensavam que se tratava de uma alma do purgatório, e Bernadete ficou proibida de voltar à gruta Masabielle.
Apesar da proibição, muitos amigos de Bernadete pediam que voltasse à gruta; com isso, sua mãe disse que se consultasse com seu pai. O senhor Soubiruos, depois de pensar e duvidar, permitiu que ela voltassem em 18 de fevereiro.

Desta vez, Bernadete foi acompanha por várias pessoas, que com terços e água benta esperavam esclarecer e confirmar o narrado. Ao chegar todos os presentes começaram a rezar o rosário; é neste momento que Nossa Mãe aparece pela terceira vez. Bernadete narra assim a aparição:
“Quando estávamos rezando o terceiro mistério, a mesma Senhora vestida de branco fez-se presente como na vez anterior. Eu exclamei: ‘Aí está’. Mas os demais não a via. Então uma vizinha me deu água benta e eu lancei algumas gotas na visão. A Senhora sorriu e fez o sinal da cruz. Disse-lhe: ‘Se vieres da parte de Deus, aproxima-te’. Ela deu um passo adiante”.
Em seguida, a Virgem disse a Bernadete: “Venha aqui durante quinze dias seguidos”.
A menina prometeu que sim e a Senhora expressou-lhe

“Eu te prometo que serás muito feliz, não neste mundo, mas no outro”.

Depois deste intenso momento que cobriu a todos os presentes, a notícia das aparições correu por todo o povoado, e muitos iam à gruta crendo no ocorrido embora outros zombassem disso.
Entre os dias 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858 houve 18 aparições. Estas se caracterizaram pela sobriedade das palavras da Virgem, e pela aparição de uma fonte de água que brotou inesperadamente junto ao lugar das aparições e que deste então é um lugar de referência de inúmeros milagres constatados por homens de ciência.

A Mensagem da Virgem

A Mensagem que a Santíssima Virgem deu em Lourdes, pode ser resumida nos seguintes pontos:

1.- É um agradecimento do céu pela definição do dogma da Imaculada Conceição, que tinha sido declarado quatro anos antes por Pio IX (1854), ao mesmo tempo que assim apresenta Ela mesma como Mãe e modelo de pureza para o mundo que está necessitado desta virtude.
2.- Derramou inumeráveis graças físicas e espirituais, para que nos convertamos a Cristo em sua Igreja.
3.- É uma exaltação às virtudes da pobreza e humildade aceitas cristanamente, ao escolher a Bernadete como instrumento de sua mensagem.
4.- Uma mensagem importantíssima em Lourdes é o da Cruz. A Santíssima Virgem repete que o importante é ser feliz na outra vida, embora para isso seja preciso aceitar a cruz. “Eu também te prometo fazer-te ditosa, não neste mundo, mas no outro”
5.- Em todas as aparições veio com seu Rosário: A importância de rezá-lo.
6.- Importância da oração, da penitência e humildade (beijando o solo como sinal disso); também, uma mensagem de misericórdia infinita para os pecadores e do cuidado com os doentes.
7.- Importância da conversão e a confiança em Deus.
As seguintes aparições
Na quarta aparição, no domingo, dia 21 de fevereiro, a Santíssima Virgem lançando um olhar de tristeza sobre a multidão, disse à menina vidente: “É necessário rezar pelos pecadores”.
Em seguida, em 25 de fevereiro, a Santa Mãe disse-lhe: “Vai e toma água da fonte”, a menina pensou que lhe pedia que fosse tomar água do rio Gave, mas a Mãe indicou-lhe que procurasse no chão. Bernadete começou a escavar e a terra se abriu e começou a brotar água. Desde então aquele manancial mina água sem cessar, uma água prodigiosa onde foram alcançadas curas milagrosas de milhares e milhares de doentes. Este manancial produz cem litros de água por dia continuamente desde aquela data até hoje.

No dia seguinte, a Virgem Maria destacou:

“É necessário fazer penitência”, então Bernadete começou naquele momento a fazer alguns atos de penitência. A Virgem, disse-lhe também:

“Rogarás pelos pecadores…Beijarás a terra pela conversão dos pecadores”. Como a Visão retrocedia, Bernadete a seguia de joelhos beijando a terra.Mais adiante, em 2 de março, a Virgem diz a Bernadete que diga aos sacerdotes que Ela deseja que se construa ali um templo e que sejam feitas procissões.
Em 25 de março, ao vê-la mais amável do que nunca, Bernadete pergunta várias vezes: Senhora, quer me dizer o seu nome? A Virgem sorri e por fim, com a insistência da menina, eleva suas mãos e seus olhos ao céu e exclama: “Eu sou a Imaculada Conceição”.
Na aparição do dia 5 de abril, a menina permanece em êxtase, sem se queimar com a vela que se consome entre suas mãos.
Finalmente, em 6 de Julho, festa da Virgem do Carmo, Nossa Senhora apareceu mais bela e mais sorridente do que nunca e inclinando a cabeça em sinal de despedida, desapareceu. E Bernadete nunca mais voltou a vê-la nesta terra. Até essa data a Virgem apareceu a Bernadete 18 vezes, desde o dia 11 de fevereiro.

Em 1876, foi edificada ali a atual Basílica, um dos lugares de peregrinação do mundo Católico. Bernadete foi canonizada pelo Papa Pio XI em 8 de dezembro de 1933.
Desta maneira, Lourdes tornou-se um dos lugares de maior peregrinação do mundo, milhões de pessoas vão todos os anos e muitos doentes foram curados em suas águas milagrosas.
A festa de Nossa Senhora de Lourdes é celebrada no dia de sua primeira aparição, 11 de fevereiro.







NOSSA SENHORA APARECIDA - PADROEIRA DO BRASIL


O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora Aparecida de suas águas.
Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas.
Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros.Como o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada Basílica Velha. O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial.
A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a de São Pedro, no Vaticano.
O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura, capaz de abrigar 45 mil pessoas. Os 272 mil metros quadrados de estacionamento comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros. Tudo isso para atender cerca de 7 milhões de romeiros por ano.


NOSSA SENHORA DE GUADALUPE


Como toda aparição de Nossa Senhora, a que é venerada hoje é emocionante também. Talvez esta seja uma das mais comoventes, pelo milagre operado no episódio e pela dúvida lançada por um bispo sobre sua aparição a um simples índio mexicano.

Deu-se, então, o milagre. João Diogo caminhava em direção à capital por um caminho distante da colina onde, anteriormente, as duas visões aconteceram. O índio, aflito, ia à procura de um sacerdote que desse a unção dos enfermos a um tio seu, que agonizava. De repente, Maria apareceu à sua frente, numa visão belíssima. Tranqüilizou-o quanto à saúde do tio, pois avisou que naquele mesmo instante ele já estava curado.


Quanto ao bispo, pediu a João Diogo que colhesse rosas no alto da colina e as entregasse ao religioso. João ficou surpreso com o pedido, porque a região era inóspita e a terra estéril, além de o país atravessar um rigoroso inverno. Mas obedeceu e, novamente surpreso, encontrou muitas rosas, recém-desabrochadas. João colocou-as no seu manto e, como a Senhora ordenara, foi entrega-las ao bispo como prova de sua presença.

Nossa Senhora de Guadalupe é a única a ser representada como mestiça, com o tom de pele semelhante ao das populações indígenas.


Por isso o povo a chama, carinhosamente, de "La Morenita", quando a celebra no dia 12 de dezembro, data da última aparição.
Foi declarada padroeira das Américas, em 1945, pelo papa Pio XII. Em 1979, como extremado devoto mariano, o papa João Paulo II visitou o santuário e consagrou, solenemente, toda a América Latina a Nossa Senhora de Guadalupe.


O local se tornou um enorme santuário, que abriga a imagem de Nossa Senhora na famosa colina, e ainda se discute o significado da palavra Guadalupe. Nele, está guardado o manto de são João Diego, em perfeito estado, apesar de passados tantos séculos

24 de abril de 2010


Santo Expedito (Patrono das Causas Urgentes)
19 de abril

Hoje nossa Igreja comemora o dia de Santo Expedito, Soldado Romano, traja uma capa vermelha e está com o pé em cima de um corvo, ave conhecida pelos atrasos intermináveis. O corvo grita sem fim Cras! Cras!, que significa amanhã e, Santo Expedito que apresenta em uma das mãos, a cruz com a inscrição HODIE, que significa hoje, consegue a pronta solução de algumas questões.Na outra ,mão Santo Expedito carrega uma palma, símbolo do martírio. É conhecido como padroeiro dos militares, dos estudantes, dos viajantes e patrono nas causas urgentes.A utilização do nome Expedito e o seu significado não é tão certo como a época e local em que o santo morreu, tem várias explicações: A primeira delas é que existiam duas espécies de soldados: o "expeditus" e o "impeditus". O expeditus" recebida essa designação porque carregava um armamento leve e era desembaraçado do encargo ao qual o "impeditus" recebia.A parte formada pelos "expeditus" podia seguir a frente do exército formando um corpo inteiro na defesa do território. Coincidentemente, Santo Expedito fazia parte desse grupo e o nome "Expeditus" teria se tornado nome próprio. Outra explicação vem da característica frequente dos romanos em apelidar as pessoas, assim, o nome Expedito foi dado devido a um traço de caráter desse santo, que é a presteza e a prontidão no cumprimento de seu dever. Ele era chefe da 12 Legião Romana, sediada em uma das províncias romanas da Armênia. O fato de ter ocupado cargo tão elevado pode ser explicado pela preferência pelos cristãos, dada pelo imperador Dioclesiano para os postos importantes na administração e no exército.Por ordem de César Galero, o imperador Diocleciano tinha obrigado os oficiais cristãos de seu exército a renunciarem a religião. Muitos oficiais já haviam pago com a vida pela recusa.Santo Expedito, a exemplo de São Sebastião, que também participou de cargos importantes em outras legiões e que se recusou a renunciar a religião, foi flagelado até derramar sangue e então teve a cabeça decepada.Acredita-se que Santo Expedito tenha nascido na cidade de Malatia, situada entre Armênia e Capadócia. Segundo a história, a Armêniua foi considerada uma terra de predileção. A Sagrada Escritura conta que foi nas montanhas armênicas do Ararat que a Arca de Noé parou quando as águas do diluvio começaram a baixar.Também foi essa mesma região que recebeu as pregações dos Apóstolos Judas Tadeu, Simão e Batolomeu.A devoção a memória de Santo Expedito começou em sua pátria, tomando proporção maior e atingindo o Oriente, depois o Ocidente, especialmente a Alemanha. Seu nome espalhou-se pela Itália, Espanha e França. Em 1894, teve um altar dedicado a ele na capela das Religiosas Mínimas com sua estátua.






6 de abril de 2010





- MARIA MAE DE TODOS OS POVOS

A Igreja sempre venerou Maria como sua mãe. Mesmo porque há uma razão lógica: ela é a Mãe de Jesus, cabeça da Igreja e a Igreja é o corpo místico de Cristo, princípio e primogênito de todas as criaturas celestes e terrestres (Ef 1,18). Por isso mesmo, Maria é a mãe de todos os que nasceram pelo Cristo, tornaram-se irmão de Cristo e em Cristo, e são herdeiros de sua graça, sua vida e sua glória.Foi, porém, em pleno Concílio Ecumênico Vaticano II, no dia 21 de novembro de 1964, que o Papa Paulo VI deu solenemente a Maria o título de "Mãe da Igreja". Os Bispos do mundo inteiro acabavam de assinar a Constituição Dogmática Lumen Gentium, sobre a Igreja, e o Papa acabara de promulgar, em sessão pública, o novo documento, que implantaria os rumos futuros da eclesiologia e da prática pastoral. Diferentemente do que se pensara na fase preparatória do Concílio, os Padres Conciliares não fizeram um documento especial sobre o papel de Maria na história da salvação, mas inseriram a doutrina mariana, a pessoa de Maria e sua função como co-redentora, no próprio documento sobre a Igreja, ressaltando a Mãe de Jesus como membro, tipo e modelo da Igreja.
Maria é vista conexa ao mistério trinitário, em sua dimensão cristológica, pneumatológica (Espírito Santo) e eclesiológica. Logo no início do capítulo VIII da Lumen Gentium, intitulado "A Bem-Aventurada Virgem Maria Mãe de Deus no mistério de Cristo e da Igreja", marca-se toda a linha de doutrina: "A Virgem Maria, que na Anunciação do Anjo recebeu o Verbo de Deus no coração e no corpo e trouxe ao mundo a Vida, é reconhecida e honrada como verdadeira Mãe de Deus e do Redentor. Em vista dos méritos de seu Filho, foi redimida de um modo mais sublime e unida a ele por um vínculo estreito e indissolúvel, é dotada com a missão sublime e a dignidade de ser a Mãe do Filho de Deus, e por isso filha predileta do Pai e sacrário do Espírito Santo. Por esse dom de graça exímia supera de muito todas as outras criaturas celestes e terrestres. Mas, ao mesmo tempo, está unida, na estirpe de Adão, com todos os homens a serem salvos. Mais ainda: é verdadeiramente a mãe dos membros (de Cristo), porque cooperou pela caridade para que, na Igreja, nascessem os fiéis que são membros desta Cabeça. Por causa disso, é saudada também como membro supereminente e de todo singular da Igreja, como seu tipo e modelo excelente na fé e caridade. E a Igreja Católica, instruída pelo Espírito Santo, honra-a com afeto de piedade filial como mãe amantíssima" (n. 53).
Este parágrafo contém os pontos desenvolvidos nessa parte do documento.Reconheceu o Papa Paulo VI naquele discurso de encerramento da terceira sessão do Concílio que era a primeira vez que um Concílio Ecumênico apresentava síntese tão vasta da doutrina católica acerca do lugar que Maria Santíssima ocupa no mistério de Cristo e da Igreja. E, emocionado, afirmou que queria consagrar à Virgem Mãe um título que sintetizasse o lugar privilegiado de Maria na Igreja. E declarou: "Para a glória da Virgem e para o nosso conforto, proclamamos Maria Santíssima Mãe da Igreja, isto é, de todo o povo de Deus, tanto dos fiéis quanto dos pastores, que a chamam de Mãe amorosíssima. E queremos que, com este título suavíssimo, seja a Virgem doravante ainda mais honrada e invocada por todo o povo cristão".
Alguns anos mais tarde, no dia 15 de março de 1980, o título foi acrescentado à Ladainha lauretana, logo depois da invocação "Mãe de Jesus Cristo".No mesmo solene discurso, Paulo VI lembrou que o título não era novo para a piedade dos cristãos, porque desde os primórdios do Cristianismo Maria foi amada como mãe e o povo sempre recorreu a ela como um filho recorre à mãe. E argumentou: "Efetivamente, assim como a maternidade divina é o fundamento da especial relação de Maria com Cristo e da sua presença na economia da salvação, operada por Cristo Jesus, assim também constitui essa maternidade o fundamento principal das relações de Maria com a Igreja, sendo ela Mãe daquele que, desde o primeiro instante de sua encarnação, uniu a si, como cabeça, o seu corpo místico, que é a Igreja".
Cito mais um trecho do discurso do Papa em que fala de Maria, imaculada, sim, mas ligada a nós pecadores por laços estreitíssimos: "Embora na riqueza das admiráveis prerrogativas, com que Deus a ornou para fazê-la digna Mãe do Verbo Encarnado, está ela pertíssimo de nós. Filha de Adão como nós e por isso nossa irmã por laços de natureza, ela é a criatura preservada do pecado original em vista dos méritos do Salvador; aos privilégios obtidos, junta a virtude pessoal de uma fé total e exemplar... Nela, toda a Igreja, na sua incomparável variedade de vida e de obras, acha a forma mais autêntica da perfeita imitação de Cristo".Ninguém, que chega à Praça São Pedro, em Roma, deixa de se impressionar com a imensa colunata de Bernini, construída em mármore e pedra, como um grande, afetuoso e festivo abraço de acolhimento aos peregrinos.
Por cima da colunata, 140 estátuas de tamanho natural, de santos e santas nascidos nas mais diferentes camadas sociais, representam visivelmente a comunhão dos santos, que não é coisa do passado ou apenas do céu, mas a família viva que se une aos cristãos que entram na Basílica. Ora, Nossa Senhora não figura entre os santos da colunata.O Papa João Paulo II, em 1981, mandou colocar na parte externa e alta da Secretaria de Estado, que olha para a Praça de São Pedro, a imagem de Maria Mãe da Igreja. Todos a vêem de qualquer ponto da Praça. Trata-se de uma cópia feita em mosaico da conhecida como Nossa Senhora da Coluna.
Assim chamada, porque seu original estava pintado numa coluna de mármore da primitiva basílica de São Pedro. Quando essa foi destruída, em 1607, para dar lugar à grande Basílica como a temos hoje, a parte da coluna com a imagem foi posta, na nova igreja, sobre o altar que abriga as relíquias de três papas, os três com o nome de Leão (II, III e IV), onde está até hoje. Dessa pintura, de autor anônimo, foi feito o mosaico que agora domina discretamente a Praça.
Vestida de azul celeste, Maria tem nos braços, em gesto de oferecimento ao povo, o Menino que, sorridente, abençoa com a mão direita, à moda grega. Ambos, Mãe e Filho, olham para longe, como que contemplando a Praça, a Cidade e o mundo, derramando sobre todos um olhar de inefável bondade, trazendo à memória a parte final da Lumen Gentium, onde Maria é considerada sinal de segura esperança e de conforto ao povo de Deus em peregrinação (n. 68).Sob a imagem, em grandes letras de bronze, legíveis da Praça, está escrito: "Mater Ecclesiæ" (Mãe da Igreja).Paulo VI, que dera a Maria o título oficial de "Mãe da Igreja", desenvolveu o tema na Exortação Apostólica sobre o Culto à Virgem Maria, um dos documentos mais bonitos de seu pontificado.
O Papa apresenta, através das festas marianas do calendário litúrgico, Maria como modelo da Igreja, e pede que suas considerações de ordem bíblica, litúrgica, ecumênica e antropológica sejam levadas em conta na orientação da piedade popular e na elaboração das novas orações marianas (n. 29). O Papa fala de Maria como modelo de quem sabe ouvir e acolher a Palavra de Deus com fé. Esta é uma missão específica da Igreja: escutar, acolher, proclamar, venerar e distribuir a Palavra de Deus como pão de vida (n. 17). Fala de Maria como modelo de pessoa orante e intercessora. Ora, a Igreja todos os dias apresenta ao Pai as necessidades de seus filhos, louva sem cessar o Senhor e intercede pela salvação do mundo (n. 18). Fala de Maria Virgem e Mãe, modelo da fecundidade da virgem-Igreja, que se torna mãe, porque, pelo batismo, gera os filhos concebidos pela ação do Espírito Santo (n. 19).
Fala de Maria, que oferece ao Pai o Verbo encarnado, sobretudo aos pés da Cruz, onde ela se associou como mãe ao sacrifício redentor do filho. Diariamente a Igreja oferece o sacrifício eucarístico, memorial da morte e ressurreição de Jesus (n. 20).Quando falamos de Maria como modelo, há o perigo de vê-la longínqua, ou ao menos fora de nós, como vemos os nossos heróis. Na verdade, Maria é parte essencial da Igreja. Podemos dizer que a Igreja está dentro de Maria e Maria está dentro da Igreja. Essa verdade foi acentuada, sobretudo, pelo Papa João Paulo II na encíclica Redemptoris Mater, que leva o sugestivo título: A Bem-aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho: "Existe uma correspondência singular entre o momento da Encarnação do Verbo e o momento do nascimento da Igreja. E a pessoa que une esses dois momentos é Maria:
Maria em Nazaré e Maria no Cenáculo de Jerusalém" (n. 24). Depois de acentuar Maria no centro da vida da Igreja, conclui o Papa: "A Virgem Maria está constantemente presente na caminhada de fé do Povo de Deus" (n. 35). "A Igreja mantém em toda a sua vida, uma ligação com a Mãe de Deus que abraça, no mistério salvífico, o passado, o presente e o futuro; e venera-a como Mãe da humanidade" (n. 47).

O Santo Rosário,origem e significado


 A Origem

A palavra Rosário deriva do latim rosarium, que significa "buquê, série de rosas, grinalda".
Na Igreja católica, o rosário são os 15 ministérios que nos falam da encarnação, paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, Pentecostes, Assunção e coroação de Maria Santísima. Cada pai-nosso, ave-maria e Glória rezados são como rosas espirituais colocadas aos pés do Senhor e de sua Mãe.
O que dá embasamento a esta prática é que o pai-nosso foi a oração ensinada pelo próprio Cristo aos seus discípulos.
A ave-maria repete as palavras pronunciadas pelo anjo Gabriel e a verdade de que ela é a Mãe de Deus (Theotókos), reconhecida no Concílio de Nicéia, no ano 431 D.C.Historicamente, o Rosário teve origem nos monges irlandeses, nos séculos VIII e IX, que recitavam os 150 salmos.
Os leigos das redondezas apreciavam o costume, mas não podiam acompanhá-los porque não sabiam ler. Então sugeriu-se que eles rezassem 150 pai-nossos em vez dos salmos, que mais tarde foram substituídos por 150 ave-marias. Eram orações espontâneas, visto que ainda não havia regulamentação da Igreja, e a piedade começou a espalhar-se.

A história do Rosário é um longo seguimento de maravilhas, graças e bênçãos, concedidas a todos os que o recitem.Começou assim:

Surgiu, no sul da França, certa seita de hereges, propagadora de doutrinas perniciosíssimas e extremamente cruéis para a Igreja e para a própria sociedade civil.Infelizmente, depressa aumentou o número dos seus adeptos, cuja violência se manifestava pelo incêndio das igrejas, pelo saque das cidades e pelo assassínio de gente pacífica, só porque recusava aceitar os seus vis ensinamentos.
Pouco a pouco atraíram a si homens de grande influência.O Papa mandou vários santos missionários para tentar convertê-los, mas em vão.

Os reis enviaram contra eles os seus exércitos, mas sem resultado. Eram tais os excessos por eles praticados que mais pareciam demônios saídos do inferno do que homens.Foi então que surgiu São Domingos; por muito santo que fosse, nem mesmo ele conseguiu demovê-los. Estavam bastante endurecidos, e não se convertiam.
Nas suas dificuldades, este grande servo de Deus costumava pedir auxílio a Nossa Senhora. Dizem as maiores autoridades, entre elas Santo Antonino, que São Domingos teve em vida muitíssimas visões de Nossa Senhora. Ele mesmo confessou que a Virgem Santíssima não recusara escutá-lo.

Maria declarou solenemente, por três vezes, que a ordem de São Domingos era a Ordem dela e deu aos frades dominicanos o escapulário branco, que forma a parte distintiva do seu hábito.São Domingos recorreu a Maria, com confiança ilimitada e, em resposta à sua oração, ela inspirou-lhe o Rosário como arma, pela qual ele haveria de conseguir as mais extraordinárias vitórias sobre o mal.

Mas o Rosário de Domingos não era tal qual o temos hoje. Consistiria na pregação dos Mistérios principais da nossa salvação, o mais popular possível, sem deixar de ser bíblica, levando os ouvintes depois à recitação do PAI Nosso (Oração dominical) da Ave Maria (Saudação Angélica) sem a "Santa Maria" que foi introduzida posteriormente.

O Papa S. Pio V (1565-1572) foi o primeiro a instituir a devoção, em comemoração à grande vitória contra os muçulmanos, na Batalha de Lepanto, pois havia pedido, na batalha anterior, que toda a Cristandade rezasse o Rosário. Também por este motivo, ele criou a invocação "Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos". Em 1716, o Papa Clemente XI instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário no primeiro domingo de outubro, que coincide proximamente com esta grande vitória.

A devoção expandiu-se em todos ostempos, sendo rezada inteira ou em três terços.Com esta maneira de pregar e orar, Domingos converte, num espaço de tempo incrivelmente breve, milhares de hereges, e tão eficientemente que, muitos dos convertidos, se tornaram eminentes na santidade.Foi esta, digamos assim, a primeira grande vitória do Rosário.Desde então, milhares de Santos, Bem-aventurados, apóstolos e missionários da Ordem Dominicana, tem espalhado esta devoção por toda a Cristandade.
Sobressaíram no século XV o Bem-aventurado Alano de La-Roche, na Bretanha (França), Félix Fábri e Tiago Sprenger, em Colônia (Alemanha).
Foi Tiago Sprenger quem, em Colônia, fundou a primeira Confraria do Rosário divulgada, depois por toda a Igreja.
A Batalha de Lepanto

No ano de 1571 tinham os turcos atingido o apogeu do seu poder. Pareciam ter a Cristandade nas mãos.

Os seus exércitos inebriavam-se com a vitória. Sentiam-se poderosos, estavam bem equipados e eram conduzidos por generais habilíssimos. A sua armada era superior em tudo à armada que os cristãos tinham para se defender.Estavam já em seu poder províncias das mais belas e tinham agora por objetivo dominar a França e a Itália, apoderar-se de Roma e transformar a Basílica de São Pedro em mesquita turca.
São Pio V governava a Igreja; e este santo e grande Pontífice estava aterrorizado com o perigo que ameaçava arruinar a própria civilização cristã.

Além de fracos, os governos cristãos estavam, infelizmente, muito divididos entre si. Intrigas, animosidades pessoais, ambições de cargos importantes impediam aquela união perfeita que se tornava tão necessária para resistir ao inimigo comum.
São Pio V pôs toda a sua confiança no Rosário, trabalhando, ao mesmo tempo, incansavelmente por unir as, aliás fracas, forças cristãs.Por fim, deu ordem para que a armada dos cristãos se fizesse ao largo; e, embora eles fossem inferiores aos turcos em número, equipamento, artilharia e navios, incitou-os a que se batessem sem receio em nome de Deus e de Nossa Senhora.

As duas esquadras defrontaram-se no dia 7 de Outubro.Como para aumentar as dificuldades dos cristãos, o vento era lhes contrário, circunstâncias que, nesses tempos de navegação à vela, podia tornar-se desvantagem fatal.Mas, obedecendo às ordens do Sumo Pontífice e colocando-os debaixo da proteção de Maria, a armada cristã investiu contra o inimigo com animo admirável.
E de súbito, o vento, que se mostrava tão adverso, mudou soprou com violência contra os infiéis.

A batalha durou umas poucas horas, com fúria encarniçada acabando pela total derrota da armadura turca.Tão completa e esmagadora foi a vitória que o poder do Islã ficou esmagado e salva a Cristandade.Durante esses terríveis dias, e especialmente no dia da batalha São Pio V orava fervorosamente a Nossa Senhora do Rosário co fervor intenso, recorrendo assim à Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo.No momento da vitória entrou em êxtase e teve a revelação de que os cristãos tinham vencido.

Voltando-se para os que o rodeavam, São Pio V deu-lhes a boa notícia e todos ajoelharam para dar graças a Deus e à Nossa Senhora.Para recordar e agradecer a Deus pela vitória de Lepanto, alcançada pelas armas cristãs nesse 7 de Outubro de 1571, a Santa Igreja instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário. Prescrita primeiramente por Gregório XIII para certas Igrejas, foi estendida por Clemente XI ao mundo católico, em ação de graças por um novo triunfo alcançado por Carlos VI da Hungria sobre os Turcos em 1716.

Recomendações da Igreja 

O Rosário foi aprovado solenemente pela Santa Igreja, e tem sido louvado e recomendado pelos papas e por eles enriquecido no correr dos tempos, com muitíssimas e notabilíssimas indulgências.
Ainda mais, os Soberanos Pontífices, quiseram que esta devoção tivesse no círculo litúrgico festa especial e se celebra com grande solenidade todos os anos, é o dia 7 de outubro; e comprazeram -se em derramar sobre a mesma devoção com liberalidade, sem limite o tesouro das Indulgências.
Passados séculos, agora em nossa época, à festa do Rosário veio juntar-se outra grande graça pontifícia, o Mês do Rosário, que é obrigatório para toda a Igreja Católica.

MARIA CONSOLADORA DOS AFLITOS


Diante das cruzes da vida, devemos procurar o colo da MãeToda mãe tem um jeito especial para consolar seu filho. É comum vermos aquela cena do neném chorando no colo dos parentes e amigos. Só o colo da mãe é capaz de fazer a criança parar de chorar e até dormir com aquela sensação gostosa de segurança. Imagino que esta tenha sido a experiência do apóstolo João ao pé da cruz (cf. João 19, 25). Ele devia estar extremamente aflito. Seu melhor Amigo pendia naquela cruz. Pouco antes da morte ele escutara palavras de confiança e dor: “Filho, eis aí a tua mãe; mãe eis aí o teu filho”. Normalmente imaginamos que com aquele gesto, Jesus pedira que João cuidasse de sua mãe. De fato, foi isso que aconteceu. João levou Maria para sua casa e cuidou dela até o final de sua vida. Mas podemos também inverter a história. Naquele momento, o jovem João precisava muito mais de cuidado do que a Santíssima Virgem Maria. Imagino que ela tenha dito palavras de encorajamento para ele e o tenha consolado em todas as suas aflições. E foi assim durante muitos anos. Logo em seguida, quando os apóstolos se dispersaram por medo de serem perseguidos, Maria o consolava. Quando estavam no Cenáculo, antes de Pentecostes, Nossa Senhora estava lá. Certamente ela dizia palavras de consolo e fortaleza. O Pentecostes dela já começara em Nazaré. Ela já estava “cheia de graça”. Por isso o céu já vivia plenamente no seu coração. Quem vive assim, pode consolar os irmãos que vivem “gemendo e chorando neste vale de lágrimas”. Maria consola também cada um de nós em nossas aflições. Quando estamos diante das cruzes da vida, devemos procurar o colo da Mãe. Ali conseguiremos o sono tranquilo de crianças que sabem que estão seguras. Mas qual seria o consolo da Virgem Maria? Seria uma palavra, um olhar de ternura, uma prece confiante, um conselho de paz, um afago, uma resposta de solução? Tudo isso ela faz, como tem feito nas diversas aparições aprovadas pela Igreja, como as de Lourdes e de Fátima. Mas o principal consolo é “mostrar-nos seu Filho, Jesus”! Certamente foi isso que ela disse a João: - Filho, Ele voltará… Ele ressuscitará… a morte não pode vencer o amor! Nomalmente nossas aflições têm alguma coisa a ver com a morte. Quem não tem medo de morrer? Rezamos, na Ave-maria, que a Mãe Santíssima esteja nos consolando “agora e na hora de nossa morte”. As pequenas mortes de todos os dias costumam nos afligir. Você recebe uma notícia ruim e seu coração fica pálido de tristeza. Procure o colo da Mãe de toda consolação. Ela apontará para a cruz e dirá: - Ele não está ali. Ela apontará para a sua cruz e dirá: - Com meu Filho você vencerá este momento de aflição. Creia, ame, espere! Maria aprendeu essa lição quando Jesus se perdeu no meio da multidão, aos doze anos. Foram encontrá-Lo em Jerusalém, no templo, conversando com os doutores da lei. Ela disse: - Teu pai e eu te procurávamos aflitos. Nessa ocasião o Menino os consolou: - Não sabíeis que devia estar na casa de meu Pai? Esta é a forma de buscar o consolo. Maria entendeu. Temos que procurar Jesus na casa do Pai. Se você está muito aflito com alguma situação, procure uma igreja; fique um momento em silêncio; consagre seu coração a Virgem Maria. Ela o pegará no colo e o colocará junto de seu Filho, Jesus. Ali não temos mais razão para permanecer com medo ou aflitos. É exatamente isso que diz o Salmo 22: “A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias” (Salmo 22, 6). Consoladora dos aflitos, rogai por nós!

MARIA É A MÃE DA IGREJA



“Eis aí tua Mãe.”: a Igreja sempre acreditou que estas palavras-testamento de Jesus do alto da cruz ao apóstolo e evangelista João, são para todos os discípulos de Jesus, de todos os tempos. Assim, desde o começo, os cristãos amam, veneram e a invocam como Mãe. A mãe de Jesus, verdadeiramente, é mãe do povo de Deus, Mãe da Igreja! A concepção virginal de Maria é um sinal de caráter gratuito da redenção. Esta se deve não à vontade da carne, nem à vontade do homem, mas a gratuita e livre iniciativa de Deus.

O que a Igreja Católica Apostólica Romana crê acerca de Maria funda-se no que ela acredita a respeito de Cristo, o que a fé ensina sobre Maria é iluminada por sua fé em Cristo. E não há dúvida: o povo de Deus ama Nossa Senhora! Foi o amor e a devoção a ela, que, durante séculos, sustentou a fé de nosso povo, também onde não existia quase nenhuma presença Pastoral. Ela foi preservada de toda a mancha do pecado original no primeiro instante de sua conceição (Imaculada Conceição). Ela permaneceu sempre virgem (Virgindade Perpétua) durante o nascimento de Jesus e durante toda a sua vida terrena. “A Imaculada Mãe de Deus, sempre virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi elevada à glória celeste em corpo e alma...” (Assunção ao Céu).Ela não teve outros filhos, pois qual seria o significado de Jesus entregá-la à João, o discípulo mais amado, aos pés da cruz? Jesus estava indo para a casa do Pai e José já havia morrido, logo, Maria ficaria sozinha. Se tivesse outros filhos, Jesus não poderia fazer isso.Foi o carinho para com a Mãe de Deus, que fez com que o povo inventasse para ela uma porção de nomes e imagens correspondentes. Cada nome é uma prova da certeza do povo de que Maria está presente em todos os momentos de sua vida; ou é uma lembrança dos lugares de maior devoção Mariana: N.sra. de Lourdes, de Fátima, de Guadalupe, etc. No Brasil, o povo escolheu como forma predileta de venerá-la, o nome de N.sra. Aparecida.

A profecia da moça de Nazaré (“todas as gerações hão de me chamar de bem-aventurada”) tornou-se realidade! Como os apóstolos que nos dias, que antecederam ao dia de Pentecostes, reuniram-se com Maria. Queremos que Maria esteja junto da gente. Precisamos dela: como mãe e companheira de Caminhada.



* PAROQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - CIDADE OCEAN - PRAIA GRANDE *





PAIXAO DE CRISTO











A SOLENIDADE DO PENTECOSTES

No dia de Pentecostes o Espírito Santo desceu com poder sobre os Apóstolos; teve assim início a missão da Igreja no mundo. O próprio Jesus tinha preparado os Onze para esta missão aparecendo-lhes várias vezes depois da sua ressurreição (cf. Act 1, 3). Antes da ascensão ao Céu, ordenou que "não se afastassem de Jerusalém, mas que aguardassem que se cumprisse a promessa do Pai" (cf. Act 1, 4-5); isto é, pediu que permanecessem juntos para se prepararem para receber o dom do Espírito Santo. E eles reuniram-se em oração com Maria no Cenáculo à espera do acontecimento prometido (cf. Act 1,14).

Permanecer juntos foi a condição exigida por Jesus para receber o dom do Espírito Santo; pressuposto da sua concórdia foi uma oração prolongada. Desta forma, encontramos delineada uma formidável lição para cada comunidade cristã. Por vezes pensa-se que a eficiência missionária dependa principalmente de uma programação atenta e da sucessiva inteligente realização mediante um empenho concreto.

Sem dúvida, o Senhor pede a nossa colaboração, mas antes de qualquer resposta nossa é necessária a sua iniciativa: é o seu Espírito o verdadeiro protagonista da Igreja. As raízes do nosso ser e do nosso agir estão no silêncio sábio e providente de Deus.

As imagens que São Lucas usa para indicar o irromper do Espírito Santo o vento e o fogo recordam o Sinai, onde Deus se tinha revelado ao povo de Israel e lhe tinha concedido a sua aliança (cf. Êx 19, 3ss). A festa do Sinai, que Israel celebrava cinquenta dias depois da Páscoa, era a festa do Pacto. Falando de línguas de fogo (cf. Act 2, 3), São Lucas quer representar o Pentecostes como um novo Sinai, como a festa do novo Pacto, na qual a Aliança com Israel se alarga a todos os povos da Terra. A Igreja é católica e missionária desde a sua origem. A universalidade da salvação é significativamente evidenciada pelo elenco das numerosas etnias a que pertencem todos os que ouvem o primeiro anúncio dos Apóstolos (cf. Act 2, 9-11).

O Povo de Deus, que tinha encontrado no Sinai a sua primeira configuração, hoje é ampliado a ponto de não conhecer qualquer fronteira de raça, cultura, espaço ou tempo. Diferentemente do que tinha acontecido com a torre de Babel (cf. Jo 11, 1-9), quando os homens, intencionados a construir com as suas mãos um caminho para o céu, tinham acabado por destruir a sua própria capacidade de se compreenderem reciprocamente. No Pentecostes o Espírito, com o dom das línguas, mostra que a sua presença une e transforma a confusão em comunhão. O orgulho e o egoísmo do homem geram sempre divisões, erguem muros de indiferença, de ódio e de violência. O Espírito Santo, ao contrário, torna os corações capazes de compreender as línguas de todos, porque restabelece a ponte da comunicação autêntica entre a Terra e o Céu.

O Espírito Santo é Amor.

Mas como entrar no mistério do Espírito Santo, como compreender o segredo do Amor? A página evangélica conduz-nos hoje ao Cenáculo onde, tendo terminado a última Ceia, um sentido de desorientação entristece os Apóstolos. A razão é que as palavras de Jesus suscitam interrogativos preocupantes: Ele fala do ódio do mundo para com Ele e para com os seus, fala de uma sua misteriosa partida e há muitas outras coisas ainda para dizer, mas no momento os Apóstolos não são capazes de carrregar o seu peso (cf. Jo 16, 12). Para os confortar explica o significado do seu afastamento: irá mas voltará; entretanto não os abandonará, não os deixará órfãos.

Enviará o Consolador, o Espírito do Pai, e será o Espírito que dará a conhecer que a obra de Cristo é obra de amor: amor d'Ele que se ofereceu, amor do Pai que o concedeu.

É este o mistério do Pentecostes: o Espírito Santo ilumina o espírito humano e, revelando Cristo crucificado e ressuscitado, indica o caminho para se tornar mais semelhantes a Ele, isto é, ser "expressão e instrumento do amor que d'Ele promana" (Deus caritas est 33). Reunida com Maria, como na sua origem, a Igreja hoje reza: "Veni Sancte Spiritus! Vem, Espírito Santo, enche os corações dos teus fiéis e acende neles o fogo do teu amor!".
O QUE E PENTECOSTE?

Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa "qüinquagésimo dia".

No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino.

Quem é o Espírito Santo?

O prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1,4-5).

Espírito que procede do Pai e do Filho: "quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho..." (Jo 15 26-27). O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua presença traz consigo o Filho e o Pai. Por Ele somos filhos no Filho e estamos em comunhão com o Pai.
A HISTORIA DA ASCENSÃO DO SENHOR

“Depois de dizer isso, Jesus foi elevado aos céus, a vista deles. Uma nuvem os encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo. Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia” (At 1,9-10)

O texto dos Atos dos Apóstolos descreve o centro do mistério que se celebra na Solenidade da Ascensão do Senhor:

Jesus sobe aos céus e, a partir daquele momento, sua presença entre nós manifesta-se de outros modos: nos sacramentos, na Palavra, na pessoa do outro e pela vida de união íntima ao Mestre, como um ramo de videira unido ao seu tronco (Jo 15,1-8).

Uma presença que se caracteriza pela atividade da Igreja através dos discípulos do Senhor. É nesse sentido que a Ascensão do Senhor conclui, de modo glorioso, a vida pública de Jesus e delega compromissos missionários e organizacionais à comunidade, aos discípulos e discípulas.

A história

A origem da Solenidade da Ascensão do Senhor inspira-se nos textos bíblicos que relatam a subida de Jesus aos céus, 40 depois de sua Ressurreição.

Os relatos Sagrados relacionam a Ascensão do Senhor com a vinda do Espírito Santo. Jesus sobe aos céus prometendo que enviará o Espírito Santo para sustentar os discípulos na tarefa evangelizadora (At 1,6-8). Este é um dos motivos pelos quais, em algumas Igrejas, era comum celebrar a Ascensão e Pentecostes numa única Liturgia.

A separação entre as duas festas, contudo, já é mencionada a partir do século IV, como consta em um Lecionário Armeno e em dois sermões feitos pelo Papa Leão Magno.

Os textos das missas que descrevem a teologia das antigas celebrações celebram a Ascensão como glorificação de Jesus em vista de confirmar a fé dos discípulos, enviados a evangelizar o mundo.

Outro texto diz que a encarnação de Jesus não lhe tirou a glória divina, prova disso é que Jesus subiu aos céus levando consigo a natureza humana. Nesse mesmo tom, uma oração depois da comunhão, do século VIII, proclama a Ascensão do Senhor como promessa que os discípulos de Cristo viverão com Ele na Pátria eterna, pois pela Ascensão, o Senhor abriu as portas para entrar na casa do Pai, canta um longo prefácio do século VIII.

Um rito que era realizado nesta solenidade era o apagamento do Círio Pascal, depois da proclamação do Evangelho. Com a reforma Litúrgica do Vaticano II, em 1963, esse rito passou a ser realizado na Solenidade de Pentecostes. O Círio é apagado, no Domingo de Pentecostes, durante a Liturgia das Horas (Oração da tarde), após o cântico evangélico.
JESUS FOI ARREBATADO

" Depois os levou para Betânia e, levantando as mãos, os abençoou. Enquanto os abençoava, separou-se deles e foi arrebatado ao céu. Depois de o terem adorado, voltaram para Jerusalém com grande júbilo. E permaneciam no templo, louvando e bendizendo a Deus." Lc 24, 50-53

A festa da Ascensão do Senhor sugere-nos também outra realidade: esse Cristo que nos anima a empreender esta tarefa no mundo espera-nos no céu.

Por outras palavras: a vida na terra, que nós amamos, não é a realidade definitiva; pois não temos aqui cidade permanente, mas andamos em busca da futura (Heb 13, 14) cidade imutável.

Cuidemos, porém, de não interpretar a palavra de Deus dentro dos limites de horizontes estreitos.

O Senhor não nos incita a ser infelizes enquanto caminhamos, esperando a consolação apenas no mais além. Deus nos quer felizes também aqui, se bem que anelando pelo cumprimento definitivo dessa outra felicidade, que só Ele pode consumar plenamente.Nesta terra, a contemplação das realidades sobrenaturais, a ação da graça em nossas almas, o amor ao próximo como fruto saboroso do amor a Deu, representam já uma antecipação do céu, uma incoação destinada a crescer de dia para dia.

Nós, os cristãos, não suportamos uma vida dupla: mantemos uma unidade de vida, simples e forte, em que se fundamentam e se compenetram todas as nossas ações.Cristo espera-nos. Vivemos já como cidadãos do céu (Fl 3, 20), sendo plenamente cidadãos da terra, no meio das dificuldades, das injustiças, das incompreensões, mas também no meio da alegria e da serenidade que nos dá saber-nos filhos amados de Deus, e vermos como aumenta em número e em santidade este exército cristão de paz, este povo de corredenção.

Sejamos almas contemplativas, absorvidas num diálogo constante com Deus, procurando a intimidade com o Senhor a toda hora: desde o primeiro pensamento do dia ate o último da noite; pondo continuamente o nosso coração em Jesus Cristo, Nosso Senhor; achegando-nos a Ele por Nossa Mãe, Santa Maria, e por Ele, ao Pai e ao Espírito Santo.

E, se apesar de tudo, a subida de Jesus aos céus nos deixar na alma um travo de tristeza, acudamos à sua Mãe, como fizeram os Apóstolos: Tornaram então a Jerusalém... e oravam unanimemente... com Maria, a Mãe de Jesus (At 1, 12-14).

É Cristo que passa, 126Mestre ensina agora os seus discípulos: abriu-lhes a inteligência, para que compreendam as Escrituras, e toma-os por testemunhas da sua vida e dos seus milagres, da sua paixão e morte, e da glória da sua ressurreição (Lc 24, 45.48).

Depois, leva-os a caminho de Betânia, ergue as mãos e abençoa-os.

– E, entretanto, vai-se afastando deles e eleva-se no céu (Lc 24, 50), até que uma nuvem O ocultou (At 1, 9).Jesus foi para o Pai.

– Dois Anjos de brancas vestes se aproximam de nós e nos dizem: – Homens da Galiléia, que fazeis olhando para o céu? (At 1, 11).Pedro e os restantes voltam para Jerusalém – cum gaudio magno – com grande alegria (Lc 24, 52).

– É justo que a Santa Humanidade de Cristo receba a homenagem, a aclamação e a adoração de todas as hierarquias dos Anjos e de todas as legiões dos bem-aventurados da Glória. Mas tu e eu nos sentimos órfãos; estamos tristes, e vamos consolar-nos com Maria.

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